América do Norte,  Américas

Viagem a Jersey City, New York e Washington

Viagem a Jersey City, New York e Washington

INTRODUÇÃO

       Deixo aqui, nesta introdução, algumas informações, obtidas na Internet, ao planejar esta viagem! Outros dados como os mapas que apresento, também foram acrescidos, no momento de revisar o relatório, feito em 2007 e 2008. Ter a geografia e a história na cabeça são muito importantes, quando se faz uma viajem.

Os Estados Unidos são banhados pelos Oceanos Atlântico e Pacífico. Limitam-se ao Norte com o Canadá e ao Sul com o México. Por causa da grande extensão territorial do país, há uma grande biodiversidade, e também uma enorme variedade de climas e paisagens”.

       No primeiro mapa, vemos a localização do estado de New York, no nordeste dos Estados Unidos. Neste, é pouco visível a grande ilha de Manhattan, separada da cidade de Jersey City, pelo rio Hudson.

        No mapa abaixo, a ilha de Manhattan está bem visível.

       É importante saber que, ao contrário do que muita gente pensa, a cidade de New York, conhecida, como a capital do mundo, não é sinônimo de Manhattan, condado fundado em 1683. A cidade Nova Iorque é composta por cinco distritos chamados oficialmente de boroughs, que são: Manhattan, Brooklyn, Queens, Bronx e Staten Island, que formam a chamada Grande Nova Iorque. Estamos diante de um arquipélago e o único distrito que fica no continente, é o distrito de Bronx.

       Ao ler o relatório, é possível, identificar, os lugares da cidade em que estivemos, em diferentes momentos. Por exemplo, ao chegar em Nova Iorque, o avião aterrissou no distrito de Queens. Para ir ao jardim zoológico fomos ao distrito de Bronx. De Manhattan, fomos também ao distrito do Brooklyn, atravessando uma ponte de quase 2 km.

Alguns dados históricos sobre a cidade:

A história da cidade de Nova Iorque começa com a primeira documentação de europeus da região, feita pelo capitão italiano Giovanni da Verrazano, no comando do navio francês LaDauphone, quando visitou o local, em 1524. Na época da chegada dos europeus, a região onde atualmente se localiza a cidade de Nova Iorque era habitada por nativos americanos, principalmente pelos lenapes. Em 1624, a Companhia Holandesa das Índias Orientais, uma empresa de comércio e colonização, mandou um grupo de assentadores à Manhattan. Em 1625, eles construíram um pequeno vilarejo e um forte, chamado Fort Amsterdam (Forte Amsterdam), no sul da ilha. O vilarejo logo foi nomeado como Nova Amsterdam. Os primeiros moradores de Nova Amsterdam foram judeus de origem portuguesa que chegaram em 7 de setembro de 1654, fugindo da Inquisição na cidade de Recife. Das 16 naus que partiram às pressas do Brasil, uma delas chegou a Nova Amsterdam. Transportava 23 judeus, todos sem bens, já que a nau em que viajavam foi saqueada na Jamaica. Os recém-chegados estabeleceram residência e trabalharam no comércio. Os restos mortais desses judeus, bem como alguns de seus descendentes, estão enterrados em um pequeno cemitério localizado em Chinatown chamado First Shearith Israel Graveyard.”

       Hoje é fácil localizar-se nas ruas da ilha de Manhattan. As ruas são sequenciais: 5th (Quinta Avenida), 6th (Sexta Avenida) e assim por diante. As placas mostram de que lado você está na ilha, “W” (West) significa lado Oeste e “E” (leste).

São apenas 16 avenidas, que cortam Manhattan de sul para o norte. Sim, a geografia da cidade sempre é de Downtown (sul) para Uptown (norte), com as denominações de First Avenue, Second Avenue, Third Avenue e assim por diante”. 

Já as ruas cortam o distrito de leste para oeste, ou seja, do rio Hudson (à direita) para o rio East (à esquerda), com números 1, 2, 3, assim por diante até o número 220th Street. Já as ruas cortam o distrito de leste para oeste, ou seja, do rio Hudson (à direita) para o rio East (à esquerda), com números 1, 2, 3, assim por diante até o número 220th Street”.

       Nova Iorque, tem um apelido: “Big Apple”, que significa “Grande Maçã”. Este apelido foi popularizado na década de 70.

No início dos anos 20, ‘apple’ (maçã) era uma palavra usada em relação a corridas de cavalos em New York City. ‘Apple’ seriam os prêmios concedidos nas corridas como eram corridas importantes, os 3 prêmios eram substanciais. O escritor do New York Morning Telegraph, John Fitzgerald,(1872-1952), se referiu às corridas de New York como ‘Around the Big Apple’. Acredita-se que Fitzgerald tenha ouvido essa expressão de jockeys e treinadores de New Orleans que aspiravam participar das corridas de New York, referindo-se a ‘Big Apple’”.

       Movimentar-se em Nova Iorque é fácil, pois há diversos ótimos meios de transporte. O metrô, por exemplo, serve não só para acessar a qualquer ponto da cidade, mas, principalmente, possibilitar acesso aos principais pontos turísticos do Alto e Baixo Manhattan, Rockefeller Center, Lincoln Center, Museu de Historia Natural, Central Park, Quinta Avenida, Village, Soho Chinatown e Nações Unidas. Além de o metrô ser o mais barato meio de transporte é também o mais prático e eficiente. Para isto é de grande valia ter, às mãos, o mapinha do metrô, que pode ser solicitado em qualquer guichê nas estações. Pelo que vemos aqui, não há nenhuma barreira para o metrô, que torna possível tanto os trajetos no subsolo da cidade, quanto abaixo do rio Hudson.

       O ônibus é também uma muito boa opção, só um pouco mais demorado. Os mapas das linhas de ônibus, também estão, facilmente, disponíveis. Em New York, as opções de lazer, são muitíssimas e variadas. Os lugares dignos de uma visita são milhares. É quase temerário apontar alguns entre tantos. Aqui ouso nomear apenas alguns poucos lugares que vale muito a pena, visitar. Há um interessante passeio ao Harlem, o tradicional bairro Negro da ilha de Manhattan, com Missa Gospel, um Culto Religioso Adventista, com a participação do célebre coral de cânticos Gospel todos os domingos.

       Embora seja possível encontrar igrejas batistas em todo Harlem, uma das igrejas mais famosas é “Antioch Baptist Church.”

       Outro ponto turístico da cidade, o Central Park, é uma espécie de jardim imenso, encravado no coração de Manhattan, como se pode ver nesta foto aérea. Neste parque há inúmeros locais interessantes. Este que aqui vemos é o “Bethesda Terrace and Fountain”. O Central Park é cenário para os programas os mais variados.

       São 15 milhões de metros quadrados de pura natureza e arte.

       Entre os principais museus da cidade estão: o Museum Salomon Guggenheim, o maior museu em Arte Moderna. 

  O Museum of Modern Art, o MOMA, é um museu da cidade de Nova Iorque, fundado no ano de 1929 como uma instituição educacional. Atualmente é um dos mais famosos e importantes museus de arte moderna do mundo. Nele estão expostas mais de 150 mil peças, incluindo quadros, esculturas e fotografias de artistas renomados como Gauguin, Rodin e Cézanne.”

   “Algumas das obras mais importantes exibidas no MOMA são: ‘Noite estrelada de Van Gogh’, ‘Les demoiselles d’Avignon de Picasso’, ‘A Persistência da Memória de Dalí’ e ‘Interior Holandês do Miró”.

    O MET é um museu de arte localizado na cidade de Nova Iorque, Estados Unidos, sendo um dos mais visitados museus do planeta. Fundado em 13 de abril de 1870, foi aberto ao público em 20 de fevereiro de 1872.

       Quanto a passeios fora de Nova Iorque, o passeio à Capital dos EUA, Washington D.C., passa por três Estados (New Jersey, Delaware e Maryland). Em Washington, há o city tour da cidade, que possibilita visitar, Museu Aeroespacial, Memorial Lincoln, Monumento aos Mortos da Guerra do Vietnã e da Guerra da Coreia, Casa Branca, Capitólio, Monumento a Washington e a Union Station, etc.

A visita ao “Woodbury Common Outlets” é outra opção, onde é possível visitar os maiores centros de compras da região. Lá estão as marcas mais famosas do mundo. Esta é uma vista fora de Manhatthan em Jersey City.

       Mas vamos ao relato do dia a dia desta nossa estada em Nova Iorque, Jersey City e Washington.

RELATÓRIO

13 de outubro a 11 de novembro de 2007

Sábado, 13 de outubro

       Foi este o dia escolhido para início da primeira viagem de minha irmã Erica e eu, para os Estados Unidos. Erica foi convidada por seu filho Ney, que lá estava a serviço da Caixa Econômica do Brasil. E assim sendo, eu também recebi este especial convite. Esta seria uma viagem que faríamos, somente em abril de 2008. Mas, viajamos ainda em 2007, tomando esta decisão muito rapidamente, dentro de somente uma semana. Já tínhamos ido para São Paulo em setembro, para fazer e receber o visto no passaporte. Não poderíamos esperar muito para partir, pois não queríamos ser surpreendidas, em Nova Iorque, pelas neves do inverno.

       Saímos, de Florianópolis, rumo à cidade de São Paulo, às 7 horas. Após agradável viagem até São Paulo, de onde saímos às 10 horas, chegamos às 20 horas em New York, no aeroporto John F. Kennedy, após ótima viagem. Este aeroporto é também conhecido como JFK e está localizado no distrito nova-iorquino do Queens. Nosso destino era Jersey City, no estado de New Jersey. No aeroporto, Ney e Bia estavam nos esperando. Depois da alegria e dos abraços do encontro, pegamos nossas malas e iniciamos a viagem para Manhattan. Ainda no aeroporto, tomamos o trem, chamado airtrain e descendo deste trem, tomamos a linha A do metrô.

 Após um longo trajeto, com inúmeras estações, chegamos ao célebre World Trade Center, em Manhattan. Estávamos no local da queda das torres gêmeas, após os ataques de 11 de setembro de 2001. Com olhares ávidos ao nos deparar com este espaço, lá ouvimos o barulho ensurdecedor das muitas máquinas, que não paravam de trabalhar na reconstrução.

       Aí, depois de caminhar pelo subway, tomamos o PATH que passa por baixo do rio Hudson e que, saindo de Manhattan nos levou, após uma única parada, até a estação Exchange place, já na cidade de Jersey City. Esta travessia inaugurava o que nos seria, mais tarde, bastante familiar para nós: de Jersey City para Manhattan, passando sob o rio Hudson!

 O mapa, mostra o interessante local, onde estão, lado a lado, New York na ilha de Manhattan e Jersey City no continente, uma em frente da outra, divididas pelo rio Hudson.

       Saindo da estação Exchange place, caminhamos 100 metros, compramos o ticket (aprendendo já a usar esta máquina), para em seguida, tomar o Light Rail to Bayone, por somente uma estação, saímos e caminhamos uns 200 metros, adentrando ao imenso edifício e chegando até o apartamento do Ney, que ficava no oitavo andar. Enfim em casa! Sensação de aconchego!

       Ao chegarmos ao apartamento do Ney, tínhamos, diante de nossos olhos, um grandioso espetáculo, jamais imaginado: a cidade de Nova York, na espetacular ilha de Manhattan, com seus altos prédios, todos iluminados! Uma salva de foguetes, vindo do lado direito do prédio, onde podíamos ver a imponente estátua da Liberdade, deu à nossa chegada, um ar ainda mais festivo. Documentamos os fatos com fotos!

 Este fato inesperado nos suscitou uma pergunta: será que saudavam tudo aquilo que estávamos por viver e conhecer aqui? Este lugar privilegiado, em frente a Manhattan, nós curtiríamos durante o tempo em que estivemos nos Estados Unidos.

       Após conversa amiga, entregamos as lembranças do Brasil. Em seguida fomos descansar, aproveitando as duas ótimas camas, que nos tinham sido amorosamente preparadas. Num quarto cuja janela nos mostrava Manhattan iluminada, num cenário de tirar o fôlego, nós passamos tranquilas e agradecidas a primeira noite!

E assim, daí por diante, em todas as noites, esta paisagem se repetia e nós não nos cansávamos de admirá-la. Maravilha de visão!

 Domingo, 14 de outubro

       Acordamos no claro do dia, com a imponente ilha de Manhattan, à nossa frente! Atrás de seus grandiosos edifícios, surgia o sol que lançava, instante a instante, seus primeiros raios, cada vez mais intensos! Novamente maravilhadas, ante a beleza do nascer do dia e do sol, sentíamos nosso coração agradecido por poder estar aí, neste “Aqui e Agora”, tão cheio de emoção. Durante esta viagem, muitas vezes, fizemos fotos, tendo a grandiosa Manhattan, como cenário, de fundo!

       Lembrei-me, então, do Lucas, filho do meu sobrinho Ney que, aos sete anos, vindo passar as férias comigo em Florianópolis, ao chegar na ponte Hercílio Luz, vindo de Blumenau, exclamou: “tia, que exagero de beleza”! A partir de janeiro de 2008 Lucas estará com seu pai Ney, aqui nos Estados Unidos.

       Era realmente um exagero de beleza esta nova paisagem que estávamos admirando. E assim nos sentimos agradecidas, a cada dia e a cada noite que passamos em Jersey City, tendo à nossa frente Manhattan e à nossa direta, a estátua da Liberdade e a histórica Ellis Island, a ilha onde aportaram aqui, historicamente, milhões de imigrantes. Esta ilha, tem muita história para contar.

Uma linda marina ficava bem próxima do nosso edifício e, desde muito cedo da manhã, aí havia também os barcos que chegavam e partiam a todo o instante, levando passageiros.

       Início de nossas incursões em Nova Iorque!

       Neste domingo, após o café, saímos Ney, Bia, Erica e eu, tomando o Light Rail até a estação Exchange place. Lá tomamos o PATH até World Trade Center, iniciando o nosso primeiro passeio de exploração da região central de Manhattan. Caminhando, que é o que podemos fazer de melhor no centro desta ilha, chegamos até Times Square e a Broadway.

A Broadway é a avenida mais famosa de Nova York e, talvez, uma das mais conhecidas do mundo, só que ela não entra na contagem das 16 avenidas, porque já existia antes do plano diretor que mapeou a cidade. A tradução de ‘Broadway’ é caminho longo, via larga, rua larga, entre outras variações, que definem bem a avenida com 29 km e que corta de Manhattan ao Bronx, do Sul para o norte. A Broadway é muito famosa por concentrar a região chamada de Theatre District, que tem 43 teatros com os musicais mais famosos e assistidos no mundo. Imperdíveis!”

       Lá, no meio de grandes cartazes anunciando os festivais, os musicais, as óperas e os teatros, documentamos, esta nossa passagem e decidimos que, em algum dia, assistiríamos algum festival.

      Lá havia anunciadas as Óperas “Mamma Mia” e o “Fantasma da Ópera” e decidimos que, em algum dia, assistiríamos ao menos um dests espetáculos. E realmente, após alguns dias, assistimos o “Fantasma da Ópera”.

       Fomos sempre caminhando, contemplando tudo e finalmente, chegamos até o Central Park. È muita emoção ver o espetáculo da amplidão e da beleza deste imenso verde, no coração da cidade!

       Nos surpreendíamos, a todo momento, com seus espaços lindamente organizados, estradas, caminhos, gramados, pontes, construções, crianças brincando, pais empurrando carrinhos de seus filhos, famílias e amigos se encontrando, olhando e passeando.

       Milhares de árvores, ostentando as lindíssimas e inesquecíveis cores outonais nos encantavam e eram um colírio para nossos olhos! Foram muito reconfortantes estes momentos e passeio neste lindo parque. Puro oxigênio e clorofila!

       Outros muitos lindos passeios fizemos mais tarde, pelo Central Park, em dias diferentes, sempre tendo as cores outonais de suas árvores, como um espetáculo à parte, a nos encantar. Vimos também a bela paisagem da simpática educadora negra, com seus alunos, igualmente todos negros, alegres e falantes crianças, visitando o parque.

       Ao voltarmos para o apartamento, deixamos Bia na estação do metro, pois ela esperaria por seu amigo Guto. Às 14 horas, já estávamos de volta ao apartamento e almoçamos macarrão com nata frita. Este prato, que lembrava os almoços italianos, onde o gosto da nata fria dá um saber especialíssimo ao macarrão, foi preparado, com muito esmero, pela minha irmã Erica. Depois de um merecido e indispensável descanso, conversa em família, contato com o computador, esperamos, em casa, por Guto que finalmente chegou com Bia. Foi uma alegria este encontro com Guto! Demos-lhe as boas vindas, e aí jantamos todos juntos! Nesta semana, Guto iria ser nosso companheiro e cicerone, nas explorações por Nova Iorque com seus museus, bairros, caminhos de metrô, etc. pois ele, que dominava bem o Inglês, veio, também, com a intenção de conhecer New York. Feliz sincronicidade esta, de podermos contar com tão amável e inteligente companhia. Tudo está certo!! É o que sempre se confirma!

Segunda-feira, 15 de outubro

       No Brasil, 15 de outubro é o dia do professor! E eu, após minha aposentadoria de mais de quatro décadas de exercício do Magistério, estava neste lindo dia, tendo o privilégio, de estar em Nova Iorque, na feliz companhia da família e bons amigos. Começamos a semana, sempre acompanhadas por Guto! Conosco carregávamos o mapa do metrô, que consultávamos sempre! Neste dia saímos às 9h30 e fomos conhecer, adjacente ao Central Park, o grandioso Museu de História Natural. Neste Museu ficamos praticamente o dia todo. Entre muitos itens que lá estavam, o tamanho, a quantidade e a aparência dos animais pré-históricos nos impactava.

       Um dado interessante que encontrei na internet:

De uns anos para cá, a fama do museu cresceu absurdamente por causa do filme ‘Uma Noite no Museu’ (2006), que usou o seu enorme espaço como cenário e virou um sucesso absoluto de público nos cinemas. Fundado em 1869, o AMNH – American Museum of Natural History, sempre foi uma das principais atrações da cidade, muito antes do filme do Ben Stiller e companhia, por ser um dos mais completos do mundo visitado por milhares de turistas todos os anos”

       É tanta a riqueza deste espaço cultural e, é tanta a diversidade dos temas que abrange, que podemos dizer que será sempre, para todos os que vão a New York, uma visita imperdível. E um dia somente, não é o suficiente para conhecê-lo. Pagamos 23 dólares com direito a alguns filmes importantíssimos, dos quais gostamos muito. O primeiro filme, foi sobre o período dos dinossauros! Aqui se observa o esmerado trabalho dos antropólogos e paleontólogos garimpando os ossos, para recuperá-los, em áreas super íngremes e secas, organizando-os depois, na reconstituição dos esqueletos destes imensos animais pré-históricos. E outro filme, foi sobre o Big Bang, muito interessante, tendo como tela, a abóboda de um grande planetário. Emoção pura!

       Saindo do Museu de História Natural onde ainda poderíamos ficar mais tempo, fomos andando pela Quinta Avenida, com seu fervo de gente, vindos de todas as partes do mundo. Vimos lindas lojas e a maravilhosa “Catedral Gótica de San Patrik”, Sede da Arquidiocese Católica de Nova York, nesta mesma Quinta Avenida, rodeada de moderníssimos prédios.

 A St. Patrick’s Cathedral foi construída entre os anos de 1858 e 1878 pelo arquiteto James Renwick, sendo posteriormente inaugurada e tendo a sua primeira missa realizada no ano seguinte, em 1879”.

 Passamos também pelo espaço do “Rockefeller Center”, que sendo já noite, estava iluminado com muitas e potentes luzes. Aproveitamos para marcar nossa passagem por lá, com esta foto.

       Muitas pessoas estavam patinando no gelo sob o olhar de (inúmeras pessoas que os assistiam)! Andamos muito, olhando e nos admirando com todas as coisas que víamos. Ao chegarmos em casa, tivemos muito a compartilhar em família.

Terça-feira, 16 de outubro

       Ao acordar depois de uma noite bem-dormida, à nossa frente, como todos os dias, estava o cenário do brilho do sol, irrompendo atrás dos edifícios da majestosa Manhattan. Muito lindo! Tomei o café em companhia de meu sobrinho Ney e minha irmã Erica. A conversa girou em redor do que já tínhamos visto e do que podemos ver hoje. Admirei novamente o lugar em que me encontro e seus maravilhosos “nasceres” do sol diariamente e estes eram inesquecíveis!! Guto, Erica e eu saímos para conhecer New York

Saindo, no andar térreo do nosso prédio, chamou-me a atenção, uma escola Montessori, que aí funcionava! Aí me veio uma recordação: lembrei-me que, quando cursava o curso de Educadoras na Infância, no Rio de Janeiro, no Colégio Jacobina, fazíamos estágio do método Montessori, no Colégio Sion. É um método educativo muito importante!

O Método Montessori é o resultado de pesquisas científicas e empíricas desenvolvidos pela médica e pedagoga Maria Montessori. É caracterizado por uma ênfase na autonomia, liberdade com limites e respeito pelo desenvolvimento natural das habilidades físicas, sociais e psicológicas da criança”.

Pelo caminho, em direção a estação Exchange Place, tendo ao fundo a marina, fizemos esta foto! Guto, nos facilitou, o primeiro conhecimento da cidade, acompanhando-nos durante esses primeiros dias pela ilha de Manhattan. Este bom cicerone não só nos ajudou a tomar os metrôs, mas também, nos orientou a encontrar os diversos bairros da cidade.

       No trajeto entre nosso apartamento e a estação Exchange Place, fomos desfiadas a recordar o 11 de setembro, que estava presente em algo muito emocionante: uma série de cartazes, escritos em inglês e decorados com desenhos das crianças, relembrando a queda das torres gêmeas. Os dizeres destes cartazes falavam muito daqueles que os tinham escrito e daqueles que lá os colocaram.

       Ao chegar à estação Exchange place, tiramos da bolsa, o ticket da passagem. No dia anterior, numa destas máquinas, havia colocado 20 dólares neste cartão, pelos quais ganhei o equivalente a 24 dólares de passagens. O ticket serviria para algumas viagens de ida e volta, já que a passagem custa 2 dólares!

       Tomamos o PATH e passando por baixo do rio Hudson, chegamos ao espaço World Trade Center. Tudo era novo e, ao mesmo tempo, para nós, nestes primeiros dias, muito novo e trabalhoso. Mas a gene aprende!!

 Aqui observamos, através de uma grade, novamente, o intenso movimento das máquinas. Muitas pessoas olhavam, como nós, não só o trabalho que está sendo feito, mas, também a profundidade da imensa escavação lá existente.

       Neste local havia, também, em exposição, os projetos dos novos edifícios que lá estavam sendo construídos, surgindo assim, uma oportunidade de conhecer um pouco mais sobre esta cidade.

       Sobre a história das Torres Gêmeas, agora destruídas, lemos:

“Em 4 de abril de 1973, o World Trade Center foi inaugurado. Em fevereiro de 1993, uma bomba explodiu numa garagem do World Trade Center, matando seis pessoas e ferindo outras mil, e causando cerca de 300 milhões de dólares, em danos. Neste mesmo ano, Rudolph Giuliani foi eleito prefeito da cidade, servindo até dezembro de 2001. Sob seu comando, a economia da cidade cresceu, cerca de um milhão de imigrantes desembarcaram em New York, a taxa de criminalidade caíra, e o valor da terra aumentara”.

       No dia 11 de setembro de 2001, as torres foram destruídas. Estando no local do antigo World Trade Center, com aquela vontade de simplesmente olhar e ver, andamos pelas redondezas e vimos, aí em frente, uma Igreja em estilo gótico.

       Aqui começou uma história interessante: Erica, Guto e eu resolvemos entrar e decidimos assistir a Missa, que recém estava começando. Enquanto Erica e Guto ficaram no último banco, eu fui andando até chegar a um dos primeiros. Quando entraram os ministros, percebi que o celebrante, vestido com paramentos vermelhos e sapatos igualmente vermelhos era, na verdade, uma mulher. Tratava-se de uma Igreja Anglicana, a Igreja Nacional Episcopal.

       Antes de continuar a contar o que aconteceu nesta igreja, deixo aqui uma pequena explicação quanto à história da Igreja Nacional Episcopal nos Estados Unidos. Trata-se do seguinte: na Inglaterra, no século XVI, houve um cisma: o Rei Henrique VIII, por uma série de razões, rompeu com o Papa, chefe Supremo da Igreja Católica, não lhe reconhecendo mais a autoridade, que tinha exercido, até então, sobre a Igreja da Inglaterra. Foi assim que surgiu a Igreja Anglicana, sendo o seu chefe o próprio Henrique VIII. Nesta Igreja Nacional, a autoridade suprema é o rei ou a rainha da Inglaterra. No momento em que os Estados Unidos proclamaram a Independência da Inglaterra, em 4 de julho de 1776, a Igreja dos Estados Unidos também se separou da Igreja Nacional da Inglaterra e foi assim criada a Igreja Nacional Episcopal dos Estados Unidos. Era nesta igreja, desta religião, que nós estávamos.

Continuando….

       O ritual da missa, nesta igreja, por exemplo, é muito parecido com o da Igreja Católica, razão pela qual, minha irmã Erica, nem se deu conta de que se tratava de outra confissão religiosa. Assistimos a missa que em tudo se assemelhava às cerimônias Católicas. O rito da comunhão foi com a comunhão da hóstia e do cálice, da qual participamos.

       E aqui vem o fato: ao falar desta viagem aos Estados Unidos, Erica sempre conta, ao contrário do que eu afirmo, que, na distribuição da comunhão pela celebrante, eu virei o cálice e tomei todo o vinho. Ambas rimos muito, cada vez que, com detalhes cada vez mais exagerados, o fato é recontado por Erica, que sempre se diverte muito, dando ambas, gostosas gargalhadas!

       Após esta missa, nós andamos nas adjacências desta Igreja. Lá perto fica o centro financeiro dos Estados Unidos, bolsa de valores, NYSE, o prédio maravilhoso da Joalheria Thifanis, onde entramos. Na ocasião lá se realizava um coktail de inauguração. Saímos caminhando, vendo tudo à nossa volta, com a tranquilidade de quem não tem nada mais a fazer do que andar e olhar!

       Assim, caminhando, sempre juntos, chegamos ao bairro Chinatown onde, depois de conhecermos este interessante e conhecido local comercial, almoçamos numa restaurante tailandês. Comida especial, com sopa e bolinhos de repolho e muita delicadeza no servir! Tudo com um tempero muito especial e muito bem-apresentado. Visitamos também o bairro a Litle Italy e o bairro Soho. Neste dia, visitamos outra vez o Central Park, que tem inúmeros lugares lindos para serem conhecidos. Na internet há a foto e a explicação das 20 maiores atrações do Central Park. A terceira foto mostra a linda “Bethesda Terrace and Fountain”.

Caminhando sempre chegamos a um lugar muito interessante: a Brooklyn Bridge, uma imensa ponte com a extensão de 1834 m.

Alguns dados históricos sobre a Brooklyn Bridge!

A ponte do Brooklyn surgiu da necessidade dos moradores de Nova York. No início do século 19 Manhattan estava abarrotada de gente: mais e mais imigrantes chegavam em Nova York para realizar o sonho de uma vida melhor. Com o esgotamento de moradias, várias pessoas se instalaram no outro lado do rio East River, no Brooklyn. Já no final do século 19, Brooklyn era a terceira maior cidade dos EUA. Nessa época, o East River foi utilizado principalmente para transportar mercadorias e alimentos entre Brooklyn e Manhattan. O rio ganhou uma importância econômica muito grande. Quando o East River congelou no inverno de 1867 paralisou todo comércio. A cidade viu a necessidade de melhorar a rota entre os dois locais. Assim, foi autorizada a construção da Brooklyn Bridge”.

Em 1883, a Ponte Brooklyn foi inaugurada, conectando a ilha de Manhattan com a cidade vizinha de Brooklyn. Em 1898, Brooklyn, bem como as diversas comunidades que atualmente formam Bronx, Queens e Staten Island, foram fundidas com Manhattan, para formar o que foi chamado de Grande New York”.

       A Brooklyn Bridge foi a primeira ponte do mundo a ser suspensa por aço e durante um muito tempo, foi a única ligação entre Brooklyn e Manhattan. Nos animamos a atravessá-la a pé, admirando as paisagens que da ponte, descortinávamos. Isto foi muito bom para nós, apesar do cansaço! Mas… valeu muito a pena! Chegando do outro lado, demos um pequeno passeio pelo Brooklin. Aí perto fica também o Brooklin Bridge Park. Voltamos pela mesma ponte e ainda passeamos bastante e entramos em maravilhosas lojas e perfumarias. Chegamos em casa, cansadas, mas felizes, por conhecermos um pouco mais Manhattan, nestas 10 horas de caminhada! Ufa!!! Estávamos, afinal, explorando e sentindo este pedacinho cosmopolita dos Estados Unidos, agora, menos desconhecido para nós!

Quarta-feira, 17 de outubro

       Neste dia fizemos um programa muito interessante: fomos conhecer dois locais cheios de história: a Estátua da Liberdade na Liberty Island e a Ellis Island. Saímos cedo de casa e chegamos, como de costume a Manhattan e do World Trade Center, caminhamos em direção aos barcos que nos levariam neste passeio. Depois de comprar o ticket de 10 dólares, enfrentamos, como sempre uma séria e prolongada revista.

Enfim, estávamos no barco, rumo à Estátua da Liberdade. É muito emocionante ver que nos íamos distanciando de Manhattan e nos aproximando deste monumento à Liberdade.

       Essa estátua da Liberdade, também, tem uma história: em 1886, por ocasião do Centenário da Independência, o povo da França presenteou os Estados Unidos com uma escultura em cobre, de 93 metros de altura chamada, “A Liberdade Iluminando o Mundo”, que ficou famosa como a Estátua da Liberdade. A obra foi inspirada em outros colossos da humanidade: no de Rhodes, uma das sete maravilhas do Mundo Antigo e no imponente quadro de Delacroix, “A Liberdade Guiando o Povo”.

 No pedestal, um poema anunciava a pretensão de Lady Liberty:

Venham a mim as massas exaustas, pobres e confusas ansiando por respirar liberdade. Venham a mim os desabrigados, os que estão sob a tempestade. Eu os guio com minha tocha”.

       Na mão direita, a estátua carrega uma tocha “com a qual ilumina e abre o caminho dos homens”. Era esta a imagem que os imigrantes viam quando chegavam a baía de New York e que continua encantando hoje, as pessoas que por ela passam.

       Foram muito interessantes os momentos que ficamos passeando ao redor deste monumento, onde estavam turistas do mundo todo, igualmente, conhecendo este ícone americano.

       Fomos depois a Ellis Island, cuja história é impressionante, pois este foi local que recebeu, historicamente, milhares de imigrantes!

       Um pouco de história:

Ellis Island foi a principal rota de imigrantes, de entrar nos Estados Unidos no final do século 19 a meados do século 20… Mais de 12 milhões de imigrantes passaram por Ellis Island, entre 1892 e 1954. Depois de 1924, quando a Lei Origins Nacional foi aprovada, os imigrantes que passaram por lá foram deslocados ou refugiados de guerra. Hoje, mais de 100 milhões de americanos podem traçar sua ascendência aos imigrantes, que chegaram pela primeira vez na América através da ilha, antes de se dispersar para pontos em todo o país. Ellis Island foi o tema de uma disputa de fronteira entre New York e Nova Jersey”.

       Nas fotos abaixo, estamos no barco, entre muitos turistas, que visitam Ellis Island. Na alegria desse trajeto comum, é normal encontrar pessoas agradáveis e com estas trocar informações interessantes. Para marcar esses encontros, em geral, fazemos fotos.

       A ilha foi transformada em “Museu da Imigração”. Suas exposições registram a história desse que foi um dos maiores movimentos migratórios humanos de toda a história. A visita a este museu nos mostrou uma história desconhecida e também, trágica. Foi muito importante esta visita! O local está preparado para receber, todos os dias, milhares de turistas. Visitamos todas as dependências, admirando, além da história desta imigração fantástica, também a beleza arquitetônica de suas construções.

       Foi impressionante conhecer algo deste movimento histórico e ver como foi reconstituído este museu. Neste dia, havia muitos turistas visitando a Ellis Island. Considero ser este, também, um passeio imperdível para quem vai a Nova Iorque.

Quinta-feira, 18 de outubro

       Neste dia, Erica, Guto e eu, saímos dispostos a conhecer diversos museus. Resolvemos conhecer, primeiramente, o “Metropolitan Museum”.

       Fundado em 1870, o MET como é chamado, foi criado para fazer frente aos museus europeus. Abriga obras de todo o mundo, da pré-história aos dias atuais. O museu tem uma das maiores coleções de arte egípcia fora do Cairo. A visita a este grande museu é imperdível! Neste dia, só podemos conhecer a parte egípcia.

       Após sair do MET como o chamam os nova-iorquinos, fomos conhecer o prédio do Museu Gugenheim, de linda arquitetura. Na verdade, neste dia o museu estava fechado! Prometemos voltar outro dia. Dirigimo-nos então à estação de trem e metrô chamada de “Grand Central”, espaço que vale a pena, também, conhecer. Esta construção tem o estilo de uma catedral.

O Grand Central Terminal é um terminal ferroviário e metroviário localizado em Manhattan, Nova Iorque. Foi inaugurado em 1903 com o nome Grand Central Station, que foi oficialmente alterado em 1913”.

O Grand Central Terminal é uma das maiores realizações arquitetônicas do país, além de ponto de encontro não oficial em Nova York, e lá milhares de pessoas combinam encontrar pessoas queridas todos os dias, próximo ao relógio de opala do balcão de informações localizado no saguão principal. Saudado como um templo para o passageiro habitual, este prédio em estilo de catedral foi construído para homenagear vocês, seus visitantes”.

       A arquitetura lá é também muito linda, as tendas oferecem de tudo o que existe no mundo não só para comprar mas, também, oferece ótimas comidas para saborear na praça da alimentação!

       Neste lindo espaço eclético, almoçamos! Aqui aconteceu um fato interessante: o vendedor me mostrou as diversas comidas e me disse, apontando para uma iguaria: “very spyce”! E eu pedi, entre outras, também aquela, por não me lembrar o que queria dizer esta palavra spyce! Foi impossível ingerir, era apimentada demais! Guto, por sua vez, gostou muito do excesso de pimenta e me ofereceu em troca, o camarão agridoce, do qual eu também gostei muito. Foi uma ótima troca! Valeu aqui também, respirar este ambiente cosmopolita, arejado, lindo e limpo!

Sexta-feira, 19 de outubro

       Neste dia chovia. Erica ficou em casa. Eu e Guto saímos e chegamos ao World Trade Center, onde e, como já tínhamos visto antes, inúmeros trabalhadores e máquinas estavam reconstruindo o local das Torres Gêmeas. O barulho das máquinas era muito grande! Aproveitamos para entrar na loja de departamentos chamada Century Twenty One, bem em frente a World Trade Center, onde se pode até passar o dia inteiro, tanto há para conhecer e comprar, caso for este o objetivo de lá entrar. Lá havia muito brasileiros e pessoas de todo o mundo, antecipando as compras de Natal! Após andar pelo enorme Magazin, comprei o perfume Calvin Klein Eternity! Esta compra rendeu bastante, pois ganhei, de presente, da vendedora que me atendeu, uma bolsa de Calvin Klein, um perfume para homem, acompanhado de três loções. Senti que comecei bem este dia!

       Chovia muito! Guto continuou sua viagem para o bairro do Harlem e eu preferi ficar no centro, mais um pouco. Comprei um guarda-chuva com um camelô, pois este aproveitava a chuva para fazer seu negócio que estava lhe rendendo muito. A forte chuva me possibilitou entrar, novamente, na Igreja Nacional Episcopal onde havia assistido a missa, no dia anterior. Lá, observando as diferentes obras de arte, me detive admirando a beleza das portas de entrada, que eram de bronze, com altos relevo. Como sempre, eu estava ávida por informações e como costumava fazer sempre, dirigi-me a uma senhora. Logo percebi que, na verdade, havia me encontrado com a escritora que pesquisou e publicou a história desta igreja.

 Era uma pessoa muito informada e simpática, que me falou sobre coisas muito interessantes: contou-me, por exemplo, que os rostos em alto-relevo nestas portas de bronze, eram o rosto do arquiteto, do construtor e outras pessoas que colaboraram para que esta verdadeira obra de arte, em estilo gótico, hoje estivesse aí.

       Ficamos conversando um bom tempo, enquanto a chuva caía forte. Que sensação boa esta da chuva caindo forte e nós, conversando. Esta escritora ia me explicando e eu, tentando entender o Inglês, lhe fazia as perguntas adequadas. Gostei desta sincronicidade, de eu poder ter conhecido e conversado com esta mulher, tão gentil e que tinha prazer em conversar sobre esta igreja.

       Dá uma sensação boa, poder ver que a vida tinha me possibilitado conhecer esta escritora, que tinha pesquisado para descobrir esta bonita história. Depois de meia hora de conversa, um grupo veio buscá-la, mas antes ela me ofereceu um livro que tinha publicado a respeito do próprio trabalho. Foi muito interessante! Isto realmente é uma feliz sincronicidade. Eu estava feliz! Neste dia não anotei mais nada, mas certamente, houve muito andar e conhecer, tanto em Nova Iorque como em Jersey City.

Sábado, 20 de outubro

       Como de costume fizemos a rotina diária , vi os e-mails, arrumamos a casa e Erica e eu, saímos. Neste dia, mudamos o trajeto costumeiro que sempre nos levava para Manhattan. O novo trajeto nos levou numa direção oposta, para Newark, em Jersey City, onde fomos buscar nossa passagem de ida e volta para Washington, viagem esta que iríamos fazer no domingo seguinte.

       Tomamos o Light Rail e descemos depois de quatro estações, em Pavônia, onde há a Macy`s, uma conhecida e grande loja de departamentos. Lá entramos e conhecemos o Schopping e suas diversas tendas. Vimos preços, produtos, etc. Depois saímos do shopping e tomamos o PATH até Newark onde fomos retirar a passagem para ir, no domingo, para Washington de trem: a passagem de 2:30 horas, custou 150 dólares! Com a passagem na mão, podemos nos dar o prazer de simplesmente ir, olhar e ver tantas coisas diferentes por lá!

       Na volta à Pavônia pelo PATH, admiramos seus jardins. Lá muitos canteiros eram feitos não só com lindas flores mas, também, com couves, ora verdes, ora roxas! Tomamos novamente o Light Rail em Pavônia, fomos para Bergenline, um lugar de compras. É este o Ligth Rail que tomamos para voltar para o nosso apartamento.

Domingo, 21 de outubro

       Neste domingo, fizemos a nossa primeira viagem de trem para a capital Washington, que fica no distrito de Columbia! Ney e Bia, estavam lá na capital Washington, pois tinham ido anteriormente, a trabalho. A expectativa de viajar de trem era grande!

       Agora algumas informações sobre a capital federal:

O Distrito de Colúmbia (District of Columbia) é um distrito federal dos Estados Unidos da América, extensivo com a Cidade de Washington, a capital nacional, localizada na margem norte do Rio Potomac, entre os estados de Maryland e Virginia. A área total do Distrito é de 177 km²”

       Neste dia levantamos cedo e estávamos muito felizes, pois iríamos viajar de trem para Washington. Às 7 horas estávamos, Erica e eu, na estação Exchange place e tomamos o metrô rumo a Newark que fica também em Jersey City! O domingo estava ensolarado e prometia! Ao procurar os novos caminhos, já que era domingo e os trens eram em menor número, eu precisava sempre de informações. Uma frase me salvou: Please, can you help me? pois não poderíamos nos perder, ao tomarmos um trem errado. Mas as pessoas e os guardas, na maior parte das vezes, muito simpáticos e atentos, fizeram com que chegássemos à estação de Newark. Lá subimos ao track 3 (plataforma). O trem sairia às 9:22 horas. Esperamos o trem, sentadas, curtindo um momento de pura observação. Vimos algumas pessoas tomando o seu lanche, outras chegando com malas pesadas, escada acima, ouvimos o ruído de muitos trens, uns chegando outros saindo! Mas ainda não era o nosso horário e nem o nosso trem. Enfim, na hora certa, partimos para Washington. Nas poltronas azuis, cada um ou uns, iam se acomodando! Maravilha fazer uma viagem de trem!

       Pelo mapa ao lado pode-se avaliar o trajeto que fizemos de Nova Iorque para Washington!

O trem partiu velozmente e nos levou por paisagens inusitadas, por cidadezinhas sui generis, por vegetações típicas, em diferentes estados! Na Pensilvânia o trem parou na cidade de Filadélfia. Foi neste estado da federação, Pensilvânia, que começaram e se realizaram as tentativas de Independência dos Estados Unidos, submetidos que estavam à Inglaterra. Penn Station! A palavra “Penn” diz respeito a palavra Pensilvânia. Esta palavra se vê em muitos lugares, lembrando democracia e liberdade!

       No estado de Maryland o trem parou na cidade de Baltimore. E, com aquele olhar que está atento ao desconhecido, que presta atenção a tudo e a todos, próprios de quem está viajando pelo imenso prazer da viagem em si, não tendo mais nada a fazer do que viver o momento presente, eu me encantava a cada instante. Era uma benção esta oportunidade de conhecer paisagens novas, arquiteturas novas, lindos casarios e muitos rios e vegetação diferentes, irrigando estas terras. Lá ia eu, adentrando a mais um pedacinho desta “Gaia maravilhosa”, até agora, desconhecida para mim. O coração agradecido, poderia entoar com Mercedes Sosa: “Gracias a la Vida que me ha dado tanto”! Chegamos às 12:20 horas em Washington, a capital dos Estados Unidos.

Chegamos na Union Station, uma construção artística e imponente.

       Ney e Bia, sorridentes, estavam nos esperando neste espaço cosmopolita. Após abraços calorosos pois afinal tínhamos chegado, passamos pelas lojas e bares, com um breve olhar, tiramos fotos para marcar este momento único, almoçamos e tomamos o metrô rumo ao nosso novo Hotel.

       Neste caminho, ao tomar o metrô, surgiu um fato inesperado: eu, Anita, entrei no trem, e as portas subitamente se fecharam. Bia, Ney e Erica ficaram do lado de fora, vendo o trem, partir. Ney, então, gritou para mim: “Metro Center” e o trem partiu. Eu, tinha a confiança de que sairia na estação indicada e eles, sem saber se eu teria escutado ou não o recado! Afinal eu estava numa terra estranha e se me perdesse, não seria fácil nos reencontrarmo-nos.

 Mas chegou a estação “Metro Center”, eu desci e os esperei. Logo chegaram, nos abraçamos e foi grande a alegria do reencontro.

       Importante lembrar que perder-se, aqui, é muito fácil acontecer.

       Continuamos a viagem e saindo da estação andamos em direção da rua 14. Aqui as ruas têm, conforme a direção, nomes ou números.

       Chegamos ao Hotel “Washington Plaza” que fica ao lado de uma igreja. Nas cercanias do hotel, fizemos nossas primeiras fotos.

       Adentrando o hotel, nos instalamos no quarto de número 707 (o mesmo número da minha chácara Umuarama, em Florianópolis), lá deixamos nossas malas, nos arrumamos e saímos. Caminhamos a pé, até a “Casa Branca”, sede do governo dos Estados Unidos, onde inúmeras pessoas estavam fotografando e passeando nos lindos jardins.

       Aqui, as árvores estavam todas vestidas, com as cores verde, vermelho, marrom, alaranjado, amarelo, enfim, as lindas cores outonais. O por de sol nos iluminava, com seus raios por entre as árvores, nesta tarde magnífica. As folhas secas e coloridas cobriam o chão, onde pássaros se locomoviam chegando bem perto dos visitantes.

 Lá pequenos esquilos brincavam correndo e subindo os grossos troncos das árvores.

       Isto me emocionava muito! Após este passeio entramos numa grande loja de departamentos, a Macy´s, onde nos familiarizamos com muita coisa que estava à venda.

Estávamos em época de Natal e me encantei com um lindo prato em forma de flor estrelada, de cor vermelha, com filetes alaranjados. Na verdade esta é a cor de minha preferência e, por isso, não pude deixar de comprá-lo para trazê-lo até o meu apartamento em Floripa. E ele está comigo desde então!
 Voltando, já estava chegando a noite e então, tomamos algo no restaurante do hotel. Festejamos e brindamos a Vida com um ótimo vinho branco, em taças de cristal! Na manhã seguinte, nova semana começava e desta vez, comum ótimo passeio de ônibus (dois andares) pela cidade de Washington. Aqui deixo uma boa dica:

O ônibus turístico de Washington é uma forma cômoda e prática de percorrer a cidade e conhecer a história da capital americana. Os ônibus de dois andares e tetos panorâmicos percorrem os principais lugares de interesse. Você pode subir e descer em qualquer parada para explorar a cidade no seu ritmo durante 24 ou 48 horas”.

       É muito importante saber que há esta facilidade para se conhecer os principais pontos turísticos da cidade.

Segunda-feira, 22 de outubro

       Neste dia, levantamos às 6 horas. Aqui em Washington os hotéis, de modo geral, não oferecem café da manhã, mas deixam, no quarto, cafeteira com água, café e leite em pacotinhos, para as pessoas se servirem. E assim fizemos nós, neste hotel Tomamos o nosso café com leite, pois, às 7 horas, havia a possibilidade de começar a fazer o passeio, com o ônibus de dois andares, pelos lugares turísticos de Washington. Mas, infelizmente, não havia sido possível comprar a passagem, pela internet, na noite anterior. Saímos às 8 horas do hotel, após arrumar as malas e deixá-las na portaria. Lá na rua, esperamos durante uma hora, o ônibus que nos levaria no passeio. Durante esse tempo, aproveitamos para olhar o movimento e conversar com as pessoas que lá se encontravam. No entanto, o nosso bus estava demorando muito! Qual seria a razão? Logo ficamos sabendo: o curso do tráfego tinha sido desviado e nós deveríamos nos dirigir a outro ponto. Foi o que fizemos e logo tomamos o tão esperado ônibus, lá pelas 9:30 horas.

       Neste passeio de três horas, escolhemos ficar no segundo andar deste ônibus e fomos acompanhadas por Mary, uma mulher negra, muito simpática, que ia nos explicando e falando sobre os pontos que poderíamos visitar.

Passamos pelos bairros da cidade! Foi muito bonito poder observar, durante todo o passeio, as árvores multicoloridas, os parques, a arquitetura das casas, as flores, os monumentos, os homens exercendo os mais diversos trabalhos!

       Uma coisa não fizemos e poderíamos, com facilidade tê-la feito: nós não saímos em cada ponto de parada do ônibus! Nestas paradas, cada ponto turístico, poderíamos descer e ficar, quanto tempo fosse necessário, para conhecer o local. Outros ônibus iguais a este, passariam de tempos em tempos e nos levariam para o seguinte ponto. Na verdade, ficamos com receio de que não estivéssemos prontas às 15 horas, para estar na Union Station, onde tomaríamos o trem para New York.

       Por esse motivo, elenco aqui, alguns dos pontos que vimos a partir do ônibus, mas não visitamos, mas que considero agora, importante termos algumas informações sobre eles.

1º “Cemitério de Arlington”, que se localiza na área em frente a Washington D.C., do outro lado do rio Potomac, que corta a capital americana, perto dos prédios do Pentágono. Em seus 624 acres, estão enterradas mais de 400 mil pessoas, veteranos de cada uma das guerras travadas pelo país, desde a Revolução Americana até a atual Guerra do Iraque. Os corpos dos mortos antes da Guerra da Secessão, foram para lá levados após 1900. O Presidente John Kennedy está, também, lá enterrado.
 2º O “Capitólio” dos Estados Unidos é o prédio que serve como centro legislativo do governo. O Capitólio é o local de reunião do Congresso estadunidense, formado pelo Senado e pela Câmara dos Representantes.
3º A “Igreja Catedral de São Pedro e São Paulo”, mais conhecida como Catedral Nacional de Washington, é catedral protestante. A pedra fundamental foi colocada na presença do então presidente Theodore Roosevelt. Sua construção foi iniciada em 29 de setembro de 1907 em estilo neogótico. A obra durou 83 anos.

       Atualmente figura entre as 5 maiores estruturas de Washington e é a sexta maior catedral do mundo, e a segunda maior dos Estados Unidos.

4º “Memorial a Lincoln”

       O monumento que foi concluído em 1922 está localizado em Washington D.C., Estados Unidos, em homenagem ao 16º presidente estadunidense Abraham Lincoln.

5º “Georgetown”

Se existe uma palavra para definir Georgetown ela é: charme. Pense em um bairro composto de pequenas casinhas coloridas, todo arborizado, com pequenos restaurantes refinados e uma rua só de compras. Some a isso alguns cafés e lojas de cupcakes e um parque na beira do rio. Esse é o bairro de Georgetown, bairro nobre de Washington DC que foi fundado no século XVII, antes mesmo da capital americana ter sido construída ali. Antigamente Georgetown era uma cidade portuária do estado de Maryland, e só foi incorporada ao Distrito de Colúmbia algumas décadas depois, se tornando um bairro de Washington. Por lá, além de passear pelas ruazinhas, pode-se também fazer compras e comer bem”.

       Na verdade, teria dado tempo para ver isso tudo. Faltou-nos mais informação! Tínhamos muito medo de não chegar, em tempo, na “Union Station”. Nossa simpática Mary nos deixou nesta estação e lá ficamos com bastante tempo disponível. Almoçamos, conhecemos o ambiente, fomos nas lojas, livraria etc e aguardamos Ney e Bia que chegaram, encima da hora. O trem partiria às 15 h para New York.

       Subimos ao trak 3 (plataforma) Gate H. Estávamos em frente a uma grande fila que nos assustou: mas a grande fila se desfez rapidamente, como costuma acontecer , conforme nos informaram aqui. Passamos por guardas e por duas revistas e verificação do bilhete. Entrei no trem e percebi que tinha perdido, entre a segunda verificação de documentos e a entrada do trem, o bilhete de minha passagem. Fiquei um tanto angustiada, voltei procurei e nada de bilhete. Mas um agente resolveu o caso com muita simpatia e partimos tranquilas.

       Estávamos voltando de Washington para Jersey City e o trem parou na primeira estação: New Carolan. A segunda estação fica na cidade de Baltimore. O sol, aos poucos estava se pondo, num céu coberto com nuvens tipo lã de carneiro. Vi uma lindíssima igreja, casas de dois pisos, muito estreitas e sem sacadas e muitos conjuntos de casas iguais. Vi também graciosas casas em meio a jardins e árvores. A paisagem me mostrava, também, grandes lagos e grandes rios, lindas pontes e muitos barcos. A terceira parada foi em Aberdeen. Depois disso, vi vegetação e verde, sem fim. Cidades lindas! Havia uma grande cidade com imensos viadutos. A quarta parada foi na cidade de Wilmington. Aqui vi que predominava a indústria de petróleo e gás e o porto. As casas aparecem entre muito verde. A quinta parada foi na cidade de Filadélfia, na Pensilvânia. E a sexta parada foi em Trenton, capital de Nova Jersey. A sétima parada antes de chegar a Newark, foi Metroport. A viagem de trem, de volta para casa, foi ótima! Chegamos às 19 horas. Ficamos felizes ela oportunidade desta viagem! Valeu muito a pena ter conhecido, ao menos um pouco, mesmo por uma visita tão rápida, a cidade Capital dos Estados Unidos.

Terça-feira, 23 de outubro

       Neste dia fiquei em casa e Erica fez, no almoço, a célebre, Mjadra. Aprendi, faz muito tempo, a fazer esta uma comida árabe, com minha amiga Tâmara Benakouche. Foi um prato com lentilhas que eu fiz, muitas vezes e ensinei também para minha irmã Erica. E neste dia, foi ela que fez este especial prato árabe. Após o almoço, descansamos e esta pausa diária é sagrada para mim.

       Saímos às 16 horas. Fomos ao Makro BJ´s e também ao mercado, abastecer a casa. Levamos o carrinho para ser fácil carregar as compras. Na verdade, lá no mercado, conhecemos algumas verduras e frutas diferentes, novas para nós. Os preços das verduras e das frutas não era baixo. Aqui nos mercados há muitos doces maravilhosos e lindas caixas de doces que nos desafiam a nos conter! O supermercado é um passeio por si só.

       Na estação Harsimus tomamos o Light Rail e voltamos para casa!

       À noite recebemos do Ney, as explicações, no computador. Precisava aprender como diminuir as fotos, que já não eram poucas e que queríamos mandar, pelo messenger, para parentes e amigos!

Quarta-feira, 24 de outubro

       Neste dia 24 de outubro, nosso primo João Pintarelli, de Curitiba, estava de aniversário. Ao e-mail que lhe mandei dando-lhe os parabéns, respondeu com as palavras verdadeiras e carinhosas com que costuma nos presentear, sempre. Palavras verdadeiras e carinhosas são presentes valiosíssimos.

       Choveu muito neste dia. Fiquei em casa na parte da manhã. Havia muita coisa a fazer também em casa. Neste dia saí, como se este lugar, fosse muito familiar para mim.

       Às 14:30 horas peguei o Light Rail e fui para diversos lugares, com a facilidade que temos aqui, de ter, á disposição, os melhores transportes. Fui até Bayone percorrendo muitas estações. Depois, neste mesmo Light Rail voltei para Hoboken que é o ponto final onde se toma o trem para viagens mais longas. Voltei para Pavônia para, em seguida, ir para Bergenline! Nesta cidade com comércio muito interessante percorri as ruas do número 45 até 55. Entrei numa loja onde comprei um relógio de pulso e uma garrafa térmica. Voltei depois para Pavônia e fui ver a loja de departamentos Cimy´s e lá comprei uma panelinha muito bonita de aço inoxidável e dupla para cozinhar ovos. Levei de presente para meu sobrinho Ney, com a garrafa térmica.

       Na viagem de volta conheci e conversei com dois trabalhadores da construção civil que me chamaram atenção pelo rosto muito sofrido. Eram de Guatemala. Falei com eles em espanhol. Eles trabalhavam das 7 da manhã até as 15 horas, com meia hora para intervalo. Aqui eles tem cinco amigos e o dinheiro eles o mandam para suas famílias na Guatemala. Este foi em geral o que pude constatar das conversas com trabalhadores sul-americanos: muito trabalho e o dinheiro eles o mandam para as famílias em seus países de origem. É nestas conversas que aparece o lado sofrido do dia a dia, de muitos que vivem e trabalham nesta cidade.

       Senti-me em casa, andando, tranquilamente, pela cidade de Jersey City.

Quinta-feira, 25 de outubro

       Na alegria de acordar todos bem, tomamos café todos juntos. O dia estava muito chuvoso. Por isso fiquei em casa de manhã. Perto das 15 h, peguei o Ligh Rail para passear e ver, novamente o comércio em Gerberlaine, que fica em Jersey City. Nem sempre Erica me acompanhava, pois preferia ficar em casa. Sempre tinha algo a fazer.

Sexta-feira, 26 de outubro

       Neste dia, Erica e eu, fizemos um trajeto diferente pois queríamos ir para Nova Iorque, na Quinta Avenida, na altura da rua 46. Lá no número 600 ficava o Banco do Brasil, que eu precisava consultar. Na estação Exchange Place em Jersey City, diferentemente dos outros dias em que tomávamos o Path que nos levava ao World Trade Center, em Manhattan, tomamos o Path que nos levou até Pavônia, ainda em Jersey City. Em Pavônia pegamos o metrô, Path 33th, que nos levaria a Manhattan.

       Neste Path estando dentro do Metrô, a Erica sentada e eu em pé, aconteceu algo muito incrível: num certo momento, uma mulher que me observara, pergunta para Erica: essa não é Anita? A resposta foi: sim! Quem me reconheceu foi Regina, uma colega com quem me formei, em 1975 em Ciências Sociais, na UFSC. Já haviam passado 32 anos! Estava acompanhada de um casal de filhos, já moços e foi imensa a alegria deste abraço. A emoção deste momento foi maravilhosa!

Depois das primeiras informações, saímos do Path, passeamos juntos por Manhattan e continuamos a fazer muitas perguntas, mutuamente. Tiramos muitas fotos! Uma foto foi em frente à biblioteca de Nova Iorque.

       Aqui coloco a foto do exterior e interior desta magnífica biblioteca norte-americana.

       Esta sincronicidade, de encontrar Regina, a colega de 32 anos atrás, nos emocionou muito! Nos separamos com a promessa de, num outro dia, irmos juntas para Jersey Garden´s, um Outlet que fica em Nova Jersey. Erica e eu, andando pela na Quinta Avenida, movimentadíssima, chegamos ao Banco do Brasil, na altura da rua 46, edifício número 600, no terceiro andar. Depois, andamos até a rua 82 onde fica o Metropolitan Museum. Neste trajeto passamos por lojas importantes como: Cucci, Prada, Versace, etc.

       Chegamos à Catedral de São Patrício que é um templo católico, em estilo neogótico, situado a leste da Quinta Avenida, entre as ruas 50ª e 51ª, em frente ao Rockefeller Center.

 É uma paróquia e a sede da Arquidiocese de New York. Entramos nesta maravilhosa construção gótica com lindíssimas ogivas, vitrais e rosáceas.

        A emoção da contemplação desta verdadeira obra de arte foi muito grande! Nesta imersão no majestoso estilo gótico, lembrei-me, com saudade, de minha querida amiga e professora de arte, Irmã Rafaela, no Colégio Coração de Jesus. Ela respirava arte e conseguia nos entusiasmar com suas magníficas aulas, sempre enriquecidas com belíssimos quadros e profundas reflexões! Infelizmente, ela já partiu deste mundo, deixando saudades!

       Ficamos um tempinho neste local de oração. Ao sair desta catedral passamos pela igreja episcopal San Thomaz, uma igreja anglicana. Lá também passamos alguns minutos admirando a beleza de sua arquitetura e decoração.

       Passamos depois pelo Central Park, imponente, sereno e outonal e finalmente chegamos ao MET, Metropolitan Museum.

O Metropolitan Museum of Art, conhecido informalmente como The MET, é um museu de arte localizado na cidade de Nova Iorque, Estados Unidos, sendo um dos mais visitados museus do planeta. Fundado em 13 de abril de 1870, foi aberto ao público em 20 de fevereiro de 1872”.

       Erica e eu fizemos uma foto diante desta amostra de quão imensa era esta árvore. Lá no MET, como já se fazia um pouco tarde, vimos só uma pequena parte. Outro dia, voltaríamos para ver mais.

Ao sair passeamos mais pela cidade e fizemos uma foto de um edifício, comum aqui nos prédios mais antigos, em que as escadas ficam, também na parte externa.

       Tomamos o ônibus M2 que nos levou até a 33St, sempre na Quinta Avenida. O chofer, um indiano, era “very kind”. Saímos e entramos no metrô (subway) pela rua 33 tomando o Path 33St rumo à estação de Pavônia em Jersey City. Lá na Pavônia tomamos o “Path to Hoboken” e fomos até a Exchange place. A esta altura já estávamos bastante acostumadas neste dança de trocar diversas vezes de condução. A chuva era forte e nós chegamos em casa às 19 horas.

Sábado, 27 de outubro

       Neste dia, saí sozinha, às 9 horas, rumo à Bergenline, tomando o Light Rail to Tonelle line que leva direto ao destino. Numa determinada estação, entram guardas para verificar o bilhete da passagem. Não é frequente os guardas verificarem os bilhetes de passagem, pois nessa cultura, fica na consciência de cada passageiro, estar com o seu bilhete em dia. No entanto, se nessa verificação for constatado que o passageiro está sem bilhete, ele pagará muito caro por essa falha. Chegando ao centro comercial de Bergenline, fui na loja Oulet da Cimy´s e verifiquei entre outras coisas, o preço dos lençóis 420 fios: estavam por 24 dólares. Voltei ao meio dia com o mesmo trem. Cheguei em casa e o almoço foi servido: Cheers!!!

Domingo, 28 de outubro

       Saímos, Erica e eu, tomando o Light Rail rumo à Pavônia e, em seguida o Path para Newark. Este seria o dia de nos encontrarmos com Regina, conforme havíamos combinado com ela, no primeiro encontro que tivemos. Iríamos fazer compras em Jersey Garden´s. No horário previsto, 10 horas, nos encontramos com Regina e o filho Paulo. Aí em Newhark tomamos o ônibus de número 40. O ônibus entrava em muitos lugares pois naquela direção, fica também o aeroporto de Newark e o grande porto onde imensos navios e containeres davam à paisagem, um aspecto especial. Após uma hora de viagem, chegamos em Jersey Garden`s. No caminho, no ônibus conversei com Suely, que é uma paulista que aqui faz limpeza nas casas, ganhando razoavelmente bem. Em São Paulo trabalhava numa empresa na área de recursos humanos. Nestas conversas que acontecem como por encanto, ficamos conhecendo pessoas que nos falam do que vivem. E se nós falarmos com pessoas que vivem o que falam, nós saímos tendo aprendido algo novo e verdadeiro! Ao chegar ao nosso destino entramos na loja chamada Marshall e lá ficamos 3 horas e meia. Havia muito para ver e comprar. Os preços eram convidativos. Compramos alguma coisa muito em conta e olhamos bastante. Almoçamos na praça da alimentação e retornamos às 17 horas com o mesmo ônibus 40.

Em Pavônia onde chegamos com este ônibus tomamos o Light Rail que nos deixou na nossa parada de sempre: a Exess Street.

       Foram muitas as vezes, durante estes 30 dias em Nova Iorque, que passamos pela Essex Street. Aqui fica, nesta foto, uma lembrança. Essa era a parada mais próxima do nosso apartamento!

Segunda-feira, 29 de outubro

       Neste dia saí cedo, sozinha, para simplesmente, passear em Jersey City, conhecendo como a vida cotidiana se desenrolava nesta terra. Olhando, contemplando, admirando, escutando, conhecendo!

No trajeto observei algumas coisas interessantes: um funcionário, de bicicleta, esvaziando as caixas que continham o dinheiro do estacionamento. Ele, ao retirar o dinheiro, não tinha contato com o mesmo, pois havia um mecanismo que retirava a caixinha de um lugar e o dinheiro era transferido para um outro recipiente sem contato humano. Achei muito bem-feito o processo!

       Passei pelo edifício da Hall City (prefeitura).

       Entrei num bar que, além de todo o tipo de quitutes, vendia enfeites também. Continuando meu passeio, encontrei e conversei com dois mexicanos que limpavam as folhas das ruas com um aparelho de ar comprimido. Ouvi sua história que era tão parecida com a história de todos os latinos americanos. Estavam trabalhando aqui , para enviar depois, o seu dinheiro para a família. Passei por muitos lugares sempre me extasiando com as árvores com as cores de outono e o tamanho das calçadas, que tinham uns 5 metros de largura. Em muitas ruas chamou-me a atenção as árvores da rua cortadas de tal maneira que os fios de luz, ficassem livres para correr, e enfim, vi um modo de cidade diferente dos que costumo ver aqui no Brasil. Ao meio dia cheguei em casa, almocei e descansei.

       Outro programa me aguardava á tarde. Saí de casa para ir a Manhattan, às 14 h. Lá eu precisaria ir ao Banco do Brasil . Este já estava fechado, pois já eram 16 h.

Mesmo tarde, passei e não resisti ao propósito de subir ao mais alto prédio de New York: o Empire Buiding State.

       Havia um grupo de muitas pessoas para visitar este altíssimo edifício. A fila se prolongou por um trajeto muito longo! Durante duas horas de espera e de passar de uma fila para a outra, de uma inspeção para a outra, tive a oportunidade de falar com javanesas, com italianos de Veneza, com um casal da Inglaterra e com dois austríacos que conheciam Florianópolis e já tinham estado na Praia Mole.

       Por fim, entramos no imenso elevador e, rapidamente, chegamos ao topo dos 102 andares do prédio. Lá em cima era Wonderfull, poder ver, lá embaixo o espetáculo de New York iluminada, com todas os caminhos do plano da cidade, com as luzes acesas. Foi uma boa experiência! Cheguei em casa, à noite, às 20 horas onde todos me esperavam e estavam preocupados com minha demora.

       Neste dia, havia muito a compartilhar. Sempre à noite comentávamos o que tinha acontecido. Além disso vi, depois, os e-mails e me comuniquei com os amigos e familiares.

Terça-feira, 30 de outubro

       Neste dia saí sozinha, às 10 h, também, para andar passeando, mais uma vez, em Jersey City. Gosto muito de aproveitar, este tempo á disposição, par entrar em contato, com a rotina de uma cidade. Passei pela prefeitura da cidade , uma bonita construção tendo nos jardins de entrada uma linda obra de arte em ferro!! Visitei um parque maravilhoso, onde tirei fotos! Também fiz fotos das árvores, das flores e de um lindo casario. Alguns casarios eram construídos com o mesmo padrão de casas juntas, no entanto seu estilo era moderno. As calçadas de 5 metros estavam varridas. Em muitas casas havia as célebres bruxas e as abóboras típicas da festa do o Halloween! Muitas casas apresentavam, ladeando as escadas, lindo vasos repletos de flores.

       Tive também o grande prazer de encontrar e entrar na biblioteca pública de Jersey City. Esta biblioteca tem cinco andares e muitas atividades lá se desenvolvem. Lá me receberam duas jovens negras, muito atenciosas e simpáticas. Guardo gratas lembranças das professoras e funcionárias que lá encontrei.

No terceiro andar havia uma jovem Hindu, atendendo a visita de uma professora com as crianças de uma escola pré-primária. As crianças estavam pintando abóboras para a festa de amanhã, o Halloween

       Perguntando pelo meu nome, me disse que o nome Anita é Hindu, mas não sabia qual seria (the meat) o significado do nome. Lá fiquei um bom tempo, conversei e recebi livros da história da fundação desta biblioteca, bem com material de propaganda da mesma. Foi uma visita maravilhosa pelas pessoas amorosas que lá encontrei. Cheguei em casa às 12:30 horas onde Erica me esperava para o almoço. À tarde fui com Erica para Bergenline, também ainda em Jersey City, pois ela queria fazer compras. Chegamos em casa às 17 horas.

Quarta-feira, 31 de outubro

       Neste dia iríamos assistir a noite, na Quinta Avenida, a peça “O fantasma da Ópera”. De manhã, Erica e eu fomos fazer compras no mercado e de tarde dormi até as 16 horas, tomei algumas notas para o relatório e troquei e-mails.

       Às 18:30 horas Ney, Bia, Erica e eu fomos para o teatro. Na Exchange Place pegamos o Path até o World Trade Center, onde pegamos o metrô da linha E, que nos levou até a rua 42. Caminhamos até a rua 46, esquina com a Quinta Avenida.

       A Ópera foi simplesmente maravilhosa! Inesquecível mesmo! Era incrível a emoção de ver uma Ópera, naquele cenário e com estes maravilhosos artistas. Neste momento há só um sentimento: Gratidão à Vida! Este foi um grande privilégio!

       No fim do espetáculo, os artistas se dirigiram ao público e eu entendi que estavam passando por dificuldades financeiras. Na saída no hall de entrada, vendiam discos da Ópera, já anunciando o que aconteceria alguns dias mais tarde: a greve dos roteiristas etc, quando o “Fantasma da Ópera” não seria mais apresentado.

Quinta-feira, 1 de novembro

       Neste dia de “Todos os Santos” saímos cedo para Bergenline, aqui em Jersey City, para fazer compras. À tarde, às 14 horas, saí sozinha, pois a Erica nem sempre estava disposta a sair. Fui para Manhattan e cheguei no Word Trade Center. Caminhei e peguei o ônibus 5 saindo na rua 82. Fui novamente ver o MET, ou seja, o Metropolitan Museum. Caminhei pelos diversos salões me deslumbrando com as mais lindas obras de arte que o ser humano realizou nas diferentes civilizações, em todas as épocas.

       Para voltar, às 18:30 horas, tomei o ônibus M2. Fui até a rua 33 onde tomei o Path 33 St. No ônibus, um chofer indiano muito prestativo me orientou falando muito rápido e eu disse para ele, o que dizia a todos, quando falavam muito depressa: “Please, speak slowly”! Ele sorriu para mim e falou mais lentamente! Em outro ônibus um chofer negro me orientou muito bem e eu lhe disse, ao sair do: “You are very Kind”. Ele mostrou sua satisfação com um sorriso.

Tomei o Path fui até a estação de Pavônia e de lá vim para casa. Já estava escuro! Ventava e o frio já era muito grande, anunciando um inverso rigoroso.

Sexta-feira, 2 de novembro

       Neste dia planejamos visitar o Jardim Zoológico do Bronx. O Bronx é um distrito de New York que fica no continente, fazendo parte da Grande Nova Iorque.

       Saímos Erica e eu às 11 horas e fomos até a Central Station, um ponto turístico que vale a pena conhecer.

       É uma Central dos trens, um centro comercial e tem uma grande praça de alimentação. Além disso é uma construção arquitetonicamente bela. Nesta Central, tomamos o trem número 4 até a Roham Road no Bronx. Lá fomos orientadas a tomar o ônibus número 12. Nesta rua Roham Road fica a Universidade Fordham.

Universidade Fordham é uma universidade privada, sem fins lucrativos e católica dos Estados Unidos, com três campi ao redor da cidade de Nova Iorque. Fundada pela Diocese Católica Romana de Nova Iorque em 1841”.

       Após umas quadras depois da Universidade, descemos do ônibus e andamos uns 100 metros para frente, onde seria a entrada do zoo. Lá havia um lindo e majestoso portão de cor verde, onde estava um trabalhador que nos informou que, como o Jardim Zoológico estava sendo reformado, não podíamos entrar lá naquele lugar. Voltamos e demos uma volta na grande quadra. Estávamos cansadas, mas chegamos finalmente!

Para registrar nossa chegada ao grande jardim zoológico, tiramos foto em frente ao “zu” como é chamado.

       Finalmente entramos neste paraíso de plantas e animais, nenhum deles fechado em jaulas, mas vivendo de forma livre em espaço natural.

       A visita ao Zoo foi um passeio muito agradável. As árvores estavam ornadas com as lindas cores outonais, tão próprias deste tempo! Eu não me cansava de as contemplar e registrar em fotos. Os animais não estavam em jaulas mas livres em grandes espaços.

       Os maiores animais, como era muito frio, não puderam ser vistos, pois estavam recolhidos e protegidos. Ao sair pegamos o trem número 2 (este teria sido o trem mais adequado também para a vinda) e desembarcamos na estação de Chambers. Na verdade era para desembarcar só na próxima estação, a “Park place” e então seguimos para lá. Lá pegamos o Path 33 St e fomos até Pavônia. Esperamos Ligth Rail num frio muito intenso e desembarcamos na parada chamada “Harssimus” onde fomos fazer compras no mercado. De lá esperamos novamente o Light Rail e chegamos em casa descendo na Exess place. Erica fez a janta. Fomos dormir muito cansadas, mas muito felizes por mais este maravilhoso passeio!

Sábado, 3 de novembro

       Às 10 horas fui sozinha, para Manhattan e lá visitei a loja Macy`s, uma das maiores de New York. Percorri os seus diversos departamentos conhecendo seus produtos, oriundos de todas as partes do mundo. Lá encontrei duas brasileiras com quem conversei. Almocei e depois, à tarde, fui conhecer o maravilhoso Museu Gugenheim.

 Guggenheim Museum é um museu de arte moderna e contemporânea cujo prédio tem um formato único, cilíndrico, mais largo no topo do que na base. A melhor forma de conhecer o Guggenheim é subindo até o último andar de elevador e depois descer suas rampas a pé”.

A beleza do Museu começa na arquitetura de sua construção. Subindo por caminhos espiralados, parei em cada andar. São muitas as pinturas do início da criação do Museu, com a coleção de Salomon Gugenheim, seu fundador. Há muitos quadros com muitos pensamentos. Lá fiquei algumas horas. Na loja de lembranças, havia muitas coisas lindas e artísticas para comprar. 

Os preços eram muito altos. Neste dia, para voltar, tomei o metrô para Newark, uma direção que não me convinha. Mas aproveitei o erro para aprender como fazer a necessária mudança de trajeto.

Domingo, 4 de novembro

       Neste dia o relógio foi atrasado em uma hora. Portanto estávamos com uma diferença de três horas em relação ao Brasil. Aqui em Nova Iorque, este era o dia de um célebre evento: a grande Maratona de Nova York!

       Aqui deixo algumas informações:

A Maratona de Nova York (oficialmente TCS New York City Marathon) é uma corrida na distância de 42,195 km realizada na cidade de Nova York através de seus cinco bairros, fundada em 1970 por iniciativa de Fred Lebow, um corredor norte-americano nascido na Romênia e grande entusiasta de esportes e corridas de rua”.

A Maratona de Nova York simboliza a melhor convivência possível entre o esporte amador e o profissional. É a máxima expressão do esporte, da colaboração cidadã e do espírito solidário”, declarou o corpo dos jurados ao premiar o evento”.

 A festa começa na largada, emoldurada pelo visual da baía do Atlântico na Ponte Verrazzano, em Staten Island e, claro, embalada pelo hino informal da cidade, New York, no vozeirão de Frank Sinatra”

A Ponte Verrazano-Narrows é uma ponte suspensa sobre o estreito denominado The Narrows e que liga ‘Staten Island’ ao popular bairro do Brooklyn na península de Long Island, em Nova Iorque. A ponte foi nomeada em homenagem ao explorador italiano Giovanni da Verrazano, o primeiro europeu a navegar na região”.

Depois do Brooklyn, os corredores entram no distrito do Queens e completam quase metade da prova praticamente no plano, com apenas algumas leves subidas. O bicho pega após o km 21, com o desafio da Pororoquense Bridge, 3 km que iniciam as subidas e descidas mais intensas.

Você sobe a primeira metade dessa ponte e desce na segunda, entrando em Manhattan para encarar a 1ª Avenida, longa e inclinada”, alerta Marcos”.

       Com esta introdução que nos dá esclarecimentos muito úteis sobre seu significado, hoje posso dizer, que tive o prazer e a emoção de assistir este grande evento, em novembro de 2007.

       Às 9 horas saí de casa e meu objetivo era chegar a estação Exchange Place. Fiz o caminho a pé e tirei algumas fotos neste caminho, percorrido em outros dias, igualmente a pé. Neste trajeto que fica bem em frente ao World Trade Center, separado apenas pelo rio Hudson, vi novamente, os diversos cartazes artísticos, feitos por crianças relembrando a tragédia do dia 11 de setembro. 

Nestes cartazes há escritos que nos fazem refletir sobre a vida de modo geral.

       Mas, caminhando, cheguei à estação, muito frequentada por nós, que é a Exchenge place. Nesta estação tomei o metrô para Newark, fui até Journal Square e la tomei o 33 St. Neste trajeto sentei ao lado de Mário, um brasileiro de Minas Gerais que trabalha aqui no setor de construção civil, já faz 8 anos. Falou-me sobre sua atividade aqui em New York e orientou-me sobre qual bus eu teria que tomar para chegar ao Central Park. Durante o caminho aprendi a pronunciar maratona em Inglês: mmaraton. Disseram-me que, caso não se pronunciar de forma correta, os novayorquinos, são incapazes de compreender o que se está dizendo.

       Cheguei no local da Maratona, na hora em que uma multidão ansiosa e febril constituída de pessoas de todas as partes do mundo, desde crianças, jovens, adultos e anciões, esperava ansiosa, pelo primeiro maratonista que despontasse.

       Depois de algum tempo, as pessoas irromperam em aplausos: eram os maratonistas que chegavam, em cadeiras de rodas, a maioria sem pernas! Mesmo com a alegria de vibrar com eles que tinham percorrido 42 km, pensei: este aqui é o resultado que não se vê, do que acontece nas guerras. Além dos que morrem, há uma multidão de mutilados e marcados emocionalmente para sempre! Era muito emocionante, ver estas pessoas com deficiências, fazendo tanto esforço para chegar. E para cada um que chegava eram novos gritos de entusiasmo e palmas que se escutava! Foram muito lindos estes momentos que nos arrancavam lágrimas de emoção, neste dia de sol, no magnífico Central Park. Após uma hora aplaudindo estas chegadas dos maratonistas, em cadeiras de rodas, chega a primeira colocada que foi uma mulher. Fiquei aí, mais uma meia hora, vendo a chegada dos primeiros colocados.

Neste momento, tendo já ovacionado os maratonistas por mais de uma hora e meia, saí atravessando o parque e cheguei no outro lado, na Quinta Avenida na parte sul. Aí a turma dos maratonistas estava chegando, sempre em maior número sob o aplauso geral. Eram 48.000 corredores de todas as nacionalidades, os quais estavam completando a corrida de 42 quilômetros.

        Após uma hora de observação dos vitoriosos corredores, de muitas nacionalidades, saí daí e fui conhecer, aí perto, o zoológico do Central Park. Como “sênior”, na entrada paguei a metade: 4 dólares. Lá entrei numa loja onde só havia para vender, artefatos representando animais: de pelúcia, vidro, cristal, madeira etc. E tudo o mais que se relacionasse com eles. Entrando no zoológico propriamente dito, um dos primeiros espaços construídos de forma muito artística, que observei foi o espaço reservado aos pinguins, em seu 45 45 habitat. É algo imperdível, vê-los velozes, mergulhando nas águas geladas e poder apreciar, através do grosso vidro, todos os seus movimentos, rapidíssimos, com que cortam as águas, se sacodem, andam e descansam. Interessante era ver suas brincadeiras se virando em cima da água para os muitos observadores, após e durante o mergulho. Saindo da água os pinguins têm pedras em forma de montanhas para se esticarem. Havia muitas crianças com seus pais admirando esta beleza da natureza. Perto daí um outro espaço natural imperdível. Espetáculo foi observar os ursos brancos que, no seu habitat, em muitos planos, podiam ser observados em diversos momentos, seja nos passeios, subindo nas pedras, entrando na água e, por fim, observar todos os movimentos que fazem dentro da água. Aqui realmente o que nos chama muito nossa atenção é, também, outro aspecto: trata-se da arquitetura com que foi construído seu habitat. Observar como foram aproveitadas pedras, profundas fendas e depressões, para transformar este local no ideal para a vida destes ursos! É sempre possível ver os ursos, em todos os planos através de vidros muito grossos.

      Saindo do Jardim zoológico do Central Park, voltei a outro ponto, onde os maratonistas continuavam a chegar, aplaudidos pelos gritos de entusiasmo com que a numerosa plateia os recebia. Agora os maratonistas chegavam em grande número. Fiquei aí mais um bom tempo. No fim saí e no retorno, pelo caminho, falei com dois jovens negros, que estavam oferecendo serviços de transporte, em carrinhos de mola, sobre estruturas de bicicleta. Falamos um pouco sobre o Brasil e eles tentaram repetir a palavra Rio de Janeiro, mas, para eles, foi impossível acertar a pronúncia. Neste momento a maratona de 48 quilômetros chegava ao fim e cada um recebeu uma medalha. No fim da maratona, um espetáculo a parte: os milhares de espectadores deixaram o parque totalmente limpo. No chão, não havia um papel e nenhum lixo. Admirável! Isto é motivo de observação e de admiração para nós! Este foi um dia muito rico em experiências!

       Cheguei em casa e planejamos, junto com Ney, o dia seguinte: trata-se de um passeio para o norte de New Jersey: para “Woodbury Common Outlets”. Iremos para “Hoboken” com o Light Rail e lá tomaremos o trem “New Jersey Transit” até a estação de Harrimann. Lá nos espera um táxi (7 dólares) que nos levará a “Woodbury Common Outlets”.

Segunda-feira, 5 de novembro

       Saímos de casa, Erica e eu, às 8:30 horas. Tomamos o Light Rail Tonelle Avenue até a estação Pavônia e de lá fomos até Hoboken, sempre em Jersey City. No terminal de Hoboken havia também os terminais dos trens que partem, para diversos pontos do estado de Nova Jersey. Ao solicitar informações sobre o trem, o policial americano que nos atendeu, falava muito rápido e apesar do “Please speak slowly, I do not speak english” não conseguiu nos explicar nada. Falamos então com uma segurança, muito simpática, que nos orientou para ir à sala de Informações. Lá Helma nos atendeu, gentilmente. Nos deu a direção e foi conosco comprar o Ticket de quatro dólares e vinte e cinco cents para a ida e o mesmo preço para a volta. Nós agradecemos e fizemos uma foto com ela, muito felizes por encontrar um ser humano tão gentil.

Quando os olhos e o coração respiram amor não há necessidade de línguas”.

       No Track 3 (plataforma) entramos no trem às 9:47 horas e rumamos para Harriman com a previsão de lá chegarmos às 11:30 horas. A volta ficou marcada para as 15:55 horas.

       O trem saiu na hora e, no início, se movimentou muito vagarosamente. Erica e eu estávamos muito à vontade e felizes nesta nova aventura, rumo ao norte de Nova Jersey, a caminho de Woodbury. Aqui tive a ideia de tomar nota das estações por onde passávamos, nas pequenas cidades cada qual com suas características. As primeiras estações foram: Secaucus, Rutherford, Broadway. Até este momento, só vimos lindas casas de madeira e nenhum edifício nestas cidades rodeadas de árvores de todas as cores. A quarta estação foi Radburn, uma cidadezinha muito bonita especialmente com muitas árvores de cores outonais. Na estação seguinte, Glen Rock, havia árvores gigantescas. Em seguida vem as estações de Ridgewood com belíssimas casas de madeira, Ho-Ho-Kus, Waldivick e Allendale com casas maiores. A 10a estação de parada do trem foi Ramsey com lindos conjuntos de casas entre as sempre presentes árvores. Nunca me cansava de admirar a natureza multicolorida neste outono maravilhoso!!! Depois, passamos pelas estações de Ramsey Rut 17, Mahwah, Suffern onde passamos por um viaduto. Paramos na estação de Sloatsburg e lá vi muitos morros cobertos com as árvores multicoloridas. A 15a parada foi Tuxedo e a 16a finalmente, Harrimann, onde chegamos às 11:40 horas. Em todas as estações por onde passamos um fato me chamou a atenção: havia grandes estacionamentos de carros. Aqui as pessoas chegam de carro, pegam o trem e na volta fazem o inverso. Interessantíssimo este processo que se propõe, com muito sucesso, desafogar o trânsito na cidade de Nova Iorque.

Aí em Harrimann pegamos o táxi para Woodbury Common Outlets. Estes Outlets, de marcas famosas, se apresentam como um grande conjunto de lojas com um centro com igreja e praça de alimentação.

       Lá almoçamos às 14 horas. O local era cercado por colinas cobertas de árvores multicoloridas, pois ainda estávamos no outono!

     Depois de visitar as lojas comprando muito pouco, tomamos o Táxi às 15:15 horas pagando três dólares por pessoa. Saímos às 15:56 horas pegamos o trem e a volta foi muito rápida. Já havia escurecido quando chegamos, às 17:10 horas.

       Pegamos o Light Rail em Hoboken e passamos no supermercado para abastecer a casa. À noite, emocionada com as cores outonais da natureza em festa, que tinha presenciado nesta viagem, senti a necessidade de escrever estas linhas:

Terça-feira, 6 de novembro

       Neste dia fomos, novamente, para Jersey Garden´s. Lá compramos algumas mercadorias interessantes, inclusive o presente para o sobrinho Ney que completaria anos, no dia seguinte. Almoçamos na praça da alimentação e visitamos outras lojas que não tínhamos conhecido na primeira vez que fomos para Jersey Garden´s.Na volta, no ônibus de número 40, falei com Carmem, uma enfermeira do Peru que trabalha como camareira num hotel. Fala-me das condições de trabalho e do porque não consegue trabalhar como enfermeira e ganhar um pouco mais nos Estados Unidos. A amiga Ivone fala espanhol e português e também falou conosco. Ela nos orientou quanto aos procedimentos na Penn Station, em Pavônia.

Quarta-feira, 7 de novembro

       Este é o dia do aniversário do Ney. Levantamos cedo, às 6:15 horas. Preparei as flores, escrevi um lindo cartão e coloquei o tapete que comprei ontem, em cima da mesinha. Fiz meditação visualizando a casa, meu sobrinho, minha irmã todos numa luz violeta. Através da observação das flores fiz minha meditação: olhei o buquê de flores 48 48 que havia comprado e vendo os crisântemos amarelos, desejei alegria. Olhando as violetas desejei transformação e humildade. Olhando os brancos desejei paz. Contemplando os cravos brancos com bordas cor-de-rosa, desejei amor e contemplando os cravos, desejei força. As folhas verdes me falavam de esperança. Olhando o tapete lembrei-me do artista, que criou o traçado de flores, com imagens tão lindas! Observei as cores de verde esmaecido, marrom, cinza e branco e pensei no trabalho do artista tapeceiro que o bordou e também do artesão que terminou com tanta maestria o trabalho pelo lado avesso. Sem querer, eu estava desconstruindo o mecanismo do “fetichismo da mercadoria”!

       Um dia muito bonito se delineava naquele instante! O Ney chegou e nós cantamos os parabéns ao redor de uma linda mesa de café matinal. Abraçamo-nos e entreguei-lhe o tapete e fizemos fotos para eternizar este momento.

Neste dia, foi muito bonito festejar a vida junto com Ney, a família e os amigos!

       Após o café Erica ficou em casa e eu saí, às 9h, para o centro de Manhattan. Almocei num lugar chamado “Pret a manger” localizado na Broadway, se não me engano. É um restaurante, cuja parede externa é de grossos vidros, muito limpos. E assim se come, se conversa e se observa o movimento da rua que sempre está repleta de transeuntes de todas as nacionalidades, etnias, vestimentas, jeitos, etc. Foi um momento sem pressa de chegar ao fim, pois eu estava sentada numa cômoda poltrona falando com um escritor. São estes momentos que enriquecem muito, os prazeres de uma viagem!

       Às 15 horas tomei o Path 33St, cheguei na parada “Journal Jquare”, depois na parada “Exchange Place” e finalmente, em casa, às 16 horas. À tarde, Erica e eu fomos para Bergenline: Erica precisava comprar pratos e eu, um cadeado. Neste dia nos aconteceu algo, por causa do qual, rimos muito. Ao nos separar, em Bergenline, marcamos que o nosso encontro seria na loja onde Erica fora comprar os pratos. Como Erica saiu antes, me desencontrei e isto rendeu muito, pois foi aproveitado pela minha irmã para contar uma história fantasiosa, de forma hilariante! Mas valeu a pena, pois nos deu motivos de rir muito. E rir, dando boas gargalhadas, faz muito bem. Voltando, fomos ao mercado onde compramos verduras, tomates pequenos para a salada e um bolo. À noite, nos encontraríamos, num jantar organizado por Bia, com os amigos de ambos.

       Às 21 horas, fomos para o apartamento de Bia. Flávio seu amigo, fez uma excelente comida. Brindamos o aniversariante Ney, tiramos fotos e a ceia maravilhosa estava sobre a mesa! Saboreamos a comida supergostosa, neste momento de confraternização. A sobremesa estava ótima e um licor especial fechou este momento de amizade e de festa.

       Mário nos falou muito do prazer de viajar.

       Que dia abençoado! Conversamos ainda bastante tempo com o coração em festa, aprendemos muito e depois, fomos descansar.

Quinta-feira, 8 de novembro

       Saí às 10 horas e hoje planejei ver uma exposição importantíssima, que na verdade, iria ter sobre mim um grande impacto: tratava-se da imperdível “Bodies exposition”. O preço da entrada foi 24 dólares. Mas antes de chegar na exposição, fiz outros trajetos: ao sair do Path em World Trade Center entrei na loja de departamentos, que fica na rua, em frente a este local e que é muito frequentada por pessoas de todos os lugares do mundo, a Century twenty one. Ao lado desta loja, está a igreja episcopal que guarda lembranças do dia 11 de setembro, pois ficando exatamente ao lado do World Trade Center, não foi atingida quando caíram as torres gêmeas. Havia muita gente visitando a igreja. Entrei na igreja onde havia também uma série de lembranças lembrando a queda das torres gêmeas. Na frente da igreja, que está intacta, em meio à grandes árvores, há um cemitério muito antigo. Às vezes, dava um aguaceiro.

Lá me encontrei com Iolanda e Adela, duas mulheres de Barcelona. Conversamos e depois, para marcar o encontro, tiramos fotos. Gosto demais quanto acontecem estes encontros!

        Caminhando pela “Fulton Street” passei por um restaurante a quilo, especialmente maravilhoso e completo, com todas as ofertas de comidas possíveis. Lá servi-me bem e pelo almoço paguei 6 dólares. Seguindo em frente pela “Fulton Street” entrei numa grande loja de livros denominada “Shandbooks”, maravilhosa pela sua organização. Lá havia muita gente e é um lugar imperdível para ser visitado e conhecido aqui em New York! Estava chovendo! Caminhando mais, depois de comprar um guarda-chuva e passar por outras aglomerações de pessoas, cheguei, finalmente, no edifício da onde estava, em exposição, “Bodies”.

Corpos, é uma exposição de corpos humanos e órgãos, já foi vista por mais de 15 milhões de pessoas em cidades dos Estados Unidos e Europa, sendo três milhões em Nova York, onde a exposição está montada”.

       Fazendo uma fila para comprar o ingresso, entrei e logo percebi que iria ser uma visita super-rica de aprendizagem. Um médico dava explicações, em inglês, para os interessados. Estranhei que nenhuma outra língua estivesse à disposição para que os visitantes tirassem suas dúvidas. Ao menos o espanhol poderia ser contemplado.

       Mas a exposição é impressionante pelo seu tamanho e pelo número de corpos e seus sistemas, em exposição. Há centenas de corpos e órgãos ou sistemas, para serem observados. São órgãos internos e sistemas orgânicos de um corpo hiper-real. Só um exemplo: num corpo podia-se ver, somente a soma dos nervos. Parecia uma cabeleira que começando no alto da cabeça ia até os pés. Nada do que pode ser aqui dito, não substitui, jamais, a observação in loco. É muita informação que se recebe, de uma maneira tão clara e real, sobre o funcionamento desta maravilha que é o Corpo Humano.

Com efeito, o tom geral daqueles que defendem essas exposições apela para a utilidade educativa de se usarem corpos humanos reais, dissecados e modelados, em posições didáticas, pois esta técnica possibilita o acesso a ‘espécimes’ cuja riqueza de detalhes e de informações era antes acessível apenas aos anatomistas”.

       Observar este universo gigantesco organizado e inteligente, que nos pertence, foi para mim um divisor de águas. Constatar o conhecimento e o trabalho, que os autores desta obra apresentaram aqui, é simplesmente fantástico. É, ao mesmo tempo, um privilégio para quem consegue visualizar tal espetáculo. Há, no enanto, de outro lado, as questões éticas sempre, de novo, lembradas. Quem eram estas pessoas chinesas, cujos corpos foram assim plastificados e expostos e como foram adquiridos. Isto seria outra grande pesquisa.

       No fim, havia um espaço, onde crianças e adultos poderiam deixar suas impressões sobre a obra. Eu também registrei a minha impressão, não só parabenizando os organizadores, mas também, fazendo uma observação: uma outra língua, por exemplo o espanhol, já que estamos na América, poderia estar á disposição dos que não dominassem totalmente o Inglês.

       Saí às 17 horas e já estava escurecendo. Fui com o bus até a rua 34 e de lá fui para a Sexta Avenida e no encontro da Brodway com a rua 32, tomei o Path 33St, indo até Pavônia e de lá pegando o WTC até Exchange Place. Chegando em casa, saí novamente, para comprar trigo, ovo e café. À noite tivemos uma sessão de filme, pois meu sobrinho Ney tinha todo o material necessário para uma boa projeção do filme: “O fantasma da Ópera”. Foi ótimo! Gratidão!!!

Sexta-feira, 9 de novembro

       Saí às 10 horas para visitar o MOMA (Museu de Arte Moderna). Fui até a estação Exchange Place, tomei o trem Newark, desembarquei em “Jornal Square” e de lá tomei o Path 33St. Saindo nesta rua de número 33 fui caminhando pela Sexta Avenida até a rua de número 69, onde começa o Central Park. É um grande trecho de caminhada. Sempre olhando, não perdendo nada que não seja observado, contemplando maravilhada, a paisagem desta cidade. Neste trecho, entre outras coisas, encontrei jovens que vendiam passagens para os ônibus de dois andares que visitam a cidade e seus pontos turísticos ao norte, ao sul ou ambos os destinos e cujo bilhete pode ser usado de dois a três ou quatro dias. Eram jovens negros que davam as explicações e faziam todos os esforços para que comprasse o tal bilhete. Vi também jovens estrangeiros que vendiam e ajudavam a vender castanhas e outras frutas.

       Quando já tinha andado muito, me dei conta que o MOMA ficava na rua 53 ou 54 e por isso voltei.

O MOMA abriga a maior coleção de arte moderna do mundo. Tem no seu acervo, alguns dos mais famosos quadros impressionistas e modernos. Fundado em 1929, possui hoje cerca de 100 mil obras, entre elas “A Noite Estrelada”, de Vincent Van Gogh, e “A Persistência da Memória”, de Salvador Dali.

       O MOMA é um museu muito grande com exposição de pinturas, quadros célebres, esculturas e arte moderna do mundo todo de modo geral. A visão do interior para o exterior é magnífico. Tirei fotos e também visitei seus jardins.

       Na saída, fui almoçar. Passei depois pela Catedral de San Patrik que fica na Quinta Avenida, entrei e fiquei durante bom tempo sob o impacto deste espaço, de construção gótica, admirando sua beleza e, ao mesmo tempo aproveitando para uma meditação, neste local privilegiado. Nesta, como em todas as igrejas, há funcionários que atendem e revistam os turistas. De lá saí e no encontro da rua 32 com a Broadway, peguei o Path 33St. Cheguei em Pavônia e nos seus jardins tirei fotos das verduras ( repolhos e couves) transformados em flores ornamentais. Voltei para casa às 18 horas e já era noite.

Sábado, 10 de novembro

       Neste dia saímos Bia e eu para conhecer e visitar o Harlem, pois queríamos assistir a missa Gospel, na Igreja Adventista. Ney, na Internet, já tinha procurado a orientação sobre o caminho a percorrer de ônibus ou de metrô. Tínhamos que pegar no World Trade Center o número 2 ou 3 do metrô, ir até a rua 135, descer e depois andar até a rua 138 e procurar a Abissynia Church Adventist. Assim, tomamos o número 2 do metrô, que por questão de obras só iria até a rua de número 96. Chegando lá ganhamos entrada para tomar o ônibus que nos levou até a rua de número 135. Andamos três quadras a pé e ao chegar na rua 138 queríamos ir para a direita, mas um sr. negro, muito atento e simpático, vendo que éramos turistas, mesmo sem que lhe perguntássemos, muito gentilmente, nos mostrou que a Igreja ficava à esquerda.

Muita gente, numa grande fila, esperava para entrar. Todos negros, muito bem-vestidos e solenemente aguardando a entrada! Nós também ficamos na fila e logo chegou o orientador que nos informou que hoje, 10 de novembro, excepcionalmente, como era um dia de festa da igreja, não poderiam receber os turistas. Então não tivemos outra opção senão tirar algumas fotos e sair.

       Caminhamos por este bairro do Harlem e ao passar por uma loja, vi um guarda-chuva muito bonito com figuras dos principais prédios de New York, por 15 dólares. Comprei o guarda-chuva e o trouxe para o Brasil. Novamente o ônibus nos esperava e nos levou até a rua de número 96 onde pegamos o metrô de número 3 e desembarcamos no Park place, ou seja, no W.T.C. uma estação depois da Chambers. Passamos pela Century Twenty One, onde Bia fez compras. Aí tomamos o “Path to Hoboken” e depois o “ligth Rail” até a parada “Exess place”, que era onde desembarcávamos sempre. Chegamos em casa, almoçamos Mjadra, com ovo frito e salada. De tarde saí e fui comprar um lençol branco, 420 fios, (Full) por 30 dólares. Aí começamos a arrumar a casa. À noite comemos um risoto. Arrumamos as malas e fomos dormir cedo. Amanhã seria o dia de nossa partida para o Brasil!

Domingo, 11 de novembro

       Neste dia levantamos de madrugada, às 3:30 horas. Tomamos café junto com o Ney e depois de tudo em ordem, descemos e nos despedimos do Ney que nos apresentou ao taxista, que ele conhecia. O preço seria de 80 dólares para nos levar ao aeroporto. Entramos no táxi às 4:30 horas. Na ida passamos pela ponte Manhattan tendo ao nosso lado, a conhecida e já percorrida Brooklin Bridge. Chegamos às 5 horas no aeroporto John Kennedy depois de uma viagem tranquila, onde conversamos com o chofer que era natural da República Dominicana e já estava aqui em Nova Iorque, desde 1970. Falava também grego. Ele disse que o grego é uma língua fácil e eu lhe disse, em espanhol, que gostaria de estudar grego antes de conhecer a Grécia. Ele elogiou o meu espanhol. Agradeci e eu lhe disse que fazia parte de um grupo que se reunia toda sexta feira, para falar e estudar espanhol. E que neste ano faria também, conversação em inglês. Depois desta ótima conversa descemos e nos despedimos desta simpática pessoa. Passamos pelas habituais revistas e também pelo free shopping, que lá ocupa um lugar muito pequeno.

       Esperamos o avião no Guichet B29 e já eram, a estas alturas, 6:20 horas. A entrada no avião será às 6:45 horas. O avião da TAM levantou voo em New York às 8 horas. (no Brasil seriam 11 horas.)

       Numa viagem muito tranquila chegamos no aeroporto de Guarulhos às 20:20 horas, num dia, em que o Congonhas foi fechado às 15:30 horas e foram suspensos 35 voos. Nós esperamos quase uma hora pelas malas. Quando chegaram, a minha estava rompida, ou seja, com a parte do mecanismo para puxá-la quebrado. Fiz o relato da ocorrência na TAM e lá me garantiram que em Florianópolis, uma empresa arrumaria a mala. Realmente a mala foi arrumada, na minha chegada a Floripa, por uma empresa da rua Conselheiro Mafra, onde me atenderam muito bem. Quando estávamos em Guarulhos e fomos ver o voo para Florianópolis, quase não havia mais tempo: o voo estava marcado para 22h10. Foi um tal de correr para os diversos balcões, pois precisávamos viabilizar o embarque. Depois disso foi um tal de sobe e desce, pois houve frequentes comunicados de mudança dos portões etc. Só conseguimos sair de lá, à meia-noite. Chegamos em Florianópolis a uma hora da madrugada.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

       Esta foi mais uma viagem maravilhosa, que gostei muito de ter feito. Aqui agradeço à minha irmã Erica e ao meu sobrinho Ney, pois foram eles, que possibilitaram tão maravilhosa estada em Nova Iorque. As circunstanciais nos favoreceram: Ney, meu sobrinho, trabalhando nos Estados Unido, Erica, sua mãe, indo visitá-lo e eu sendo convidada para acompanhá-la. A cidade de Nova Iorque tem muito a oferecer a quem a visita. Gostei de conhecer os nova-iorquinos que sempre nos trataram muito bem. Neste relatório eu escrevo sobre os itinerários feitos, no objetivo de chegar aos lugares certos, através do ato de tomar os metros e os ônibus adequados. Isto para mim, foi um exercício diário. Para publicar este relatório, acrescentei pesquisas para ter o prazer de conhecer, um pouco mais, esta extraordinária cidade, com todos os seus eventos e realizações históricas. Não me contento só em ver e curtir, mas sinto necessidade de conhecer um pouco mais a geografia e a história dos diferentes lugares. Este é meu prazer. E com o mesmo prazer, coloco, novamente, este relatório a disposição de quem se interesse para conhecer este pedacinho do mundo, que, nesta viagem comecei, eu também a conhecer.

Gracias a la vida, que me ha dado tanto!!

Florianópolis, 2 de junho de 2020

Anita Moser

3 Comentários

  • Adele Terezinha Masutti

    Anita!
    Adorei teu relatório desta viagem, muito enriquecedor, muita informação, me pareceu que eu estava viajando com você a cada lugar que você foi, me fez lembrar de quando estive em Nova York, os passeios, as lojas, os museus, tudo muito lindo e prazeiroso.
    É um lugar maravilhoso, vale a pena conhecer.
    Você passou muito conhecimento com muito carinho.
    Obrigada por poder nos proporcionar tudo isso.

  • Enite Terezinha Silva

    Eu apreciei o relatório de sua viagem aos Estados Unidos.
    Muito interessante , nos dando a impressão de que também estamos participando da mesma…..
    O relatório é minucioso nos proporcionando conhecimentos históricos e geográficos……
    Parabéns Anita e obrigada por compartilhar……

    • Anita

      Enite, sou muito grata pelo comentário com que enriqueces este site. Afirmas que o apreciaste, que foi a oportunidade de fazer junto esta viagem aos Estados Unidos, e me dizes que adquiriste , como eu também, conhecimentos históricos e geográficos e me agradeces por compartilhar . Isto que me escreves é o que me leva a fazer estes relatorios que escrevo com paixao e compartilhar com entusiasmo.

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