América do Norte

Viagem ao Canadá e Alasca

Viagem ao Canadá e Alasca

       Viajei em 2016 ao Canadá com um grupo da Plazatur, durante 26 dias, de 2 a 26 de agosto. Participei de uma viagem inesquecível! Foi um tempo de muita aprendizagem, prazer, encantamento e emoções. Foi algo tão importante para mim, que, após fazer o relatório, resolvi compartilhá-lo num blog, dirigido a quem tenha interesse em lê-lo. Compartilhar este prazer que tive ao visitar, pela primeira vez, estas terras com sua história, geografia, montanhas, geleiras, parques, cidades, lagos, mares, oceanos e, sobretudo, pessoas com sua cultura.

       Aqui vai, pois, o meu relato, iniciando minha escrita com o primeiro olhar sobre o Canadá, que fiz através da pesquisa e leitura antes da viagem.

       Segundo maior país do mundo em extensão, herdeiro de uma cultura milenar indígena, o Canadá é, também, um país de imigrantes, onde se falam mais de 100 idiomas. É formado por 10 províncias que possuem leis próprias. Além das dez províncias, o Canadá possui mais três territórios.

       Percorremos, primeiramente, parte de duas províncias do Leste do Canadá e depois mais duas províncias no Oeste. No Leste do Canadá, na província de Ontário, além de percorrer seu território, visitamos as cidades de Toronto, Nyagara on the Lake e a capital federal que é a cidade de Otawa. E, da mesma forma, na província de Quebec, de colonização francesa e católica, visitamos as cidades de Montreal, Gatineau e a capital da província, que é a cidade de Quebec. Na parte Oeste, na província Colúmbia Britânica, conhecemos as cidades de Vancouver e Vitória e, na província de Alberta, a cidade de Galgary. Em ambas as províncias do oeste estão as Montanhas Rochosas e os grandes Parques Nacionais de Jasper e Banff que a excursão percorreu e conheceu, em parte.

       No Canadá, há uma característica digna de ser lembrada: foi a forte influência dos indígenas, habitado que era por milhares de anos por centenas de etnias indígenas, chamadas hoje “Primeiras Nações”. Considero esta herança indígena como muito digna de nota, pois as colonizações, em geral, tentam arrasar com as culturas preexistentes. Sobre este tema da colonização vale a pena ler o texto da jornalista Elaine Tavares, em anexo no fim deste trabalho.

       O trecho que segue abaixo, nos dá algumas informações importantes e atuais sobre os indígenas do Canadá. Na reconstituição da verdade histórica, acredito que a lembrança da presença indígena, seja importante e necessária.

“Hoje, os índios têm conseguido fazer com que os canadenses se lembrem de que uma vez já foram nações autossustentáveis, com suas próprias formas de governo. Na verdade, algumas formas tradicionais de governo ainda existem. Os índios canadenses, ou as Primeiras Nações – o termo preferido, estão passando por um período de transição, uma vez que procuram um renascimento cultural, social, político e econômico. No Canadá existem quase 540 000 índios registrados ou pessoas que têm o status de índios (cerca de 1,8 % do total da população do país). Quando é ‘registrado’, o indivíduo é reconhecido sob a lei federal como índio, com certos direitos, privilégios e benefícios. Cerca de 55% dos índios registrados vivem em áreas específicas de terra, chamadas de reservas, demarcadas para o uso e benefício dos indígenas. Há mais de 2200 reservas espalhadas pelo Canadá, para cerca de 605 ‘Primeiras Nações’. A maioria localiza-se em zonas rurais, muitas são isoladas e algumas não são habitadas”.

       O território do Canadá é imenso. Tive a impressão, após conhecer um pouco desta terra e ao conhecer seu mapa, que este país é formado, em grande parte, por água. É banhado por três oceanos, ao leste, o Oceano Atlântico, a oeste, o Oceano Pacífico e ao norte, o Oceano Ártico e possui mais de dois milhões de lagos. É também um país rico em agricultura e que tem excelentes condições de turismo. As célebres Montanhas Rochosas cobertas de neve até nos dias quentes, oferecem turismo ao mundo, no inverno e no verão. Possui extensas planícies que cobrem o país desde parte do oeste até o leste, favorecendo uma vigorosa agricultura. É coberto por diversas espécies de pinheiros, que resistem à copiosa neve no inverno e que oferecem madeira abundante que escoa por seus muitos rios. A madeira é usada para construções e especialmente para exportação.

       Uma árvore, especialmente, é referência no Canadá: o célebre bordo (Mapel) que se confunde com o nosso plátano. A importância do Mapel, está registrada na parte central da bandeira do Canadá. A bandeira nacional, adotada em 1965, possui duas barras verticais vermelhas, que significam os oceanos Pacífico e Atlântico, a barra branca representa o território do país, enquanto a folha estilizada de 11 pontas representa as matas cobertas de bordos canadenses (Mapel, a árvore típica).

       Esse reconhecimento do bordo (Mapel) na cultura nacional deve-se ao fenômeno único, de extração da seiva, que já era valorizada pelos povos indígenas muito antes da chegada dos colonizadores europeus, e, hoje, representa exportação anual no valor de 147 milhões de dólares canadenses.

       A América do Norte é formada por três países: México, Estados Unidos e Canadá. O detalhe é que o Canadá ocupa 41% dessa parte do continente americano, ou seja, quase a metade da América do Norte.

       O Canadá é um país, também, rico em petróleo e em inúmeras jazidas de ouro. Tem também muita bauxita e exporta alumínio em grande quantidade. O Canadá devido ao frio extremo possui as célebres cidades subterrâneas que, às vezes, chegam a ter cinco pisos. As mulheres representam 45% da mão de obra canadense. Elas ocupam quase todas as posições, de motorista de caminhão a presidente de empresa, de pedreira a advogada. Sinal de que no Canadá, a igualdade entre os sexos é levada a sério.

       Uma outra característica interessante é que o Canadá foi colonizado por dois povos rivais, ou seja, os ingleses e os franceses. As lutas entre os colonizadores eram constantes. Mas, finalmente, o Canadá se unificou e se constituiu como um país de grande diversidade cultural. As consequências podem ser avaliadas nesta afirmação colhida na Internet:

“Por ter sido colonizado por dois povos rivais, enriquecido por várias culturas, línguas e religiões, e marcado por uma geografia altamente diversificada, o Canadá não poderia deixar de ser uma terra de concessões. ‘Unidade na diversidade’ poderia ser o seu lema. O espírito de modernização e tolerância caracteriza a federação canadense e asseguram a sua sobrevivência”.

       E aqui, após estes primeiros dados sobre o Canadá, sinto a necessidade de refletir e encontrar uma resposta para uma pergunta: por que, afinal, a gente sente desejo e gosta tanto de viajar?

       No texto abaixo, as palavras de Alain Botton, em seu livro “A arte de viajar”, resumem a resposta em seis itens muito explicativos:

I – A busca pela felicidade – Poucas atividades expressam tão claramente a busca pela felicidade quanto uma viagem. Entramos em um estado de espírito que favorece boas experiências. A partida representa coragem e traz uma sensação de liberdade, como se tudo fosse possível.

II – O fascínio pelo exótico – Assim que a gente chega a um lugar novo, tudo parece interessante: uma simples placa escrita no idioma desconhecido se torna uma atração turística. Apaixonamo-nos pelos detalhes, pelos sorrisos e pelas pessoas. Gostamos da mudança e de “encontrar camelos onde em casa havia cavalos”, como diz no livro.

III – Descobertas enriquecedoras – Enquanto viajamos, descobrimos a geografia, o idioma, a culinária, a religião e a história das civilizações. Voltamos a ser estudantes do mundo, da vida.

IV – Experiência espiritual – Apreciar a grandeza da natureza, a simplicidade nos costumes dos povos, desfaz todas as nossas preocupações. Faz-nos perceber que precisamos de tão pouco para viver. Faz-nos ver que o universo é muito maior. Mas não nos sentimos pequenos e sim privilegiados por poder viver e evoluindo com estas experiências. O assombro se torna admiração e nos marca para a vida inteira.

V – Exercício do olhar próprio – Alguns guias, por definição, hierarquizam as informações e induzem o olhar. Mas para quem viaja de coração aberto, pode praticar o exercício de observar o mundo através do seu olhar e encontrar seus próprios interesses. Observar os sinais que cada local é capaz de trazer para sua própria percepção e evolução.

VI – A arte de viajar e a curiosidade – O prazer que extraímos das viagens, talvez dependa mais do estado de espírito de quem viaja, que do destino. Se pudéssemos aplicar o estado de espírito de quem viaja, aos lugares onde vivemos, constataríamos que esses lugares não são menos interessantes.

       É possível assumir esse olhar estrangeiro antes mesmo de rumar ao seu próximo destino Exótico.

       E assim, recordando o quanto de felicidade e prazer uma viagem acrescenta às nossas vidas, vamos falar da viagem propriamente realizada.

       Para nos ajudar na localização, no mapa acima, vemos as cidades que visitamos nessas duas províncias do leste, Ontário e Quebec. Viajando em excursão da cidade de Toronto até a cidade de Quebec e voltando para Montreal, este foi nosso trajeto no leste do Canadá.

       O Rio São Lourenço, que parte do lago Ontário e que contem milhares de ilhas, entre as quais a ilha onde está a cidade de Montreal, nos guia nesta caminhada, desembocando depois no oceano Atlântico.

A Viagem Começou Assim

Dia 2 de agosto – terça-feira

       Saímos do aeroporto de Florianópolis às 16h45 acompanhados por Marília, uma das proprietárias da empresa Plazatur. Num voo tranquilo chegamos ao aeroporto de Guarulhos em São Paulo às 17h45 onde nos encontramos com Vidal, o guia desta excursão ao Canadá e Alasca. As malas seguiram direto para Toronto o que nos evitou o trabalho de retirar as bagagens e encaminhá-las novamente em São Paulo. Às 19h30, estávamos acomodados no avião da Air Canadá. A meu lado Maria da Glória Finilli que já foi, também, companheira de viagem por ocasião da excursão para Dubai, Índia e Nepal. Boa viagem para nós todos é o que mais desejamos nestes tempos sombrios!

       Nosso voo durou 10 horas. Foi tudo tranquilo e pela TV acompanhei, a cada momento, o prévio traçado da linha acima da qual o avião avançou instante após instante. É lindo e alentador perceber que, pouco a pouco, estávamos vencendo esta longa distância entre São Paulo no Brasil e Toronto no Canadá. Num dado momento, o movimento das comissárias e comissários anunciou a hora do jantar. Frango com arroz e molho, tudo muito bem temperado. Água, vinho tinto, pão e manteiga. Como salada: tomate italiano cortado em postas grandes e sem sementes com temperinho verde. Sobremesa: bolo com chantilly, coberto com raspas de casca de limão. Gostei muito da forma de oferecer o tomate como salada: em grandes postas, sem semente e coberto de ervas finas. Vou repetir a receita nas minhas futuras refeições no Brasil. Pela TV a bordo continuei a acompanhar o mapa de nossa viagem: estávamos saindo do Brasil e adentrando o mar do Caribe. Logo vem Cuba e as ilhas desse verde-mar que conheço bem e recordo sempre, como algo inesquecível! Impressionaram-me os dados da viagem que apareciam no visor da TV: estávamos viajando a 10.688 km de altura. Às vezes 11.000 em direção à cidade de Toronto. O fuso horário, em relação ao Brasil tem a diferença de uma hora a menos. A temperatura fora do avião era de -48 ou -50 graus centígrados. Consegui cochilar um pouco durante a noite. As poltronas não eram adequadas para o descanso nesta conhecida classe econômica, aqui também, sem espaço e nada confortável. Tendo entrado em solo americano, foi-nos servido o café da manhã: pão, manteiga, omelete, café, leite, sobremesa. Estávamos quase chegando ao Canadá. O horizonte multicor me emocionou: o dia está amanhecendo.

Dia 3 de agosto – quarta-feira

       Ao romper desta quarta feira, chegamos ao aeroporto em Toronto. No horizonte um lindo espetáculo de cores: verde, azul e alaranjado nos deram as boas vindas.

       Às 5h30, e após passar por todos os trâmites burocráticos, fomos pegar nossa mala, e nos dirigimos ao ônibus que, antes de adentrar ao nosso Hotel Hilton, nos levaria a um lugar maravilhoso, que é o célebre Nyagara Falls. O nome “Niágara” vem de uma palavra iroquesa que significa “trovoada de águas”.

       O ônibus, com 56 assentos é dirigido por Robert, e o nosso guia Vidal iniciou sua fala dando-nos explicações sobre o novo ambiente canadense que nossos olhos ávidos e curiosos contemplam. Falou-nos que o Canadá é muito rico em água doce e tem muitíssimos lagos. Até este momento eu não fazia ideia do volume de água que possui o segundo maior país do mundo em extensão. Também, Vidal, nos informa que, este país, fez a hidrelétrica binacional, sem precisar destruir as Sete Quedas do Niágara.

       Nossa excursão rumou, no início, ao centro de Toronto, pois o aeroporto fica a 30 km da cidade. Toronto é uma das dez províncias do Canadá, situada a leste deste país continental.

       Pesquisei alguns dados sobre esta importante cidade de Toronto que é a maior do Canadá e a quarta maior cidade da América do Norte, sendo a capital da província de Ontário. Situa-se na margem norte do lago Ontário. A cidade de Toronto propriamente dita possui, aproximadamente, 2,8 milhões de habitantes, aproximadamente 45% da população da Região Metropolitana de Toronto. Toronto é considerada uma das cidades mais multiculturais do mundo, sendo uma metrópole que atrai dezenas de milhares de imigrantes anualmente. Seus habitantes são chamados de torontonianos. É o centro financeiro e o maior polo industrial do Canadá, bem como um dos principais centros culturais e científicos.

       É considerada uma cidade global alfa, exercendo significativa influência em nível regional, nacional e internacional. É, também, considerada um dos principais centros financeiros do mundo.

       Em certo momento nosso ônibus parou numa pequena colina e nesta parada foi possível admirar, ao longe, o centro de Toronto. Saímos do ônibus e fizemos algumas fotos sobre a cidade de nosso primeiro destino. Pela primeira vez estávamos admirando, de longe, a grande, importante e multicultural Toronto.

       As figuras do mapa acima, completam se. Enquanto a primeira apresenta os cinco grandes lagos: Lago Superior, Michigan, Huron, Erie e Ontário, na segunda, temos, partindo do Lago Ontário o célebre e importantíssimo Rio São Lourenço, que desemboca no Oceano Atlântico.

       O chamado “San Laurence Sea Way”, ou seja, o rio São Lourenço tem também grandes portos, canais e eclusas. Senão vejamos:

“O rio São Lourenço (em inglês: Saint Lawrence; em francês: Saint-Laurent), é um rio que conecta os Grandes Lagos com o oceano Atlântico. Sua foz é o golfo de São Lourenço, o maior estuário do mundo. O rio possui um comprimento de 1197 km. O rio São Lourenço passa pelas províncias de Ontário e Quebec, no Canadá, e pelo estado americano de Nova Iorque, servindo como fronteira entre os dois países. À beira do rio estão várias cidades de médio e grande porte como Kingston, Montreal, Quebec e Trois-Rivières”.

       Observo que aqui, o San Lawrence River, o rio São Lourenço, tem grande importância cultural. Isto é, percebido logo que se adentra esta região, pois ele dá nome, a muitíssimos lugares e ambientes. Edifícios, supermercados, etc. Tudo atesta o grande significado deste rio importantíssimo para o desenvolvimento desta região.

       Seguindo nossa viagem de ônibus, rumo à Nyagara Falls, fizemos às 8h, uma parada para tomar café. Todos os turistas foram escolher algo para comer. Eu comprei um doce muito gostoso feito com cereais e amêndoas. Estes doces com amêndoas são gostosos, nutritivos, bonitos, diversificados e muito comuns aqui no Canadá.

       Após está parada técnica, retomamos o nosso ônibus. Eram 9h15, e meus olhos atentos observam a paisagem.

       Passamos por uma região de cultivo de frutas. Tudo muito verde e por aqui muitas plantações de videiras novas. Isso é muito lindo de se contemplar!

       Vidal, que sempre está nos explicando algo, fala da agricultura e do clima. O leste do Canadá produz, especialmente, frutas e o oeste produz, especialmente, cereais e carne.

       A capital do Canadá é Otawa que fica, também, na província de Ontário, e cujas temperaturas extremas atingem no inverno -30 graus e no verão 40 graus centígrados. Aqui, há somente 4 ou 5 meses por ano para produzir e, este tempo, é muito bem aproveitado. No inverno o ambiente se cobre de neve e a terra congela. Um dado interessante da cultura do Canadá é que, neste país, se passam canos de água quente por debaixo da terra, para poder descongelar o solo no fim do inverno, e assim, poderem plantar e colher, nestes curtos cinco ou seis meses, que restam para produzir.

       Fala-nos Vidal, novamente, do “San Lawence Sea Way”, o grande rio São Lourenço e de sua importância econômica para o Canadá. Este rio tem muitas eclusas que o tornam navegável em todo o seu curso. Além disso, como já foi dito, possui muitas ilhas, algumas muito pequenas, outras médias e também ilhas muito grandes. Mas todas muito bem cuidadas e quase todas habitadas! Um dado interessante a observar é que, como grandes lagos, fazem na fronteira entre Canadá e Estados Unidos, algumas ilhas deste rio pertencem ao Canadá e outras aos Estados Unidos, mesmo que estejam umas ao lado das outras.

       Percorrendo as rodovias, chamou-me atenção os grandes muros, de muitos metros de altura, ora de madeira e ora de cimento armado, ao longo da rodovia.

       A explicação: é para evitar que o som do trânsito atrapalhe a vida das populações que vivem ao longo da estrada. Achei muito interessante que tivessem dado esta solução ao problema do ruído rodoviário.

       Passamos pela 1ª eclusa, muito bonita. Após esta eclusa saímos da autoestrada e, à direita, passamos por uma ponte. Em seguida, passamos por uma região rural, de uma linda cidade chamada “Nyagara on the Lake”. Entre 1792 e 1796, Niagara-on-the-Lake serviu como a capital da colônia inglesa do Canadá Superior, quando seu nome era ainda Niagara. O nome atual foi adotado em torno de 1880, para diferenciar-se das Cataratas do Niágara.

       Ao longo da viagem nesta zona rural da cidade “Nyagara on the Lake”, vi pequenas propriedades agrícolas com casas muito bonitas. Aqui o trabalho é familiar. Toda a família trabalha com os modernos meios de produção a sua disposição. Os meios de produção como máquinas e outros equipamentos modernos, muitas vezes estão á vista, perto das casas ou ao lado dos ranchos. O produto destas pequenas propriedades é vendido na cooperativa. As casas são charmosas e não tem grades e nem muros. Vejo que a grama dos jardins é sempre muito bem cortada.

       Esta cidade de Nyagara on the Lake, se tornou também muito importante em termos de cultura, pois é aqui que acontece, entre outros eventos, o célebre festival de teatro.

       Vidal informou que nessa cidade, todos devem cuidar dos jardins e todos devem retirar a neve que se acumula em frente das casas. Vi grama, muito bem cortada, em todo o lugar. Muitos bancos e mesas coloridos no exterior das casas, que servem para fazer a refeição aí na rua. Continuei observando a paisagem e o nosso ônibus se movimentava muito rápido.

Entre todas as belas construções que observei, chamou-me a atenção o hotel vitoriano “Prince of Wales hotel”. O luxo no seu interior é especial e isto eu pude ver, mais tarde, consultando a Internet.

       Nesta cidade turística, há muitos restaurantes. Acontece que, como em Nyagara Falls não há muitos hotéis, é aqui, em Nyagara on the Lake, onde se hospedam os turistas. Existe, também, outra forma de se hospedar: os donos das casas alugam quartos no regime de Bed and Breakfast. Continuando o trajeto, vê-se, sempre de novo, parrerais novos, dispostos em fileiras. Ao passar pelo rio Nyagara, Vidal nos falou sobre um filme: “Lendas das cataratas” que vale a pena ver.  Passamos pela hidrelétrica binacional: Estados Unidos – Canadá e também pelo jardim Botânico da cidade Nyagara of the Lake. Aqui observo que há muitíssimos campos de Golf. Finalmente, chegamos perto de nosso destino: as Cataratas do Nyagara! O espetáculo que vi, me fascinou e, certamente, ninguém ficou alheio a tanta beleza. Mas o que são as Cataratas? As Cataratas do Niágara (em inglês: Nyagara Falls) são um agrupamento de grandes cataratas localizadas no rio Niágara, no leste da América do Norte, entre os grandes lagos Erie e Ontário, na fronteira entre o estado norte-americano de Nova Iorque e da província canadense de Ontário.

       Posso dizer que nenhuma foto é capaz de transmitir a emoção que tivemos ao nos depararmos com as cataratas Nyagara Falls. É tanta água e tanta força representada pelo seu caimento sobre as pedras e a altura de onde caem que só mesmo podendo contemplar ao vivo este espetáculo, de tanta beleza natural, temos a exata dimensão desta imagem extraordinária que nos comove e nos extasia.

       Nosso Hilton Hotel, estava localizado em frente às Cataratas!

       Ao chegar, lá entramos e deixamos as malas, sem ainda adentrar aos nossos quartos!

Saindo do hotel com alguns colegas de excursão, fomos almoçar num restaurante que fica, também, em frente às cataratas. 

O ambiente estava repleto de turistas do mundo todo. Pedi saladas verdes com camarão e juice strawberry. Foi um momento de confraternização, ao redor de uma mesa, com alguns colegas de excursão, contemplando as cataratas.

       No caminho, de volta ao hotel, observei a beleza dos abundantes jardins floridos que enfeitam as ruas e também o bom gosto nos vasos de flores suspensos, em lindos arranjos multicores. Gostei de ver, também, muitos postes com as lâmpadas, que iluminam muito bem esta cidade à noite!

       E por toda parte uma imensa quantidade de pessoas, de todo o mundo, que, neste verão, estão curtindo as incríveis paisagens e, também, tem a possibilidade de praticar os diferentes e múltiplos esportes deste grandioso e bonito Canadá!

       A todo tempo ficamos surpreendidos com algum fato novo que nos fala da organização econômica e da cultura deste povo. Aqui observei um fato muito explicativo sobre esta cultura econômica: na volta, antes de adentrar ao Hotel Hilton, passei em uma loja para comprar um adaptador para poder abastecer a bateria do meu celular. Foi aqui que aprendi, na prática, algo novo sobre um dos aspectos da organização do país: os impostos no Canadá. O adaptador custou sete dólares, mas havia as taxas e impostos que caem sobre cada preço previamente estipulado. Assim paguei mais 1,89 dólares e o preço final ficou em 8,89 dólares. Isto vai acontecendo sobre cada produto que aqui se compra: os impostos que se pagam ficam bem declarados depois da compra, na hora de pagar. Não são conhecidos antes. Se de um lado não são de pouca monta, e pesam sobre o comprador, ao mesmo tempo, se tornam transparentes para o cidadão. Sinto que isto é excelente para formação da identidade deste povo. O cidadão sabe e sente no bolso que é ele que paga os impostos.

Voltamos para o nosso Hilton Hotel. Estávamos cansadas, mas aqui no hall do Hotel, tivemos que esperar até as 16h para entrar no quarto. 

O Hotel tem três torres e centenas de quartos. Este atraso causou a mim bastante desconforto. 

       Mas viajar é isto, às vezes o inesperado e o cansaço pesam bastante sobre o viajante, numa excursão. Ao entrar no quarto, vi com alegria, duas camas de casal, o que vai ser comum em todos os outros hotéis onde a excursão se hospedou. Os impecáveis lençóis brancos e a banheira de hidromassagem foram à promessa de um bom descanso. Então tomei um banho quente nesta hidromassagem onde pude me recompor, em parte. Ainda, olhando do quarto vi novamente, à minha frente, as lindíssimas e atordoantes cataratas do Nyagara, como uma visão que jamais esquecerei. Depois, a noite, saí com Glória, minha companheira de quarto, para ver os fogos de artifício nas cataratas iluminadas. Milhares de pessoas estavam lá, e se emocionaram com tanta beleza. Com alguma dificuldade na comunicação, normal de quem não domina bem a língua, falamos em inglês, com três mulheres e um husband (marido). Também conversamos em francês, com uma mulher e duas crianças. É muito bom poder nos comunicar com pessoas que estamos vendo pela primeira vez e que se irmanam conosco nestas emoções, que um espetáculo emocionante como este nos proporcionam.    

       Após os fogos, fiz uma foto com Glória e depois, fomos, eu e Glória, ao restaurante para comer uma pizza e tomar, em homenagem ao Canadá, uma cerveja de nome Canadian. A pizza era imensa em forma de retângulo: histórias mil, com o muito que sobrou e que nós não queríamos que fosse jogado fora! Foi difícil fazer-nos entender! Rimos muito dessa situação insolúvel, que nós, com nosso inglês ainda precário, criamos para nós mesmos!

Na foto estou com Marilina, colega de excursão.

       Passamos então, rapidamente, por um lindo shopping que fica no edifício do Cassino, em frente ao Hilton Hotel. Nada compramos! Aliás, esta foi a minha vontade: comprar o mínimo e conhecer o máximo. Voltamos às 23h30 e fui dormir, nesta primeira noite no Canadá, com o coração agradecido e feliz, por estar aqui e por ter visto o maravilhoso espetáculo do Nyagara Falls. Esta lembrança, certamente, nunca sairá de minha memória, ficando nela, como uma das recordações mais belas e emocionantes! Nossas malas têm de ser despachadas cedo para Toronto. Nesta noite dormi bem. Havia me recomposto com o banho quente na banheira de hidromassagem.     

Dia 4 de agosto – quinta-feira

       O dia despontou lindo com o sol brilhando sobre as águas brancas e reluzentes das quedas do Nyagara. O clima estava quente. Levantei às 7h. Vesti-me com regata branca e saia comprida azul e branca. A mala foi despachada às 7h30. Saindo pelo majestoso Hall do hotel e o café foi servido no lindo restaurante italiano “Franzo”. Café maravilhoso!

       Saímos às 9h para fazer um dos passeios imperdíveis, com o Cruzeiro Hornblower, pelo Nyagara Falls.

       O processo de lidar com tanta gente oportuniza observar que estes passeios se desenrolam com muita calma, devido a uma organização muito boa. Espera-se num certo lugar e, em ordem, vai-se para o outro. É muita gente! Todos esperam muito tranquilos. Há pessoas de todo o mundo e como nós, também, estão ansiosas pelo passeio. Recebemos o ticket da entrada e junto com ele uma capa vermelha para nos protegermos dos pingos d´água das quedas. O sol estava queimando! Deveríamos ter trazido também um chapéu, pensei.

       Ao entrar no barco entregamos o ticket que Vidal nos tinha fornecido. No barco cabiam 700 pessoas, e todas estavam muito alegres pela experiência de ficar, quase uma hora, navegando nas quedas do Nyagara. Colocamos a capa e o barco iniciou seu trajeto. Pouco a pouco foi chegando muito perto das quedas d´água, quase sumindo nas quedas. Todos conversavam e se extasiavam com exclamações de espanto, as mais diversas.

       É muito lindo o espetáculo das quedas! Muito mais, quando nós mesmos estamos imersos no interior desta grandiosidade e abundância de água que cai, copiosa e vertiginosa ante nossos olhos admirados e com nossa capa vermelha a nos proteger dos respingos de água. Este passeio só pode ser feito no verão. No inverno as cataratas congelam. Valeu demais!

Após, fizemos outro programa que foi o almoço na torre Skylon.

A Skylon Tower foi construída em 1964 e inaugurada em seis de outubro de 1965. Foi maravilhoso ver toda a paisagem a partir da torre. No restaurante giratório, grandes vidros deixam visualizar a bela natureza do lugar.

       O almoço estava especial! O salmão, um peixe comum nas águas frias do Canadá, veio muito bem temperado e foi deliciosamente apreciado por mim e por todos os colegas. Não é seco como o salmão que comemos no Brasil. Tem algo diferente! É muito especial. Após o almoço fomos, nesta mesma torre, assistir a um filme e conhecer a história do Nyagara. No filme, vimos que aqui havia um costume das pessoas desafiarem as cataratas e se jogarem pela cachoeira de diferentes formas. Até dentro de grandes barris de madeira! Desafiavam a morte, que, muitas vezes, realmente ocorria. Este esporte radical foi finalmente proibido pelo governo. No museu que fomos conhecer após o filme, pudemos apreciar muitas ilustrações e ler textos sobre estes fatos históricos acontecidos no Nyagara Falls. Conhecemos também o Parque Rainha Vitória e o Rock Park. Uma paisagem me surpreendeu: foi a visão do rio, pujante e tempestuoso, antes das quedas. Impressionante demais! Após ver estas lindas paisagens, fizemos fotos em frente ao Hilton Hotel, e em frente às quedas. Tomamos o ônibus e iniciamos o caminho para Toronto.

       No trajeto entramos, inicialmente, na charmosa cidade da província de Ontário, a belíssima “Nyagara on the Lake”.

       Esta cidade é famosa pelo festival de Teatro. Da internet aprendi que, entre as coisas interessantes que aqui acontecem, temos:

1 – Shaw Festival é uma série de produções teatrais inspiradas no trabalho de Bernard Shaw e retratam o período que ele viveu 1856-1950. O festival acontece na cidade, de abril a novembro, em três teatros. É considerado um dos melhores festivais de teatro do Canadá, com reviews que se igualam ou superam shows da Broadway.

       Sobre Shaw algumas informações que retratam seu interesse pelo desenvolvimento humano e social: George Bernard Shaw, dramaturgo e escritor, filho de família protestante, nasceu em Dublin, na Irlanda 1856 e faleceu em 1950. Escreveu romances e peças de teatro. Em 1912, Shaw escreveu “Pigmaleão”, que se transformaria no musical “My Fair Lady” Recebeu o Nobel de literatura em 1925. Tem muitíssimas frases célebres como: “A vida é uma pedra de amolar: desgasta-nos ou afia-nos, conforme o metal de que somos feitos”. “Nós não paramos de brincar porque ficamos velhos, nós ficamos velhos porque paramos de brincar” e “A escravatura humana atingiu o seu ponto culminante na nossa época sob a forma do trabalho livremente assalariado”.

2 – É de admirar também aqui na cidade de Nyagara on the Lake, o “Prince of Wales Hotel” que é um dos hotéis vitorianos mais chiques da cidade. Até a rainha Elizabeth II já se hospedou lá. A fachada dele é linda! A visão deste hotel me impressionou à primeira vista. Mesmo não visitando este Hotel, há a possibilidade de conhecer também o majestoso interior deste hotel, através da internet.

3 – Outro local interessante é a Niagara Apothecary Museum – A autêntica farmácia do século 19 fechou suas portas em 1964 e hoje só funciona como museu. É bem interessante ver como tudo funcionava e os tipos de remédios disponíveis na época.

4 – Importante conhecer também a Rota dos vinhos de Nyagara – a pequena cidade é cercada por vinícolas que abrem suas portas para degustação dos deliciosos vinhos da região, incluindo o famoso Icewine.

       Mesmo havendo outros locais dignos de serem conhecidos nesta região da Nyagara-on-the-Lake, seguindo o nosso caminho, entramos propriamente no espaço da cidade de Niagara-on-the-Lake. Os ônibus grandes são proibidos de entrar nesta cidade. Tomamos uma condução menor, gratuita, que nos levou a esta, muito graciosa cidade, que tem a sua direita o rio Nayagara. Grandes quantidades de turistas circulam pelo centro da cidade. Como muitos colegas, entramos em algumas lojas magníficas, especializadas em enfeites de Natal. Realmente muito luxo e criatividade! Para reconhecer a cidade, com Catarina, colega de excursão, saímos andando pelas ruas centrais e juntas, observamos a arquitetura e os lindos jardins das casas. Nas ruas vimos muitos canteiros formados com folhagens de diferentes cores. O efeito desses canteiros foi surpreendente, para mim. Vi, também, as sorveterias com muitas pessoas saboreando os célebres sorvetes italianos. Entramos e eu pedi um sorvete de pêssego e strawberry. Ótimo! O preço do copo médio 3,99 dólares e mais impostos.

Muito bom caminhar, despreocupadamente, por esta graciosa cidade e, também, ser surpreendida com a visão de monumentos históricos, como o que foi construído em homenagem aos mortos da 1ª e 2ª guerra e também aos mortos na guerra da Coreia.
Chamou-me atenção os WC da cidade. Espetacular pela limpeza e estilo!

       Após passear pela cidade, que segundo o censo de 2001 possui 13.839 habitantes, retomamos a condução a nós oferecida e voltamos ao nosso ônibus.

       Às 17h, fomos para Toronto. Nosso guia nos informou sobre uma política muito importante nos dias de hoje: a do incentivo à imigração. Ao longo do caminho muitas árvores de frutas. É bonito ver, a perder de vista, a imensidão de árvores frutíferas como uva, pêssego e maçãs. Muitas estufas. Muitas árvores de Maple.  Durante o trajeto, passamos por eclusas. Nosso ônibus ia devagar, pois havia um grande engarrafamento devido a um desastre: dois caminhões se chocaram e pegaram fogo. Vidal nos falou das cidades subterrâneas em Toronto e Montreal. Essas cidades foram construídas por causa do inverno rigoroso. Às vezes, foram construídos cinco pisos no subterrâneo. Realmente fiquei curiosa para conferir!  O trânsito estava engarrafado.

       Vidal, que sempre estava a nos explicar alguma coisa que interessava, falou , neste trecho da viagem, sobre a história do Salmão, que é parecida com a história das tartarugas, no Brasil, em Fernando de Noronha. Interessantíssimo!

“Com origem no Atlântico Norte, englobando a Escócia, Dinamarca e Noruega, o salmão nasce em rios e lagos de água doce, e só na maturidade, cerca de 2 a 5 anos, seguem em direção ao mar. Anualmente os salmões retornam para os rios onde nasceram para desovar. Esse “evento” se caracteriza como um dos mais fantásticos da natureza pela tamanha dificuldade e desafios que os peixes enfrentam. Por causa da dificuldade são poucos salmões que consegue retornar aos rios para procriar”. […] “São mais de 30 mil quilômetros de viagem, nadando com muito esforço contra as correntes para fazer uma simples desova, e dependendo da espécie, morrer em seguida. Após a desova, os salmões do Oceano Pacífico morrem enquanto os do oceano atlântico conseguem se reproduzir mais de uma vez. O fato dos salmões retornarem ao local onde nasceram é tão incrível que os cientistas ainda não descobriram como os peixes se orientam para nadar milhares de quilômetros.”

       Conversando durante a viagem com os colegas no ônibus, rapidamente o tempo passou e finalmente chegamos a Toronto.

Entrando na cidade, muitos prédios e construções chamaram nossa atenção. Entre eles, vimos um prédio de especial aspecto: é o Royal Bank, um prédio de vidro coberto com lâminas de ouro. Vidal explica que cada arquiteto procura superar-se com algo especial. Esse foi o caso do Royal Bank.

Por fim, chegamos ao nosso Hotel Westin Harbour Castle. Estava cansada!

Tomei banho. Tentei whatsapp, mas com muita dificuldade de comunicação fui descansar e dormir.

Dia 5 de agosto – sexta-feira

       Após um ótimo café, começamos um tour com um guia brasileiro, Fernando, para conhecer a cidade de Toronto. Este guia, realmente, fez a diferença, pois explicou o máximo que pode, no pouco tempo em que esteve conosco. Fernando começou exaltando esta grande cidade dizendo: Toronto é a maior cidade do Canadá, como São Paulo é a maior do Brasil e Nova York nos Estados Unidos. É a Capital Financeira e Administrativa da Província de Ontário. E continuou nos informando a respeito do que estávamos vendo e também, nos deu outras informações importantes, sobre esta grande e multicultural cidade canadense.

       Aqui também, forças francesas e inglesas se digladiaram pela posse da terra. Continuando de ônibus pelo centro da cidade, à direita, o guia nos mostrou o lago Ontário (local onde a água brilha). Vimos a Rua Yank e Fernando nos falou da importância deste nome (era o nome de um multimilionário do ramo de empresas de jornal). Fernando continuou apontando locais importantes: à direita do nosso ônibus, vimos os prédios dos jogos Pan-americanos de 2015, em frente o porto, onde havia um navio descarregando açúcar da Jamaica, Barbados e Cuba.

A nossa esquerda estava o “Saint Lawrence Market”, fundado em 1693. Este é o mercado mais completo da cidade.
A esquerda um edifício com cúpula verde. Este foi o edifício da primeira Prefeitura da cidade de York em homenagem ao Duque de York.

       Quanto aos transportes, o bonde funciona vinte e quatro horas por dia, em três avenidas, a $3,25 dólares por bilhete.

       Aqui, havia muitas avenidas arborizadas. E passamos, também, pela sede do exército da salvação Neyburgs. Como em outros lugares no mundo, aqui também eles atendem pessoas necessitadas.

       Fernando nos informou sobre os sem teto: disse ele que 1.000 pessoas estavam na rua por opção e que, nos abrigos, os mendigos recebem dinheiro do governo para pagar a hospedagem.

       Vi também uma igreja Batista. O guia informou: que aqui se concentravam as igrejas, sendo que, 68% eram católicas. Em Quebec, 80% dos habitantes eram católicos.

       O guia nos mostrou as casas em estilo Vitoriano (fotos abaixo). E falando em estilo Vitoriano, achei importante lembrar o que significou a era Vitoriana, o período de junho de 1837 a janeiro de 1901, período este em que, no Reino Unido, governou a rainha Vitória.

       A Era Vitoriana, por diversas razões foi um período de grande desenvolvimento da Inglaterra!

“Características da Era Vitoriana – Restauração do prestígio da Coroa Inglesa; Forte desenvolvimento industrial (período da Segunda Revolução Industrial); Período em que a Inglaterra fortaleceu seu sistema colonialista (neocolonialismo), conquistando e explorando novas colônias na África, Ásia e Oceania; Política social baseada na implantação de rígidos valores morais; – Repressão aos críticos das ideias vitorianas e àqueles que não seguiam os valores morais propostos pelo regime. Houve perseguição a escritores, homossexuais, políticos opositores e artistas; -Grande investimento em infraestrutura (ferrovias, portos e instalação de telégrafos);- No campo das relações internacionais, o período ficou conhecido como Pax Britannica (Paz Britânica), pois houve amplo desenvolvimento com poucos conflitos armados; – Fortalecimento do capitalismo liberal (liberalismo econômico); – Período marcado por significativo crescimento demográfico da Inglaterra, sendo que população do país quase duplicou;- Amplo crescimento e desenvolvimento da burguesia industrial e comercial;- Supremacia (domínio) política e econômica britânica no cenário mundial. Era Vitoriana na cultura: Apesar da censura e perseguição aos artistas que se opunham ao regime vitoriano, o período foi marcado por grande desenvolvimento artístico e cultural em várias esferas das artes (arquitetura, literatura, teatro e etc.). As artes buscavam satisfazer os anseios culturais de uma classe média ávida por cultura. Na arquitetura podemos destacar o movimento neogótico que buscou reavivar o estilo gótico medieval. Na literatura podemos destacar os romances, sendo que os escritores mais importantes do período foram Charles Dickens, George Eliot e Thomaz Hardy. No teatro, destacam-se as obras do dramaturgo Oscar Wilde”.

       Nosso guia Fernando continua a nos falar sobre nomes importantes em Toronto: Rogers é como a Rede Globo do Brasil. Era a quarta família mais rica do Canadá. A outra família mais rica, além da Rogers, é a CN.

       Em geral, o guia falava muito rápido, dando a impressão que deseja aproveitar ao máximo o tempo que estava com os excursionistas do Brasil. Da minha parte não desejava perder nenhuma informação. Sempre adorei aprender e fazer de uma rápida informação, motivo de uma pesquisa posterior na internet. E aqui, sinto que há muito que ver e aprender.

       Toronto é multicultural: tem a sua Little Italy, sua Chinatown, sua Koreatown, sua Little Portugal e sua Greektown! Diferentes bairros, como o Ucraniano, Italiano e Chinês.

Indo para o leste – para o bairro Grego onde há o Festival Litle Grec, passamos por uma ponte e paramos para fotos, de onde se vê Toronto ao longe.

       Fernando informou que, em 1962, o último enforcamento aconteceu neste lugar. E mais, falando sobre a conservação da identidade de Toronto, Fernando contou que, há 20 anos, cento e quarenta prédios foram tombados, para que a cidade não perdesse sua identidade.

“O tombamento é o ato de reconhecimento do valor histórico de um bem, transformando-o em patrimônio oficial público e instituindo um regime jurídico especial de propriedade, levando em conta sua função social. A etimologia da palavra tombamento advém da Torre do Tombo, arquivo público português onde são guardados e conservados documentos importantes”.

       Passamos pelo bairro “Cabbagetown” (fotos abaixo).

       Antigamente aqui era uma plantação de repolhos. Da antiga favela só restam casas em estilo Vitoriano, construídas pelos imigrantes irlandeses.

       Passamos por um bairro da classe operaria. As casas foram muito baratas no início, mas hoje alcançam um preço muito alto. Presto atenção sobre as placas que estou vendo na rua e que me dão a orientação espacial: Exemplo de nome de Rua: Queen St E = nome de rua e o E quer dizer leste. Passamos pela Vila Olímpica, hoje transformada em residências para pessoas de baixa renda. Fernando, o nosso guia, ainda informou que há uma diferença entre os imigrantes e os trabalhadores canadenses. Os imigrantes prosperam, pois trabalham muito e tem objetivos claros. Quem vive nos housen (minha casa, minha vida) são os canadenses, nos informou ele.

       Quanto à questão das drogas, aqui existe um programa chamado “droga assistida” (CANH), onde usuários recebem um acompanhamento.

       Sobre o número das ruas: As ruas começam com o número 1, a partir do lago Ontário.

       Seguindo a viagem, às 10 horas, nosso ônibus parou na Praça Nathan Phillips Square onde está a nova prefeitura de Toronto construída ao lado da antiga prefeitura.

“O prédio da Prefeitura de Toronto é outra grande construção da cidade. Inaugurado em 1965, o prédio conta com uma arquitetura moderna, composta por duas torres curvas – uma com 100 metros e outra com 80 metros de altura. A Prefeitura de Toronto fica em frente da Praça Nathan Philips Square, ponto de encontro de jovens e locais de diversos festivais de música e eventos culturais. No Inverno, a área vira um imenso rinque de patinação. Embaixo da praça há ainda um estacionamento para 2,4 mil carros – uma das maiores garagens subterrâneas do mundo”.

       Aqui nosso ônibus fez uma parada e nós visitamos a praça.

       Os colegas de excursão fizeram muitas fotos e eu fiz uma foto, sentada, dentro do “O” da palavra Toronto.

       A Rua Young é uma avenida orgulho de Toronto. Aqui estão os seis melhores hospitais do Canadá nos informou o guia.

1) Toronto Reabily (todo tipo de reabilitação para o público).

2) Monte Sinai (Gastro).

3) Príncipe M (Câncer, é particular).

4) Child (Crianças).

5) Hospital Universitário (cardíaco).

6) Hospital da Mulher.

Passamos pela Universidade de Toronto, imensa e pública. “A Universidade de Toronto (em inglês: University of Toronto, comumente abreviado como U of T.).

           Hoje, domingo dia 5 de fevereiro, escrevendo este relatório, leio no jornal, com muito prazer esta notícia:

“Jornalistas da América Latina e do Caribe têm até o dia 20 de fevereiro para se candidatar a bolsas de graduação e pós-graduação do CJFE (Canadian Journalists for Free Expression) na Universidade de Toronto, no Canadá. O programa terá duração de dois semestres, de setembro de 2017 a abril de 2018”.

       Há 192 anos, em 1827, a universidade foi fundada por carta real, com o nome de King’s College, a primeira instituição de ensino superior no Canadá. Controlada originalmente pela Igreja da Inglaterra, a universidade adquiriu seu nome atual em 1850, quando se tornou uma instituição secular. Como uma universidade descentralizada, a Universidade de Toronto consiste de doze faculdades que possuem características e histórias diferentes, cada uma possuindo autonomia substancial. A universidade opera 16 faculdades acadêmicas, dez hospitais de aprendizado e vários institutos de pesquisa. A insulina e células-tronco foram descobertas na universidade, bem como o primeiro microscópio eletrônico prático, o desenvolvimento de tecnologia multi-touch, e a identificação de Cygnus X-1 como um buraco negro.

       A Universidade de Toronto foi considerada pela revista canadense Maclean’s como sendo a melhor universidade médica-doutoral no país entre 1994 e 2005, e foi considerada a 24a melhor universidade pela Academic Ranking of World Universities, 18a pelo ranking global da Newsweek, e 41a pelo ranking da Times Higher Education”. O Critério de ingresso para a Universidade é o merecimento. Quanto aos salários: salário de um professor de 2º grau, 45.000 dólares. Salario de um professor universitário, 75.000 dólares. Um policial que fala dois idiomas ganha, 25.000 dólares, pedreiros ganham 28 dólares por hora. Um sargento ganha 250.000 dólares.

       Existem museus importantes aqui em Toronto. Por exemplo:

a) Bata Shoe Museum. Este, como o nome diz, é especializado em sapatos. O museu explora o mundo através de uma impressionante coleção de mais de 12.000 calçados e artefatos relacionados a esta peça do vestuário. São 4.500 anos de história “sob os pés”.

b) Royal Ontario Museum. O Royal Ontario Museum, assim como o AGO, é conhecido entre os moradores como “ROM” e, igualmente, sofreu uma grande renovação por mais um arquiteto de renome internacional, Daniel Libeskind.

       O projeto, intitulado “Pedra de Cristal” não transformou somente o museu, mas também a paisagem do entorno. E outro museu Gardiner Museum, localizado em frente ao ROM, o Museu Gardiner é o único museu no Canadá inteiramente dedicado à cerâmica. É um dos maiores do mundo nesta área, com mais de 2.900 obras da Europa, Ásia e nas Américas. Sua missão é inspirar e unir as pessoas, a arte e as ideias através de argila, uma das formas de arte mais antigas do mundo.

       Saímos do Centro fomos para o bairro Forest III, grandes casas, muito verde, e muitas crianças estudando. Aqui o imposto predial é muito alto. Todo cidadão tem cartão de saúde e médico de família.

        Às 11h16, saímos do bairro Forest III e fomos para o bairro Chinês. Neste bairro, grande parte das babás são asiáticas. Elas podem trabalhar com idade acima de 14 anos, cuidando de crianças. A educação financeira é ensinada na escola.

Passamos pelo castelo Casa LOMA. Esta também conta algo sobre a realidade do Canadá.

“Casa Loma (termo espanhol que significa ‘Casa na Colina’, House on the Hill em inglês) é um museu e marca, na cidade alta de Toronto, um castelo neorromântico. Originalmente, foi a antiga residência do financista Sir Henry Mill Pellatt e, atualmente, é uma atração turística da cidade de Toronto, província de Ontário, Canadá. O palacete foi construído ao longo de um período de três anos, entre 1911 e 1914. Em 1923, Henry estava em desespero, o Banco da Casa que garantia a maioria dos seus empréstimos quebrou. O financeiro devia ao banco cerca de 1,7 milhão de dólares canadianos, um valor estimado de 20 milhões de dólares canadianos atuais. Todos os seus bens foram confiscados, incluindo o castelo e todos os seus objetos, causando a ruína de Pellatt”.

        Na entrada da cidade subterrânea, conhecemos suas lojas. Fernando explicou! Aqui em Toronto a cidade foi construída embaixo do centro financeiro. E em Montreal a construção se deu embaixo das lojas.

       Resta-nos visitar um local, especial, em qualquer cidade: o Mercado público. Aqui o mercado se chama “Saint Lawrence Market”. Posso afirmar conhecer este mercado foi um momento alto da visita a Toronto. Organização, limpeza, variedades, bom atendimento, simpatia, criatividade. Além disso a a maioria dos crustáceos e peixes estão lá na água, vivos. Esta visita é imperdível.

       Neste Mercado Público Saint Lawrence Market, apreciei a organização dos boxes e a diversidade de produtos. Comprei cerejas por 4 dólares, damascos por 7 dólares e outros alimentos como frutas e verduras desidratados. Vimos os peixes e crustáceos, vivos, muito diferentes do que tudo o que a gente conhece aqui no Brasil.

       Às 13h30, subimos a CN Tower a mais alta torre da cidade. Lá almoçamos no restaurante giratório desta torre, num clima descontraído e com linda paisagem da cidade. Podíamos escolher o cardápio que veio explicitado em folha de papel mais forte. Escolhi salada verde, salmão, purê, feijão em metro. Como sobremesa foi uma fatia de queijo com doce de amora.

Após descemos alguns andares para ver o chão de vidro (floor of glass). Muito interessante.

       Às 16h45 estávamos no ônibus e uma turma de colegas da excursão foi para o shopping. Eu e mais alguns colegas optamos ir ao hotel para descansar. Nesta noite, houve também, a abertura das olimpíadas no Rio de Janeiro. Ao assistir a abertura das Olimpíadas do Brasil (2016) chorei de emoção. Lindo demais o show que foi montado pelo Brasil.

Dia 6 de agosto – sábado

       Às 8h, passamos primeiramente pela zona industrial de Toronto. Hoje faremos a viagem até Otawa, a capital do Canadá. Durante esta viagem, vamos fazer uma pausa para faze o passeio das “Mil Ilhas” no rio São Lourenço. Durante a viagem, Vidal nos deu algumas explicações sobre o modo de agir num restaurante aqui no Canadá: Deve-se aguardar na entrada até ser chamado e conduzido ao respectivo lugar. E mais: nos quartos de hotel não se usa frigobar, mas há café, chá e água gratuitos, em cada apartamento. Nessa nossa viagem, o trânsito fluía tranquilamente. Num certo momento, ultrapassamos um caminhão imenso, guiado por uma mulher. Encontrar uma mulher dirigindo um grande caminhão sempre chama a atenção. De ambos os lados, árvores de Mapel e outras árvores verdes. De vez em quando uma fábrica. Observo inúmeras torres de transmissão de energia. Ao longe, um lago imenso, que parece um mar tranquilo. Estávamos na parte leste do Canadá, percorrendo a autoestrada Number One que começa em Vancouver e atravessa o Canadá do oeste para o leste. Meu olhar estava atento ao que via: molhos de feno, cobertos de oleado. Estes estão reservados para o inverno. De ambos os lados da Number One vi pequenas cidades. Passamos por plantações muito verdes. Às 9h, observando a natureza, vi muitas estradas que cruzam por cima da Number One. Às 9h22, fizemos uma parada técnica como é comum acontecer durante a excursão. Nesta parada que costuma suceder a cada duas horas, entramos no restaurante “The Big Aplle”.       

Era uma loja especializada em tortas de maça e muito bem organizada. Lá saboreei torta de maçã e comprei maças secas e docinhos. Aqui todos os colegas de excursão e turistas de modo geral, compraram produtos dessa região do leste do Canadá que tem muitas fazendas produtoras de maças em grande quantidade e variedade.

       Às 10h estávamos partindo com nossas compras. Já deixamos o Lago Ontário. Depois, à direita, começou o importante Rio São Lourenço. É neste célebre rio, que de meio dia até 13h, faremos o passeio de barco das “Mil Ilhas”. Vidal, nos lembra de que a maior cidade da província de Quebec é Montreal e a capital da província é a cidade de Quebec. É em Quebec que estão a maioria das florestas de Maple. O interessante é saber que nem todas as árvores de Mapple se prestam à extração da seiva. Há somente três tipos dos quais se pode tirar a seiva. Como um dado cultural do Canadá, aqui se usa o Maple no café da manhã, na panqueca, na carne de porco, no tender. Vi no hotel, durante o café da manhã, o Mapel, num bule pequeno. Experimentei! Não era tão consistente quanto o nosso mel, mas muito doce. Vidal lembrou-nos, mais uma vez, que das 10 províncias do Canadá, nesta excursão, visitaremos quatro: Brittish Columbia e Alberta no oeste e, Ontário e Quebec no leste. A criação de gado fica na Província de Alberta, e, no mês de julho, acontece lá o maior rodeio do mundo. Aos pés das Montanhas Rochosas, na capital da província se come carne muito boa e macia! E recebendo a todo o momento algumas informações sobre a realidade no Canadá, chegamos para o nosso passeio pelas mil ilhas. O passeio parte do porto perto da cidade de Cananope.

       O barco que nos levou a este passeio tinha três andares! Em companhia de turistas de diversas partes do mundo, num clima de muita alegria e emoção, o passeio foi impressionante, pela quantidade de ilhas que foi possível ver, e que se sucediam ante nossos olhos atentos. Algumas eram muito pequenas, mas ocupadas com lindas casas ou com casas simples e outras com casas luxuosíssimas! Algumas ilhas eram canadenses e outras estadunidenses, mesmo que se localizando lado a lado.

       Este passeio é realmente imperdível. Valeu demais! Na volta, no barco, falei em italiano, minha língua materna, durante bom tempo, com os Italianos de Roma: Cláudio, Mila, Alessandra e Valério. Na saída do navio tirei fotos de um casal de Moçambique com 2 filhos, que estavam precisando tirar foto juntos. Ele me agradeceu o ter me oferecido para fazer uma foto de toda a família.

       Às 14h almoçamos num restaurante, com o sistema de buffet. O bolo de sobremesa era especial: banana, cenoura e amêndoas.

       Às 15h saímos em direção a capital Otawa, onde nos esperava outro guia.

       Ao chegar à Otawa, nos deparamos com a paisagem de uma cidade com muito verde, banhada pelo rio do mesmo nome. Lindas e históricas construções embelezam a cidade capital, Otawa.

Aqui estávamos no limite entre a cidade de Otawa da província de Ontário e a cidade Gatineau da província de Quebec.

       Um dado interessante a ser explicado em Otawa, refere-se a história das tulipas. Este novo conhecimento me agradou muito e tem a ver com os laços da Holanda e especialmente da rainha Juliana com o Canadá.

“Quando a rainha Juliana dos Países Baixos esteve em Ottawa, esperava o nascimento de sua terceira filha. Para que a futura monarca, a princesa Margriet, não perdesse sua cidadania europeia (e, consequentemente, seu título real), o governo canadense transformou, temporariamente, o Ottawa Civic Hospital em território estrangeiro. Como forma de agradecimento, a Família Real da Holanda enviou a esse país da América do Norte cem mil bulbos de tulipa” e mais 20.500 no ano seguinte, com a recomendação de que parte deles deveriam ser plantados no terreno do Ottawa Civic Hospital, onde havia dado luz à Margriet. Nesta mesma época, ela prometeu fazer uma doação anual de tulipas à Ottawa pelo resto de sua vida. Anualmente a cidade organiza um Festival de Tulipas em reconhecimento a esta dádiva”.

“Os laços da Holanda com o Canadá viram-se ainda mais reforçados quando milhares de soldados canadenses lutaram e morreram pela libertação dos Países Baixos, durante a Segunda Guerra Mundial, entre 1944 e 1945”.

Aqui ao lado, uma vista do jardim de tulipas do Major’s Hill Park, em Ottawa e à direita o Ottawa Civic Hospital.

E, desde 1945, o presente das tulipas continua chegando todos os anos.

“Em maio, a cidade de Otawa abriga também o ‘Tulipa Festival’, evento que marca o início da estação de flores no Canadá e chega a receber mais de 500 mil visitantes por edição. Pelo cenário que se abre diante dos olhos, durante a primavera do lado de lá do planeta, dá para ver que desde os tempos da rainha Juliana, que o Canadá tem feito de tudo para receber bem os forasteiros que chegam àquelas terras frias”.

       E continuando as informações sobre flores, Vidal nos lembra sobre o comércio de flores na Holanda: todos os dias, às 5h, ocorrem um leilão de flores em Amsterdam.

       Seguindo a viagem, observamos muitas plantações de milho. Passamos e cruzamos o rio Otawa. Boas estradas, muito milho, muitos pinheiros e muita agricultura.

Vidal falou-nos do Museu Canadense de História, que até 2012 era chamado de Museu canadense das civilizações. Fica em Gatineau e foi construído a partir de um projeto de um índio formado em arquitetura. No interior está o Museu canadense das crianças e o Museu dos correios.

Gostamos muito de visitar este edifício que abriga muitos museus. Este museu, seguindo uma filosofia dos indígenas, não tem quinas.

No lado exterior há, também, um espaço que faz pare do edifício, onde estão representados, em diferentes níveis, os cinco grandes lagos do Canadá.

Abaixo uma explicação sobre o Museu que conta a história humana do Canadá em seus 20.000 anos de história.

“El Museo Canadiense de la Historia es el museo nacional de historia humana de Canadá. Es también el más popular y más visitado de todos los museos de Canadá.1 Se encuentra en Gatineau (Quebec), en la orilla norte del río Ottawa, justo enfrente de los edificios de la Colina del Parlamento, que se erigió en Ottawa (Ontario). Su principal objetivo es recoger, estudiar, conservar y presentar los objetos materiales que reflejan la historia humana de Canadá y la diversidad cultural de su población.Particularidades El Museo de la Civilización es reconocido entre sus visitantes por sus salas de exposición permanente, que abarcan 20.000 años de historia humana del Canadá, así como por la arquitectura del edificio y la ubicación notable a orillas del río Ottawa. El museo presenta un programa de exposiciones especiales en constante cambio, que desarrollan temas canadienses o abarcan otras culturas y civilizaciones, pasadas y presentes. Sin embargo, el Museo Canadiense de la Civilización es también un gran centro de investigación”.

“O Museu Canadense da Civilização homenageia os povos nativos americanos e suas crenças. Construído em quatro níveis, quando você olha para o museu fora do seu ‘front’ é como um rosto, é uma das mais belas obras-primas arquitetônicas do século XX. Como o próprio nome sugere, o museu retrata a história de todas as civilizações que estabeleceram pé no Canadá. Assim, os americanos nativos, os colonizadores franceses e Ingleses e todos os rostos desses homens e mulheres que ficaram famosos por suas ações e que têm contribuído para a construção de Canadá como é hoje. Viagem através do tempo, até mesmo o mais antigo, com cerca de 43 grandes totens autênticos nativos americanos, tudo o que há para mergulhar na história do Canadá. Ele leva você a metade de um dia para visitar”

       Outra informação: o arquiteto usou fosseis de milhões de anos, com pedra calcária formada antes da separação dos continentes. Muito bonito ver tudo isto. A visita a este museu valeu a pena.

Retomamos a viagem. Da janela de nosso ônibus, chamou-me muito atenção uma grande escultura, na praça, em frente à igreja. Na pesquisa que fiz, depois na Internet encontrei a informação: Trata-se da escultura de bronze, denominada “Maman”, em forma de aranha gigante da artista Louise Bourgeois.” 

“Esta artista (Paris, 25 de dezembro de 1911 – Nova Iorque, 31 de maio de 2010) tem uma versão da escultura “Maman”, aqui no Brasil, em exposição no MAM-SP, na marquise do Parque Ibirapuera. A obra está exposta na Marquise desde 1997 e foi um grande sucesso durante a 23ª Bienal de Arte em São Paulo”.

       Passamos pela Eglise Sacré-coeur de arquitetura moderna do lado direito e o corpo de bombeiros do lado esquerdo e depois, também pela área residencial. Nesse lugar estavam as embaixadas do Canadá, representando todo o multiculturalismo do país. Passamos pela embaixada de Angola! Também passamos pelo canal Rideau, totalmente navegável. Vamos nos hospedar no Hotel Marriot.

       Às 16h15 faremos um tour em Otawa com o orientador Carlos que inicia nos lembrando de que Otawa foi fundada pela Rainha Vitória em 1867. No museu vimos a limousine de Hitler, 20.000.000 de dólares, hoje.

       Atravessando a ponte “Rainha Alessandra1”, também chamada “ponte interprovincial”, chegamos à cidade de Gatineau, província de Quebec.

       Gatineau e Otawa são cidades vizinhas. A palavra Otawa, em indígena, quer dizer encontro de três rios. Neste nosso city tour passamos pelo palácio do governador. Aqui há árvores plantadas por todos os presidentes do mundo, inclusive os do Brasil, Fernando Henrique e Lula. A província de Quebec é maior que a França. Passeamos por todas as embaixadas, e a do Iran, estava fechada. Ao lado esquerdo a imagem da embaixada brasileira e a embaixada dos Estados Unidos em Otawa. Paramos para ver o rio Otawa e também as suas margens.

       Aqui existe uma obra importantíssima para Otawa, e que representa muito para o turismo. Trata-se do canal Rideau que tem uma história que se inscreve dentro das características da época, onde invasões e ataques de conquista eram frequentes. Aqui vai uma explicação do porquê o Canal Rideau foi aqui construído:

“Após a Guerra de 1812, os britânicos temiam outra invasão americana contra o Canadá. Com isto, decidiram construir um canal, o Canal de Rideau, conectando o Rio São Lourenço, na altura da cidade de Kingston ao Rio Ottawa, com o propósito de transportar materiais e armas ao interior do Canadá sem precisar usar o São Lourenço, depois de Kingston, perigosamente perto dos Estados Unidos e vulnerável a quaisquer possíveis ataques”.

       A construção do canal foi problemática: mais de 5.000 operários morreram de malária na construção do Rideau. A construção do canal foi comandada pelo coronel Bay. Um dado interessante sobre o Canal Rideau é que ele congela no inverno quando se transforma na maior pista de patinação.

       Em Ottawa, ao lado do canal existe a primeira grande casa de pedra construída na cidade, por John Bay, para sediar as obras de construção do Canal. Hoje, nesse local funcional o Museu Bytown que conta a história da cidade e do Canal. Bytown foi o primeiro nome da cidade, que somente passou a se chamar Ottawa em 1855, quando adquiriu o status de capital do país. O Canal Rideau foi construído entre 1826 e 1831 e o objetivo foi criar uma ligação entre Montreal e a cidade de Kingston, passando por Ottawa, prevendo, como já foi dito, uma eventual proteção da região, na hipótese de uma guerra contra os Estados Unidos.

       Na foto acima, vemos o Rideau Canal, que fica perto do Parlamento, um dos primeiros lugares de Ottawa a entrar na lista dos patrimônios da UNESCO, em 2007. O Canal é enorme e possui 202 km de extensão ligando as cidades de Ottawa e Kingston. Na parte que margeia Ottawa há calçadões, bancos, áreas verdes e parques, provendo um passeio com uma vista bem bonita dos arredores. Importante visitar a área onde ficam as chamadas “Ottawa Locks”, as eclusas do canal, que ficam próximas ao famoso hotel Fairmont Château Laurier e no encontro com o Rio Ottawa.

       No inverno, é um passeio imperdível, já que o canal congela e se transforma no maior ringue de patinação do mundo, com 7,8 km de extensão.

       Chegamos finalmente, ao Hotel Marriot às 18h e, após pouco tempo, saímos para visita ao mercado. Infelizmente este se encontrava fechado.

       A cidade estava cheia de turistas na parte interna e na parte externa nos restaurantes. Nesta altura do dia, nossa turma de excursão ficou na cidade e eu voltei para o hotel, por estar muito cansada. No hotel consegui me comunicar com a família, por whatsapp. Hoje, minha família se encontrou em Rodeio – SC para festejar o aniversário de meus irmãos Kide e Dirce. Fui dormir em uma cama ótima! Glória retornou com os outros participantes da excursão às 23h30.

Dia 7 de agosto – domingo

       Levantei às 7h, tomei banho, as malas desceram as 7h30. Hoje cedo recebemos a notícia da morte do Dr. Pitanguy, um grande cirurgião brasileiro, que faleceu um dia após levar a tocha dos jogos Olímpicos.

       Às 9h partimos para o norte em direção á Quebec, considerada a cidade mais europeia da América do Norte. Passamos por Montreal, mas como é domingo, tudo está fechado.

       Durante a viagem falei com Marilina, colega de excursão, que me relatou, entre outras coisas, algo do qual gostei muito. Tem uma filha chamada Letícia, que escreveu o livro “Vamos Brincar” da Editora Saraiva. Interessou-me muito este livro, pois, certamente, é uma obra que vale apena ser conhecida e deve ser socializada. Passarei na Saraiva em Florianópolis para adquiri-la.

       São 9h, e aqui vi muitas plantações de batata e milho. Vi o movimento do rio São Lourenço à nossa direta, e muito mais milho por lá. Estávamos cruzando a periferia de Montreal e lá estava a fábrica Bombardier que é concorrente da Embraer brasileira.

       Eram 11h20 e nesta hora fizemos uma parada técnica.

       Saímos de lá às 11h40 para ir almoçar numa fazenda de Maple. Até lá são 50 km de viagem. Durante o percurso vi muitas plantações de lavanda. Os 50 km são superados e, chegando perto do restaurante, num certo momento adentra o nosso ônibus uma moça que falava espanhol e dela recebemos orientação do cardápio.

       Entramos no restaurante repleto de turistas num ambiente de muita alegria e bastante animação! Havia três músicos que tocavam e cantavam! As mesas estavam ocupadas só restando a que tinha sido reservada para a nossa excursão.

Sentamos nos lugares previamente reservados e na mesa nos esperava o cultural Mapple e água! No restaurante serviram três pratos que já vinham prontos: Primeiro prato-.sopa de lentilha branca e pão de beterraba. Segundo prato-.torta de ovo, presunto, feijão, batata, fruta, torta de carne. Na sobremesa, como terceiro prato panqueca coberta com Mapple. 

Durante a refeição tomei água com Maple! Isto é como se fosse água com mel. No fim um copinho de uma bebida chamada Caribu!

       Após o almoço, nos dirigimos à cabana, adjacente ao restaurante, onde nos explicaram e nos demonstraram por fotos e com utensílios usados, historicamente, todo o processo da retirada da seiva do Mapple. Hoje tudo está automatizado.

       É interessante saber mais sobre esta produção, herança dos índios canadenses. Alguns dados são interessantes para nosso conhecimento:

A seiva só pode ser extraída durante um mês, de 14 de março até 15 de abril, após o inverno, no início da primavera. A primeira seiva pode ser retirada quando a árvore tem 40 anos. Nos primeiros anos, apenas 5 litros por dia, depois 15 e no fim da vida, quando a árvore está com 400 anos , pode-se extrair 30 litros por dia.

       Este processo era praticado pelas chamadas “primeiras nações” aqui no Canadá, num processo parecido com a extração da borracha da seringueira. Hoje, como podemos ver, este processo é todo feito através de máquinas que sugam a seiva das árvores através de um sistema de cânulas colocadas em cada árvore. Por aqui toda família faz seu próprio Maple. Colocam o nome da família nos frascos e o vendem para uma cooperativa. Mas vamos ver mais algumas informações sobre a árvore do Maple:

“A madeira da Mapple Tree, árvore de nome científico Acer saccharum, é um dos produtos florestais mais conceituados do mundo. O Maple Syrup, um xarope parecido com melado, muito apreciado para acompanhar panquecas, waffles, torradas, pães de milho e sorvetes, tem origem nas entranhas da Sugar Maple. Durante as noites frias e os dias quentes do fim do inverno, a árvore está mais propensa a verter uma seiva de sacarose, de onde se extrai um líquido claro como água, que se transforma em Maple Syrup. O processo de extração é muito semelhante ao do látex, nos seringais brasileiros, com a abertura de fendas no tronco, por onde a substância escorre. Para se fazer um litro de Maple Syrup é necessário extrair trinta litros da seiva da Maple Tree.”

       Atualmente, existem mais de 16 mil produtores de xarope de Bordo na América do Norte, no chamado Cinturão do Bordo, sendo que 85% deles estão no Canadá. A província de Quebec é a responsável por 90% da produção nacional, enquanto Ontário representa 5%, New Brunswick 4%, e Nova Scotia 1%.

       Às 14h35, iniciamos os últimos 150 km de nossa viagem para chegar ao nosso hotel em Quebec.

       O significado de Quebec é “lugar em que o rio se estreita”.

       Aqui recebemos algumas informações sobre Quebec:

       Os primeiros colonizadores foram os franceses Jaches Cartier, 1537 e A. Champlain 1568 e aqui trago mais algumas informações que falam do processo histórico da colonização do Canadá:

“Como muitos outros exploradores europeus, Jacques Cartier viajou para a América do Norte em busca de ouro, de especiarias e de uma rota mais curta para a Ásia. Em vez disso, descobriu o rio São Lourenço, que se tornou o principal acesso ao interior do Canadá. Jacques Cartier nasceu em 1491, na Bretanha (província da França). Por volta de 1534, o rei de seu país o encarregou de chefiar uma expedição à América do Norte. Na primavera de 1534, Cartier atravessou o Atlântico, chegando a terras que hoje fazem parte do Canadá. Explorou a região do golfo de São Lourenço, onde fez contato com tribos indígenas. Quando voltou à França, levou consigo dois nativos da América do Norte. Em maio de 1535, Cartier realizou uma segunda viagem. Dessa vez explorou o rio São Lourenço, tendo como guias os índios que levara à Europa. Navegou 420 quilômetros, rio acima, até a aldeia indígena de Stadacona. A moderna cidade de Quebec fica nas proximidades desse local. Cartier e seus homens foram dos primeiros europeus a passar o inverno em território hoje pertencente ao Canadá. A intensidade do frio os surpreendeu. Alguns deles morreram. No retorno à França, Cartier contou muitas histórias sobre os tesouros que, segundo os indígenas, existiam no interior do território. Em 1541 Cartier atravessou novamente o Atlântico. Nessa exploração, pensou ter encontrado ouro e diamantes. No ano seguinte, de volta à França, ficou sabendo que os minerais recolhidos não tinham valor. Após a terceira viagem, Cartier não retornou à América do Norte. Morreu em 1° de setembro de 1557, nas proximidades de Saint-Malo, cidade em que nascera”.

       Em 1568, A. Champlain foi o responsável pela criação de Quebec. A riqueza da época era o comércio com as peles de castores e a abundante madeira. As guerras eram constantes. Aqui em Quebec há o campo de Abraão onde aconteceu a tomada de Quebec pelos ingleses, no início do Inverno.

       Finalmente, às 16h, chegamos ao nosso Hotel Chateau Laurier, que fica na colina. Aqui ao lado deste hotel, inúmeros restaurantes têm sempre muito movimento. Após deixar nossas malas no hotel embarcamos novamente no ônibus para fazer um tour. Vidal nosso guia nos informa que aqui as quatro estações são bem delineadas.

       Entramos em uma zona verde muito ampla e bem cuidada e lá estava o rio São Lourenço. O grande e importante rio São Lourenço, após 1002 quilômetros desemboca no Oceano Atlântico.

       A cidade de Quebec tem uma característica histórica interessante: é uma das poucas cidades amuralhadas. Tem 4,5 km de muralhas. Quebec é uma cidade sui generis: é o berço da cultura francesa na América. Para cá os colonizadores trouxeram muitos religiosos, pois aqui seria a nova França católica. Verificando a entrada na cidade amuralhada, vejo que, há dois portões de entrada: Saint Jean e Saint Louis. A UNESCO tombou Quebec em 2007. Quebec tem uma divisa Oficial muito interessante: “Je me souviens” que significa “Eu me lembro” . Muitos afirmam que a frase denota a lembrança dos cidadãos quebequenses ao domínio britânico de outrora, ou seja, “eu me lembro do que vocês fizeram, me lembro da luta e da guerra pela nossa liberdade.”

       No início de julho, há um festival de música que reúne aqui em Quebc, 80.000 pessoas. O carnaval de inverno é no Rio São Lourenço.

       Aqui no rio São Lourenço há também um fenômeno interessante: A cada 6 horas, a maré sobe.

Passeamos também pela cidade e uma das paisagens muito interessantes foi ver prédios totalmente pintados com lindas paisagens históricas e naturais. Lá a nossa turma da excursão fez fotos!

       Um dado que me chamou atenção é que aqui em Quebec há uma diferença na forma de funcionamento das janelas das casas francesas e inglesas: janelas que abrem para fora são inglesas, janelas que abrem para dentro são francesas. O tour terminou às 18h.

       A noite não saí. Troquei e-mails com a família que me mandou muitas fotos pelo Whatsapp. Peguei no sono às 2 da manha, pois assisti a um jogo de tênis das olimpíadas.

Dia 8 de agosto – segunda-feira

       Este dia foi livre para atividades pessoais. Acordei cedo com o sol brilhando, e após o banho, o café. Neste dia fiz meu próprio programa. Antes, escrevi o que importa saber sobre a cidade de Quebec.

       Samuel de Champlain explorador, cartógrafo e escritor francês, foi o fundador da cidade de Quebec:

“A cidade localiza-se na margem norte do Rio São Lourenço, que possui uma largura média de 1 quilômetro na região, com apenas 800 metros na região mais estreita. O clima da cidade é temperado, com temperaturas amenas no verão, e temperaturas muito baixas no inverno. O centro da cidade está dividida em duas partes. A alta cidade (haute-ville) e a baixa cidade (basse-ville), separadas por uma colina muito inclinada, são conectadas por um elevador e por um sistema de escadas. A baixa cidade abriga o porto antigo. A região mais antiga da cidade caracteriza-se pela presença marcante do Château Frontenac e pelas suas ruas estreitas, com muitas delas de uso exclusivo para pedestres”.

       Importa conhecer um pouco mais este hotel–castelo. Este hotel pode ser visto de quase toda a cidade, pois tem uma localização privilegiada na cidade alta. Este hotel virou ponto turístico e seu interior pode ser livremente visitado.

       Da internet:

“O Château Frontenac é um grande hotel e uma das atrações mais famosas da cidade de Quebec, na província de Quebec, Canadá. O hotel foi inaugurado em 1893 e comemorou seu centenário em 1993. O hotel possui um total de 650 quartos e cerca de 77 metros de altura. O último andar do edifício abriga um observatório, que oferece uma vista espetacular de muitos quilômetros do rio São Lourenço. Com seu telhado de cobre, o hotel é considerado o melhor da cidade, um dos mais prestigiosos do país. O Château Frontenac foi um dos hotéis-castelos construídos pela Canadian Pacific Railway, a maior companhia ferroviária do Canadá, entre o final do século XIX e o começo do século XX. O objetivo dessas construções de hotéis luxuosos era incentivar o turismo de alta classe e, assim, o transporte de passageiros nos trens da companhia… O Château Frontenac foi nomeado em honra do Conde de Frontenac, que foi governador da Nova França (1672-1682 & 1689-1698)… O arquiteto responsável pelo projeto foi Bruce Price”.

       O Château Frontenac é um ícone da cidade de Quebec. Foi inspirado no castelo homônimo do Vale do Loire.

       As muralhas que cercam a antiga cidade de Quebec, foram primeiramente construídas no século 17, e foram parcialmente destruídas pelos britânicos na Guerra Franco-Indígena. As muralhas atuais foram construídas entre 1820 e 1831.

       A cidade de Quebec possui mais de 400 parques e jardins. Um dos parques mais imponentes da cidade é o Parc des Champs-de-Bataille ou Planície de Abraham, próximo ao centro histórico da cidade.

       Dissemos que os ataques à cidade de Quebec foram constantes, tanto entre franceses e ingleses como entre americanos e franceses. Às vezes os ingleses venciam e em outra oportunidade, os franceses conseguiam resistir. Por exemplo, em 1690, tropas inglesas tentaram capturar a cidade de Quebec, então com cerca de 1,5 mil habitantes, mas a cidade conseguiu defender-se do ataque inglês.

       Mas em setembro de 1759, a cidade de Quebec foi capturada por forças inglesas. À época, a cidade tinha aproximadamente 7,8 mil habitantes. O Tratado de Paris confirma que os territórios franceses, no Canadá, deviam passar, definitivamente, para o controle inglês. Em 1775, no começo da Guerra de independência dos Estados Unidos, a cidade de Quebec foi atacada por forças americanas, lideradas pelo General Richard Montgomery. O ataque falhou e o general americano foi morto em batalha. Com a criação do Alto Canadá e o Baixo Canadá, em 1791, a cidade de Quebec tornou-se a capital do Baixo Canadá.

Estava caminhando por Quebec, em direção ao centro da cidade, e, na cidade baixa, estive procurando conhecer, um pouco , aquilo que meus olhos viam. Assim entrei na Igreja de Notre Dame, e ao seu lado, entrei no pátio da universidade, que tem o nome do bispo fundador Laval.

       Este missionário chamado François-Xavier de Montmorency-Laval fez parte daqueles que ajudaram a transformar a pequena cidade no centro político e cultural da Nova França. Ele desembarcou em Quebec em 1659, e fundou esta Universidade Laval, em 1663. Foi nomeado em 1674 como o primeiro bispo do Canadá.

       Após, andando pela cidade, conheci várias lojas, mas nada comprei, pois só procurava um carregador de celular. Tive a informação que encontraria na loja chamada Source. Lá também não encontrei. Continuando minha caminhada, saí pelo portão São João e já fora da cidade amuralhada me informei e aprendi com um guia, qual ônibus deveria tomar para encontrar um carregador, pois até agora, minha busca pelo carregador tinha sido em vão. Deveria pegar o ônibus 800 e 801. Como já era meio dia, vim caminhando em direção ao nosso hotel e abandonei o projeto que tinha anteriormente.

      Subindo uma colina, passei em um lugar muito interessante: em plena cidade encontrei belo jardim e uma grande horta com inúmeras verduras, em frente ao edifício do parlamento. Estas verduras são utilizadas pela cozinha do restaurante do parlamento. Entrei na horta e admirei os brócolis, salada verde, tomate, feijão em vara, e, também, muitas flores e folhagens. Deu-me a sensação de ter encontrado algo muito familiar, em frente ao grande edifício do parlamento da cidade. Tirei fotos!

O edifício do parlamento estava em obras. Mas, após observar melhor o prédio, vi que havia uma porta aberta e que estavam atendendo para o almoço. Entrei! A equipe da recepção falava em francês e, de minha parte, aproveitei a oportunidade para, em francês, trocar algumas ideias com essas agradáveis e simpáticas pessoas.

       Entrei depois no lindo restaurante! Fui muito bem atendida pelos funcionários do restaurante. Admirei a beleza e a decoração do ambiente. Tudo muitíssimo chique!

       Com o cardápio em mãos, escolhi sopa de lentilha e carne de porco como prato principal. Vieram três pedaços de carne de porco com verduras e batata. No fim foi servido um café muito gostoso, com louça muito requintada.

       Após o almoço, neste ambiente sofisticado, agradecida à vida por mais esta experiência, fui descansar no hotel, pois não desisto, nunca, de uma boa sesta. Dormi até as 17h, levantei e fiz um chá. Saí depois à esquerda do hotel, fiz um passeio que muito me acrescentou em termos do conhecimento da cidade alta.

       Caminhei muito pela Grand Ville. Esta rua começa na esquina de nosso hotel e em toda a sua extensão tem lindos restaurantes repletos de turistas, além de bonitas casas de moradia e também diversas igrejas, mesmo que algumas já não sejam dedicadas ao culto religioso, pois observei um dado interessante e recorrente: trata-se do destino que é dado as muitas igrejas. Passei por uma igreja bonita de Nossa Senhora, cheia de vitrais e entrando percebi que agora, aqui funciona um brechó especialmente de livros e discos. Em seguida outra igreja, hoje uma casa para idosos. Interessante notar que a fachada da igreja foi conservada.

       Andei mais, fiz fotos e passei por muitas ruas adjacentes à bela e principal Grand Ville. Por fim, dobrei à esquerda, e encontrei um grande campo verde que me chamou atenção. Ao adentrar a este imenso campo verde, encontrei torres de defesa com o nome Martello. Não entendi por que estas torres estavam lá e nem por quem foram feitas e nem porque tinham este nome. Sabemos que, na verdade, aqui houve muitas lutas e neste momento, quem tinha tomado conta de Quebec eram as forças inglesas. Agora fazendo o relatório fui pesquisar na internet e lá encontrei a resposta sobre estas estranhas torres Martello.

“No início do século XIX, os britânicos temiam que os norte-americanos, como resultado de obter sua independência (1776), tentassem anexar o Canadá para seu território. Diante dessa ameaça, Gother Mann, comandante Royal Engineers of Canadá (1785-1804) defendeu a construção de torres em Quebec para impedir o invasor de se aproximar”. As torres Martelo são originais da Córsega.

       Gostei demais de passear, despreocupadamente, por este imenso campo, um parque verde, com a visão do rio Lourenço adjacente ao campo. Aqui o rio São Lourenço corre altivo transportando pessoas e cargas. Neste lugar, encontrei diversos turistas que estavam admirando a paisagem! Com eles, conversei sentada nos bancos que estavam, à disposição dos turistas. Hoje este espaço sossegado representa um lindo lugar para descanso!

       Este imenso campo tem também uma parte que é um maravilhoso jardim florido. Impressionante!

       Na volta ao hotel passei pelo estonteante Hotel “Le Concorde” que tem uma grande torre com restaurante giratório. Lá entrei para obter informações. Mas não marquei que voltaria para jantar. Depois, ao chegar ao hotel, tive a ideia de convidar Glória, minha colega de quarto para jantarmos na torre giratória deste Hotel.

       Glória aceitou o convite e ao chegar à torre tivemos que esperar um tempo razoável por não termos marcado o jantar com antecedência. Estou percebendo, na prática, mais um dado da cultura do Canadá, ou seja, aqui é necessário marcar as refeições no restaurante com a devida antecedência.

       Gostei da experiência de subir esta torre do hotel e ter uma visão da cidade de Quebec e lá poder jantar. Do cardápio escolhemos vinho tinto seco, sopa de tomate e outro prato principal com salmão. Voltamos do jantar às 22h40.

       Um outro fato me chamou a atenção hoje aqui em Quebec, que me mostrou uma outra forma de atender o cliente: entrei numa loja e comprei um carregador de bateria por 57 dólares. Como este carregador não atendeu minhas expectativas retornei à loja. Lá fui prontamente atendida e sem demora, sem burocracia, recebi os valores de volta. Senti-me muito bem com este dado da cultura aqui no Canadá!

       Outro dado interessante que observei aqui na maioria das ruas da católica Quebec: muitas ruas têm nomes de Santo: (Saint=Santo), em sua maioria. Isto é compreensível, por ter sido uma colonização católica.

       Antes de dormir, mandei whatssap para muitos amigos e familiares: Carla, Rene, João Luiz, grupo da Ilse. Etc.

Dia 09 de agosto – terça-feira

       Um lindo dia de sol nos deu as boas vindas sorrindo. Tomamos café e às 9h partimos com novo ônibus. Pela televisão, nos inteiramos das novidades das Olimpíadas. O Brasil já estava com duas medalhas de ouro.

       Antes de tomar o ônibus em Quebec, observei, mais uma vez, o prédio histórico que fica em frente ao hotel Laurier e que estava em reformas. Tinha muitas cúpulas douradas. Seu aspecto era majestoso. Informaram-nos que este edifício se transformará num museu militar. Observo, de longe, o grandioso Chateau Frontenac.

       Saindo do hotel Laurier pela direita, à nossa esquerda passamos pelo hotel Le Concorde e pela planície de Abraham, já nossos conhecidos. O guia nos diz que, em 3 horas, retornaremos a Montreal e agora sim, para visitar a cidade. O céu está nublado, deixando transparecer o azul como num véu.

       Fala-nos sobre o Circo de Soleil, cuja história começou aqui, em Quebec. Pesquiso na Internet:

“A fascinante história do CIRQUE DU SOLEIL começou em Baie-Saint-Paul, um charmoso vilarejo na costa norte do rio São Lourenço, a leste da cidade de Quebec, considerada a Meca dos pintores da região. Ali, no começo dos anos de 1980, esta trupe de coloridos personagens literalmente chacoalhava a cidade, dançando e se equilibrando em pernas de pau, soprando fogo e tocando músicas contagiantes […] Em 1984 a cidade de Quebec celebrava seu 450º aniversário da descoberta do Canadá pelo explorador francês Jacques Cartier (1491-1557). Com isso, órgãos do governo precisavam de um show que pudesse abraçar todas as festividades pensadas e propostas para serem realizadas através da província. Com esse gancho, Guy Laliberté, acompanhado de Daniel Gauthier, apresentou o projeto de um show chamado CIRQUE DU SOLEIL” (Circo do Soleil).

       Na cidade de Montreal existe uma escola do Circo de Soleil. Os alunos desta escola fazem apresentação nas praças. O proprietário do circo é casado com uma brasileira. E aqui mais alguns dados sobre o circo de Soleil:

“A sede social internacional do CIRQUE DU SOLEIL foi inaugurada em 1997 e está localizada a apenas 30 minutos do centro da cidade de Montreal, no bairro de Saint-Michel. O edifício-sede ocupa 75.000 m², 32 mil deles de superfície coberta, e sua construção demandou investimentos de aproximadamente US$ 50 milhões. A enorme sede, onde trabalham aproximadamente 2.000 pessoas, abriga o STUDIO, composto por três salas de treinamento acrobático e duas salas de treinamento artístico. Além disso, existem os ateliês encarregados da confecção de vestuário e da cenografia, funções que nunca foram delegadas a terceiros. Aproximadamente 400 funcionários produzem tudo o que será usado no picadeiro: de roupas e sapatos, a perucas e adereços de cabeça”.

       A viagem inicia e transcorre tranquila. Às 10h30 fizemos uma parada técnica num local cheio de árvores de Maple. Nas proximidades, à direita, plantações de milho! Aqui também, vi muitas ruas com nomes de santos: Saint Libório, Saint Simion, Saint Bruno, etc. Estamos ainda na província de Quebec.

       São 11h45! Nós estamos nos dirigindo à Montreal. Para mim, tudo pede explicação:

“A palavra ‘Montreal’ é a versão arcaica, escrita de forma simplificada, de Mont-Royal, um morro localizado na cidade, no centro da ilha. Montreal é um dos centros culturais mais importantes do país, sediando vários eventos nacionais e internacionais. Entre eles estão o Juste pour Rire, um dos maiores festivais de comédia do mundo, o Festival de Jazz de Montreal, um dos maiores festivais de jazz do mundo, e o Grand Prix de Montreal. […] Montreal possui uma das populações mais bem-educadas do mundo, possuindo a maior concentração de estudantes universitários per capita de toda a América do Norte. A cidade possui especialmente na área de medicina e na indústria aeroespacial. Montreal quatro universidades – duas delas francófonas e duas delas anglófonas – e 12 faculdades. É um centro da indústria de alta tecnologia – é atualmente uma das cidades mais seguras do continente americano.”

       Montreal é considerada a cidade mais europeia da América do Norte e é a maior cidade de língua francesa depois de Paris. A viagem oportuniza conhecer melhor esta região.

Passamos pela ponte Jaques Cartier.

       Ao meio dia chegamos ao Hotel Delta, quarto 808. Aqui os quartos são amplos e têm também, duas camasde casal. Após adentrarmos o quarto, saí pelas ruas João Kennedy e Santa Catarina, desci dentro de um shopping para a praça de alimentação. Aí pedi um prato de uns 15 dólares (verdura, batata cozinha, 4 postas de peixe-branco). Tudo muito gostoso! Depois fui comprar um carregador.

       Aqui em Montreal, assim como em Toronto, como já foi falado, há o fato da construção das célebres cidades subterrâneas, para que a cidade possa funcionar nos meses de inverno, quando a temperatura desce a – 30 graus. As ruas da cidade subterrânea totalizam 35 km abrangendo 41 quarteirões.

       Às 17h, Glória e eu saímos pela rua Santa Catarina, e, numa grande farmácia, encontrei um produto, que aqui no Brasil, além de ser escasso, é muito caro, mas é o único que vale a pena usar. Trata-se do produto para cabelo, Frizz Ease John Frieda. O tubo grande custou 12,00 dólares e dois pequenos custaram 5,99 cada. Comprei protetor solar, escova e desodorante, tudo por 70 dólares. Glória e eu fomos tomar café com croissant num bar. Valeu ter encontrado aquilo que tanto procurava.

       Às 22 h, já estava no quarto me preparando para dormir.

Dia 10 de agosto – quarta-feira

       Levantamos num lindo dia de sol e fomos fazer um city tour orientados por nossa guia Maria Fernanda que nos dá muitas informações sobre a cidade de Montreal. Maria Fernanda, que é portuguesa, afirma que seu coração é brasileiro. Primeiramente nos apresenta uma Montreal que em seu início foi o centro do comércio de peles, e, hoje é uma grande cidade onde se fala francês, também inglês e muitos outros idiomas.

       A cidade de Montreal, a exemplo de outras grandes cidades canadenses, é uma cidade multicultural, ou seja, possui uma grande variedade de etnias e culturas diferentes.

Com os descendentes de franceses e ingleses, coexistem comunidades irlandesas, italianas, judaicas, gregas, árabes, hispânicas, haitianas e portuguesas, e também tem a sua Chinatown. 

     Em Montreal se falam 55 idiomas. Nossa guia nos vai dando sucessivamente diversas informações. Por exemplo: a rua S.Lawrence divide a cidade: no oeste, estão os ingleses e no leste, os franceses. Na colina oeste estão os ingleses ricos e na colina leste os franceses ricos. Ao norte temos o Mont Royal e ao sul o rio. Nesta cidade nenhum edifício pode ser mais alto que Mont Royal.

       Aqui há também, muitos centros para os idosos. Interessante saber algo sobre o preço da moradia. Esse preço depende de quanto o idoso ganha. Em cada caso ou paga-se muito ou é de graça. A cidade tem 355 anos e hoje tem muitas obras em restauração. Quando à lojas e shopping: a loja “Le Baye” é a mais antiga de Montreal e ocupa oito andares. Existem aqui oito shoppings que se comunicam diretamente com a cidade subterrânea.

       E mais:

“Montreal, na província de Quebec, é uma cidade quase que totalmente ligada por túneis. A cidade possui a mais extensa rede de túneis do mundo. É possível ir ao shopping, ao escritório ou escola sem sair ao ar livre. Estima-se que 500000 pessoas circulem diariamente pelos túneis de Montreal. O motivo, como já foi dito, está nos invernos com temperaturas normalmente abaixo de zero”.

       Maria Fernanda nos deu dados sobre a Universidade de Montreal que possui mais de 30 edifícios, alguns dos quais estão ligados por uma rede subterrânea.

       Esta Universidade, fundada em 1878, é um dos maiores centros de pesquisa do Canadá na área de saúde e tecnologia. Têm 465 grupos de pesquisa e uma das maiores concentrações de estudantes do Canadá no mestrado e doutorado. A universidade destina US$ 500 milhões para pesquisa básica e aplicada, a cada ano.

       Quem financia a universidade são os proprietários das casas. Eles é que pagam uma taxa destinada a educação. Informa também que aqui a universidade é o local mais barato para estudarem, pois se paga 3000 dólares ano.

Continuando nosso tour, às 10h30, paramos em frente ao oratório de São José, padroeiro do Canadá. O “Oratório de São José do Monte Royal” é uma basílica católica romana.

       A guia nos fala sobre a construção deste Oratório, levado a cabo pelos esforços do irmão André, pertencente á Congregação de Santa Cruz. Os participantes desta Congregação eram professores do Colégio Notre Dame (burguesia francesa) e André trabalhou lá por 40 anos como porteiro. Muito devoto de São José, em 1904, irmão André começou a construção de uma pequena capela ao lado do monte próximo ao Colégio Notre Dame que logo se tornou pequena e foi ampliada em 1908 e 1910. Inaugurou-se outra igreja-cripta em 1917. A crise de 1929 paralisou os trabalhos. A construção foi retomada em 1936 e esta igreja transformou-se no maior oratório do mundo. André fez muitos milagres em vida e atraiu multidões.

       O irmão André faleceu no dia 06 de Janeiro de 1937, aos noventa e dois anos, numa Quarta-feira, dia semanal dedicado ao glorioso São José. Mais de um milhão de pessoas participaram do seu velório e enterro. Até hoje, milhares de visitantes vêm ao Oratório de São José para receber cura física e espiritual. Irmão André foi declarado venerável em 1978 e, em 23 de maio de 1982, foi beatificado pelo Papa João Paulo II, e foi canonizado em 2010, pelo papa Bento XVI.

       Continuando a excursão, passamos pelo bairro inglês. É um bairro rico. Aqui há, frequentemente, concursos para jardins. A prefeitura distribui, na segunda semana de maio, em vários pontos da cidade, flores e outras plantas ornamentais. Admirar esta beleza foi muito bom!

       Passamos pelo cemitério, onde há um milhão de sepulturas, divididas em três partes: para protestantes, católicos e judeus. Um assunto interessante é a presença de parques aqui no Canadá. Na Ilha de Montreal, há 55 parques. E as famílias ricas, como os demais, também vêm curtir o verão nos parques. Continuando a escutar nossa guia portuguesa Maria Fernanda, ela nos anuncia que agora vamos ver os miradouros da parte oeste da cidade.

       Às 10h30 horas, subimos o Monte Royal, um grande parque verde que fica na parte central da cidade. A este monte as pessoas vão para estar em contato com a natureza. Nós subimos de ônibus e lá em cima, pudemos admirar a cidade. No alto há um restaurante e também, um grande espaço de observação. Nesse espaço havia um piano e nossa colega Maria José aproveitou a chance para tirar dele belos sons.

       Passamos, depois, pelo local onde foram realizados os Jogos Olímpicos de Montreal, em 1976. Sobre este Parque Olímpico, que tem 173 metros de altura, a guia nos informou que, ele tem um teto que custou 52 milhões de dólares, mas nunca funcionou. No lugar deste, foi colocado outro, que também não funcionou. A torre só foi concluída 10 anos mais tarde.

       Outro dado interessante de Montreal é a presença de muitas igrejas: uma para cada dia do ano. As congregações religiosas que eram muitas, ocupavam-se das escolas e das igrejas. Hoje, os tempos mudaram: muitas igrejas foram transformadas e aproveitadas para outros usos, como brechós, restaurantes, etc.

       Continuando nosso tour, passamos pela Rua Saint Laurent, num bairro português. Nossa guia informa que aqui as casas foram compradas por uns 4000 dólares. Hoje valem 300 mil dólares.

       Durante o tour, vi também um prédio verde que é uma biblioteca e as informações que recebo é que nela circulam em torno de 15 mil pessoas por dia. Cada pessoa pode levar até 14 livros para casa.

       Vimos agora apartamentos populares bem localizados. Antigamente esses eram os locais de prostituição. Um dado interessante é a presença dos chineses no Canadá: em 1800, os chineses vieram para cá para trabalhar no oeste na construção da estrada de ferro. E para eles foram sendo criados os bairros chineses, que ainda permanecem, apesar de que, por causa da construção dos grandes edifícios, muito do bairro chinês já foi destruído.

       Ao continuar o nosso tour, vimos a Basílica de Notre Dame. Foi inaugurada em 1829, e é uma das igrejas mais bonitas do mundo. A parte externa não nos chama atenção, mas a parte interna é belíssima.

       Foi muito emocionante admirar tanta beleza! Realmente o impacto que temos ao observar tanta harmonia é imenso! Esta obra foi construída por um arquiteto irlandês. Era protestante e se converteu ao catolicismo, nos explica a guia. Ao observar esta igreja, constatamos que tudo era exageradamente lindo: aqui há cinco mil estrelas pintadas a ouro. O órgão tem cinco mil tubos. Há um painel de bronze pesando 20 toneladas.

       E aqui, um dado digno de nota: enquanto a maioria dos vitrais nas igrejas retrata passagens bíblicas, os da Basílica de Notre-Dame mostram cenas da história religiosa da colônia Ville-Marie, que veio, mais tarde a se chamar Montreal. Algumas informações dessa basílica, na internet:

“Esta obra-prima neogótica é um dos locais mais populares de Montreal. Milhares de pessoas passam pelas portas da Basílica de Notre-Dame todos os dias durante o verão. Trata-se de um ícone nacional canadense que já foi palco de grandes eventos, como a visita do Papa João Paulo II, em 1984, e o casamento de Celine Dion, em 1994. As duas torres dessa igreja católica romana ficam acima dos telhados baixos de Vieux-Montréal. Na época de sua construção, a igreja era o maior lugar de prática religiosa da América do Norte. Embora a parte externa da basílica ainda seja capaz de competir com as maiores igrejas do mundo, ela não é nada quando comparada ao seu interior”.

       Abaixo desta igreja, na cidade subterrânea, foi construído um shopping.

       No fim do tour, antes do meio dia, a guia Maria Fernanda se despediu do grupo.

       Após o almoço dormi até as 16 horas. Sonhei! Em seguida, desci a rua Presidente Kennedy e peguei a rua San Lorran e fui até a Place Cartier, local de restaurantes, barzinhos e muitas flores. Na volta, passei pelo bairro chinês, entrei numa feirinha e vi um grupo a dançar. Parecia tango. Sentei-me e descansei um pouco assistindo a dança. Sai daí e passeando pela rua despreocupadamente, passei por um local, onde grandes cartazes diziam que aqui estava se realizando o Fórum Social.

       Na internet, notícias sobre o Fórum Social:

“A cidade canadense de Montreal hospeda desde terça-feira (09/08), mais de 5 mil organizações da sociedade civil de 118 países para a 12ª edição do Fórum Social Mundial (FSM). Pela primeira vez, o evento criado em Porto Alegre em 2001, se realiza em um país do Norte e membro do G7. Nos seis dias do Fórum, a reflexão será centrada nos temas: ‘As alternativas econômicas, sociais e solidárias diante da crise capitalista; A defesa dos direitos da natureza e a justiça ambiental; As migrações e a cidadania sem fronteiras; Os direitos humanos e sociais’”.

       Falei em espanhol com um chileno que estava em frente ao local onde se realizava o Fórum Social. Seguindo o passeio e entrando na rua Santa Catarina, vi que havia, nesta rua, um grande teatro feito pelos jovens do Fórum Social. Como me senti totalmente livre e com o tempo à minha disposição, sentei-me e assisti o teatro. Havia também cenas representadas pelos indígenas. O teatro tinha muito movimento e as vestimentas próprias eram muito chamativas.

       Continuando o meu passeio pela cidade, visitei duas casas onde estavam expostas esculturas maravilhosas feitas pelos índios iroqueses e outras etnias. Valeu a pena conhecer trabalhos, tão especiais, incrivelmente bem-feitos pelos artistas indígenas.

       Caminhando ainda cheguei à igreja Sant James. Com a atenção ligada em cada momento novo, em frente a esta igreja, interessei-me por conhecer outra forma de trabalho: lá havia três caminhões do corpo de bombeiros. Falei com dois profissionais que estavam ao lado dos caminhões devidamente identificados: um supervisor e um trabalhador indiano. Este tinha deixado família na Índia e me contou que ele trabalha quando é chamado a lavar os vidros dos grandes edifícios. O telefone tocou e ele precisou atender. Ele ganha 17 dólares por hora com as taxas e 15 sem as taxas. Só ganha quando trabalha.

       Em conversas, recebo ainda, outra informação: em Montreal existem 1800 veículos para tirar neve que se acumula nas ruas, no inverno. Com esses rápidos contatos, conversando com quem vive a realidade do dia a dia, sinto a possibilidade de adquirir um conhecimento sobre a cidade e de quem nela vive. Com este olhar sobre a realidade, cheguei caminhando ao hotel.

       Nesta noite, durante o jantar, combinei com uma colega de excursão para irmos conhecer o local das Olimpíadas de 1976 na parte da manhã. Encontrar-nos íamos, às 7h30 no café da manhã.

Dia 11 de agosto – quinta-feira

       Levantei cedo e às 7h45 fui tomar café. Procurei a colega a qual sairia comigo, mas não a encontrei. Minha firme intensão era conhecer o local das Olimpíadas de 1976. Não podia perder esta oportunidade mesmo que tivesse que ir para lá sozinha. E lá fui eu visitar a sede dos jogos me informando sobre qual metrô eu deveria tomar.

       Recebendo a informação desejada, peguei o metrô no Place del Art e seguindo o conselho de Marilina, desci na estação IX. Visitando o parque, sozinha, me alegrei por encontrar um casal. Ela, Cristina Ramires Derriere, é portuguesa e trabalhadora social.

       E aí aproveitei a agradável conversa, como uma oportunidade para conhecer algo mais sobre a vida econômica do povo no Canadá. Como trabalhadora social ela recebe 42 dólares por hora. Sua missão é visitar as famílias para ajudar a resolver problemas entre pais e filhos. Ganha 120.000 dólares ao ano. Seu marido tem uma marcenaria e é especialista em fazer cozinhas. Cada cozinha média custa aproximadamente 30.000 dólares. O encontro entre eles aconteceu quando ambos trabalhavam num navio. Ele era cozinheiro e ela trabalhava lá também. Estão 28 anos casados e tem dois filhos. Cristina Ramires é filha única e seus pais moram com eles em Quebec.

       Admirei as instalações passeando com este simpático casal de portugueses durante bom tempo.

       No fim da caminhada neste dia de sol, eu estava muito feliz nesta simpática companhia. Foi muito gratificante este encontro.

Depois de ver as principais partes do Parque Olímpico por fora (foto ao lado), vi também, sem entrar, as instalações do Biodôme e do Jardim Botânico. Falando do Biodôme sei que é possível, em meia hora, passar pelas suas cinco exposições. É um local que vale a pena ser visitado.

       Acompanhada de um simpático casal peguei o metrô. O bilhete de ida e volta custou seis dólares. Ao chegar à estação Place del Art, segui a Rua Presidente Kennedy e fui caminhando até o hotel, onde fui descansar. Aí tive vontade de fazer uma poesia a partir do que me aconteceu hoje de manhã. Tinha a expectativa de ter uma companhia para ir ao parque Olímpico e isto não aconteceu. No entanto, como sempre acontece, admito que o passeio que consegui fazer, encontrando o casal de portugueses, foi ótimo e altamente reconfortante. Lembro sempre, o que dizia meu amigo Waldemar de Gregori, “A vida não erra”. Conheci o Parque Olímpico inesperadamente, na companhia de duas pessoas adoráveis.

       E agora, aqui está o que escrevi, pois é meu costume escrever algo quando alguma coisa que me acontece, ou algo que eu estou lendo me possibilita um insight para a reflexão, melhor dito, uma viagem ao meu interior.

       O que vou escrever pode ser chamado de “uma viagem dentro da viagem!”

O título será:

“Para não Sofrer Diminua as Expectativas”

“Sim, vou sempre mais, diminuir as expectativas, pois ninguém me deve nada, ao mesmo tempo não posso ser totalmente auto suficiente, é importante poder contar com os outros, sem, no entanto, nada lhes exigir.

E no futuro como será?

Assim como me surpreendo ao escutar uma pessoa difamar alguém, assim também me surpreenderei, caso me dê conta que estou com maiores expectativas do que o necessário.

Eu sou sujeito de minhas ações, o sujeito em mim tem que ser ativado.

Assim não precisarei esperar do outro o que eu mesma posso fazer por mim.

A caminho de Vancouver, no ano da misericórdia de 2016 é este o meu propósito: abaixo hoje, amanhã e sempre as expectativas, para que o meu Eu possa fazer aquilo que realmente pode fazer por ele mesmo!”

A. M.

       Às 13h, saindo deste hotel, voamos para o extremo oeste, para a cidade de Vancouver.

A viagem durou 5 horas e chegamos lá com a diferença para mais de uma hora. Vejam no mapa o grande trajeto. A viagem foi ótima!

       Em Vancouver, chegamos ao Hotel George Court e ficamos muito tempo esperando as malas. Algumas pequenas não vieram e então as donas das malas receberam um kit de sobrevivência.

Dia 12 agosto de 2016 – sexta feira

       Estamos na grande Vancouver! O plano da Plazatur para este dia em Vancouver é extenso, incluindo um passeio, com guia local, ao centro comercial e financeiro da cidade, Old Gastown com seu relógio a vapor, também à agitada Chinatown, English Bay e o Stanley Park, o maior parque municipal do Canadá. Cruzando a ponte dos Leões chegaremos a Capilano Park onde está localizada a ponte suspensa Capilano. Continuaremos até o topo da Grouse Mountain em gôndola. Até aqui o roteiro da Plazatur.

       Levantamos, tomamos café e às 9h, iniciamos a viagem de ônibus, com nosso guia local. Estamos observando uma majestosa biblioteca. Comenta o guia que 100 milhões de dólares foram investidos na biblioteca de Vancouver.

“A Biblioteca Pública de Vancouver (Vancouver Public Library) é a terceira maior biblioteca pública do Canadá, emprestando cerca de 8 milhões de itens por ano.”

“Desenhada por Moshe Safdie, a mesma possui um telhado ecológico de aproximadamente 1.850 metros quadrados, criado pela paisagista Cornelia Oberlander. Atualmente tem cerca de 1,3 milhão de itens. A biblioteca fica na Rua Geórgia, nº 350, não muito longe da Praça Robson”.

        Em Vancouver há, também, muitas escolas de atores e são feitos muitos filmes. Também, aqui há o consulado do Brasil, que fica aqui na Rua Granbell.

       Quanto à população de Vancouver, é digno de nota, os muitos chineses que aqui existem. Estes são descendentes dos que vieram no fim do século XIX, para trabalhar na construção da estrada de ferro, que liga o oeste ao leste do Canadá.

       Em Vancouver, veem-se prédios com muito vidro. Outra notícia é que aqui, Trump, o presidente dos Estados Unidos, está fazendo a torre mais alta do mundo.

       Em Vancouver há dois restaurantes giratórios.

       A guia nos informou que entre os diversos bairros de Vancouver, há também o bairro dos gays. Como ilustração, ela conta que houve a parada gay e o primeiro-ministro, filho de Trudeau (40 anos) veio para a parada gay com a família.

       Como estamos passando do verão para o outono, vi, nesta cidade, muitas árvores já com as cores do outono: algumas ficando vermelhas, outras amarelas, marrom, etc. A guia nos fala do Stanley Park, que foi planejado em fins do século XIX. Realmente é um parque imenso, uma verdadeira reserva florestal.

       Com 400 ha é um dos maiores parques da América do Norte. Foi criado na era Vitoriana, 1888, pelo governo britânico. O nome Stanley é uma homenagem a Lorde Stanley de Preston, ex governador-geral do Canadá, comprometido com a preservação dos recursos naturais. O tamanho deste parque excede em 60 km o Central Parque de Nova York. O Stanley Park inicia na ponte dos Leões que une o centro de Vancouver a seus distritos West e North Vancouver onde estão as montanhas mais próximas da cidade como a Grouse Montain que visitaremos em seguida. nley Park há também o Vancouver Aquarium que tem mais de 800 espécies de animais marinhos. O destaque fica para o show dos golfinhos, focas e a baleia beluga.

       Na chegada ao parque Stanley, tivemos uma grata surpresa: visitamos o parque dos totens! Os totens autênticos, são de cedro. Foi o encontro emocionante com a beleza e o significante da cultura indígena. Passeamos e nos entusiasmamos com tanta história e beleza. Aqui vi também muitas pessoas andando de bicicletas – São 9 km de calçadão.

Às 12h15, atravessamos a Lions Bridge, a ponte dos leões e subimos com um grande teleférico a Grouse Montain, uma das maiores montanhas da região.

       Claudio Garon, jornalista enviado especial a Vancouver, escreveu sobre esta montanha e a vista de Vancouver que podemos ter, a partir dela:

“Vista do alto da Grouse Montain em um dia de sol, a cidade parece ter menos do que os cerca de 1,5 milhão de pessoas que moram em sua área metropolitana. A montanha é uma das principais atrações da cidade. Os visitantes que apreciam o montanhismo podem tentar subir os 1.250 metros a pé. Já os menos esportistas têm a opção do bondinho, inaugurado em 1966”.

       Nós todos subimos com o bonde. O passeio foi ótimo e o bonde, razoavelmente grande, pois abrigou muita gente. A paisagem vista lá de cima é fantástica. Ao chegar ao topo da montanha, vi também lá em cima, que naquele espaço se desenrolam muitas atividades. Entre elas, um show da cultura nativa.

       Todos os esportes estavam ligados a uma cultura que, acima de tudo, possui a árvore e a madeira como fundamentais. Os desafios a que se submetiam os participantes eram muitos: manter-se em pé num tronco dentro do rio, ou desafios de serrar os troncos com mais agilidade, etc.

Lá também pudemos apreciar os ursos em seu habitat sem nenhum perigo, pois eles estavam num local protegido por cercas eletrificadas. Eles ora estavam deitados e ora se movimentavam. 

Mas sempre observados, em seus menores movimentos, pelos participantes da excursão que aproveitavam o momento para fazer fotos. Para a maioria de nós, esta foi a primeira vez que pudemos observar os ursos em seu habitat.

       Outra natureza exuberante e inesquecível foram os pinheiros de diferentes tipos. Na verdade o tamanho de algumas árvores é incrível!

       Descendo da Grouse Montain fomos para outra atividade: conhecer e atravessar a Capilano Bridge, ou ponte Capilano. O rio que corre abaixo desta ponte pênsil também tem o nome de Capilano. Capilano era um chefe indígena e tinha cinco esposas. A ponte Capilano tem 140 metros de comprimento e 70 metros de altura. Neste local nos chamam a atenção as muitas árvores, com 40 ou 50 metros de altura. Foi-nos dito que, quem atravessasse a ponte ganharia um prêmio. Todos os colegas atravessaram este local cheio de beleza e de emoção.

       E, mais uma vez, nós vemos que estas terras foram, por milhares de anos, habitadas pelos indígenas que aqui deixaram o seu nome em diversos lugares. Atravessando a ponte percebemos que no fim dela há todo um preparado de trilhas e locais de lazer para quem quiser passar bons momentos dentro desta incrível floresta com árvores altíssimas. Valeu muito este passeio.

       São 14h e nós novamente partimos. Durante o trajeto Vidal nos informa que, aqui no Canadá, quando alguém compra alguma árvore para fazer casa, tem que plantar três outras. Belo costume!

       Vidal fala sobre diferentes assuntos entre os quais o ciclo do salmão (milhões de salmões sobem o rio Fraiser para desovar e às vezes morrer depois); o pagamento dos trabalhadores (o trabalhador simples ganha 20 dólares por hora e o especializado ganha 40 dólares por hora); os impostos (em Alberta só se paga imposto federal, não há imposto local, pois a província é rica) e sobre as estações do ano (aqui no verão, amanhece às 5h e escurece às 22 horas).

       Hoje, em Vancouver, tudo está em construção.

       As dez províncias do Canadá são autônomas. Tem leis próprias. Somente os três territórios estão sob controle federal total.

       Há duas universidades em Vancouver. A educação é grátis até o segundo grau. A universidade é paga.

       Problemas sociais são muitos em Vancouver e entre eles, a Cracolândia. Cruzamos a Cracolândia. Do ônibus eu observei um jovem, sentado no chão e fumando maconha.

       Estávamos no bairro chinês. O guia nos informou que aqui houve muitos cassinos clandestinos. Os chineses gostavam muito de jogar.

       Neste momento, estamos andamos a pé pelo bairro mais antigo, Gastown. Sobre este bairro leio na Internet:

“Gastown, que recentemente foi condecorado com o valioso ‘lugar histórico do Canadá’ foi o primeiro assentamento urbano nesta remota zona oeste que deu início à primeira colônia chamada Granville, e que em 1886 recebeu o título de ‘cidade já com o nome de Vancouver. Esta cidade do Canadá significa o mesmo que Hollyvood para os Estados Unidos em termos de produção”.

Caminhando por este bairro encontramos como que uma relíquia: trata-se de um relógio sui generis em seu funcionamento.

       A nossa excursão esperou, junto ao relógio, alguns minutos, pois queríamos escutar o seu apito. Por fim apitou duas vezes e, como numa fábrica, soltou, ao mesmo tempo, o vapor. Muito interessante esta relíquia histórica!

       Seguimos com ônibus da excursão e outra atividade interessantíssima nos aguarda: é o célebre “Fly of Canadá”. Fomos comprar a entrada a esse show pela qual pagamos 20 dólares.

       Simplesmente chocante a forma como, ter a impressão de estar dentro de uma asa delta e voar sobre o Canadá, nos faz experimentar momentos únicos e emocionantes. Sobrevoando virtualmente o país, foi possível ver as paisagens mais diversas tendo a impressão de participar em todas as paisagens canadenses, como as montanhas rochosas com seus picos congelados, os lagos verde-esmeralda, voar com os pássaros, ou junto com as cavalgadas dos índios, etc. É simplesmente imperdível esta atividade turística em Vancouver! Inesquecível se tornou pela intensidade das emoções lá vividas.

       Após esta ótima experiência de conhecer o Canadá sobrevoando suas terras, vim andando a pé com alguns colegas de excursão, para o nosso Hotel Georgian Court. Andar a pé também foi uma oportunidade para admirar a cidade e os arredores do hotel. Havia muito movimento de turistas em Vancouver.

       À noite tomei um chá com uma barra de granola e fui dormir. Em geral os colegas de excursão saiam á noite para jantar. Eu que tinha participado de muitas atividades do dia, sentia que precisava descansar. Ao mesmo tempo, á noite não costumo jantar, mas simplesmente me alimentar pouco. Este é o motivo pelo qual eu não acompanhava os colegas para o jantar diário, as mais das vezes.

Dia 13 de agosto – Sábado

       Para o dia de hoje a Plazatur planejou um dia inteiramente livre, mas com a opção de passeio de dia completo para a cidade de Victoria (opcional), com travessia de ferry, incluindo visita aos famosos Butchart Gardens. Levantamos às 7h30 e saímos às 9h30. Vancouver onde estamos é continente. Mas existe a Ilha de Vancouver onde está a cidade de Vitória, a capital da Columbia Britânica.

       Amanheceu nublado. A ilha de Vancouver é hoje uma ilha inglesa, porém, já pertenceu à Espanha! Vancouver foi fundada em 1886! Espanhóis e ingleses lutaram pela posse desta ilha.

Aqui vemos a Ilha de Vancouver ao sudeste do Mapa e a cidade de Vitoria no extremo sul da Ilha de Vancouver. O ônibus que nos levará até o porto, para iniciar a travessia para a ilha de Vancouver é pequeno e o chofer é um filipino chamado Rolando. A Ilha de Vancouver tem 500.000 habitantes e a principal cidade da ilha é a cidade de Vitória, nome este que lhe foi dado em homenagem à rainha Vitória.

       Aqui em Vitória está o prédio do Parlamento. No oeste, a colonização tardia começou somente no século XIX e a Columbia Britânica foi a última província a fazer parte do Canadá. Importa lembrar que a integração territorial é feita por uma rodovia, importantíssima, que liga a região do oeste ao leste: seu nome é Number One.

       Às 11h, tomamos o ferryboat para a Ilha de Vancouver, com travessia de uma hora e meia.

       Perto da ilha de Vancouver há muitas outras ilhas. Vidal dá as suas costumeiras explicações e, eu observo belas casas. Aqui o que se vê são ruas, lagos e logradouros com nomes da família real britânica, começando com o nome da cidade: Vitória. Vejo o nome de uma rua: W. King Eduard.

       Na cidade de Vitória nos espera um passeio onde teremos oportunidade de ver o jardim maior e mais bonito de todo o Canadá ou talvez de todo o mundo: trata-se do “Butchart Gardens”, cuja história é muito interessante:

       Em sua origem este grande e monumental jardim já foi uma mina de calcário. Butchart, que era empregado desta mesma empresa que fora desativada, comprou o terreno! Sua mulher fez dele um jardim.

       O negócio foi tão bem-sucedido que o velho Butchart, já com 91 anos, continua a trabalhar lá ainda como jardineiro. Hoje mais de 100 jardineiros trabalham nesse maravilhoso local. Cada jardineiro tem muitos empregados. Descrever o passeio por este jardim é algo difícil de fazer. São emoções e mais emoções a cada nova paisagem que se descortina diante de nossos olhos. A cada momento somos surpreendidos por novos jardins, novos arranjos de flores em paisagens inesquecíveis. Talvez só o silêncio seja capaz de nos permitir penetrar fundo nesta maravilha da natureza e do trabalho criativo de tantas pessoas envolvidas. Como atração turística internacionalmente conhecida, “The Butchart Gardens” recebe diariamente milhares de turistas.

       Vale a pena conhecer este local!

       Após a saída do Butchart Gardens, passeamos pela linda cidade de Vitória e com Glória, minha colega de quarto, percorremos uma pequena feira. Lá conversei com uma brasileira que vendia artesanatos que ela mesma fazia. A brasileira vendeu-me uma linda mandala “Summer” por quatro dólares.

       A cidade de Vitória, capital da Columbia Britânica, é uma das mais lindas cidades do Canadá. Passeando pela cidade, entrei no Fairmont Empress Hotel e valeu a pena conhecê-lo. Observei a sala do chá em grande estilo, repleta de turistas, as lojas de marca, as decorações interiores, etc.

       Na internet algumas explicações:

“O The Fairmont Empress Hotel (Hotel Fairmont Imperatriz, em português, mais conhecido por The Empress ou O Imperatriz) é um dos mais famosos e antigos hotéis de Victoria, Colúmbia Britânica, Canadá. Localizado na Government Street, em frente ao porto, tornou-se um ícone da cidade. Abriu suas portas em 1908. O Hotel tem 477 quartos, a maior parte deles com vista para o porto ou para os jardins do pátio do Hotel. Tem 4 restaurantes incluindo o The Bengal Lounge, decorado em estilo vitoriano-indiano colonial (quando Vitória era a Imperatriz das Índias) ou o Kipling’s, chamado assim devido a um cliente frequente”.

       Gostei muito de conhecer este imponente hotel e, perto do hotel visitei outros pontos importantes da bela cidade.

       Na saída de Vitória passamos , de ônibus, por um parque importantíssimo: trata-se do Beacon Hill Park.

       Tenho um texto da internet sobre sua importância. Mas quem quiser conhecê-lo em imagens basta acessar a Internet e se maravilhará com tanta diversidade e beleza.

“O Beacon Hill Park é um parque urbano de 75 ha ao longo do Estreito de Juan de Fuca, na cidade de Victoria, Canadá. O parque é muito famoso, tanto entre turistas como entre locais, e contém caminhos à beira-mar e no bosque do parque, um playground, campos de jogo, um pequeno zoo, e vários jardins. Foi originalmente transformado em área protegida por Sir James Douglas, governador da colónia da Ilha Vancouver em 1858. Em 1882 foi oficialmente transformado num parque urbano da Cidade de Victoria, e foi-lhe dado o presente nome. O nome deriva de uma pequena colina, perto do estreito, onde outrora houve faróis (beacons). A colina é culturalmente importante, sendo que foi um sítio de enterro das Primeiras Nações”.

       O parque contem uma infinidade da fauna e da floras nativas:

“Embora muito do parque tenha sido transformado em jardins e campos de jogo e ocupado com vários edifícios, muita da flora nativa foi preservada. O carvalho de Garry, arbutus, pseudotsuga, o cedro vermelho do oeste, camassia, trillium, symphoricarpos, a uva do Oregon e uma espécie de lírio ainda sobrevivem no parque. Muita da fauna original foi extirpada pelo desenvolvimento urbano, mas guaxinins, doninhas,esquilos, tâmias e uma grande variedade de pássaros são ainda vistos por lá. Nas lagoas do parque persistem os cisnes, tartarugas, patos e as garças azuis.

O parque é também conhecido por alguns fatores de influência humana. O mais famoso é o quarto mais alto totem do mundo, um trabalho de 38,8 metros feito pelo artesão Kwakiutl Mungo Martin e erigido em 1956”.

       Neste parque, vejo a estátua de um rapaz sem perna. Nosso guia nos informa que o rapaz sem perna percorreu toda Number One para levantar fundos contra o câncer. Infelizmente, não consegui saber o nome deste herói.

       Outro dado a observar aqui em Vitória, entre tantos outros, como a existência de inúmeros museus,parques, jardins, escolas, universidade, igrejas, edifícios públicos etc, é o bairro chinês. É o mais antigo e muito bem conservado. Como já foi escrito, os chineses vieram trabalhar neste local, no início do século XIX, com a promessa de que poderiam se estabelecer aqui. Assim fundaram o Chinatown. E mais tarde,quando Hong Kong voltou para a China teve imigração de Chineses para o Canadá. Nem queriam saber quanto custavam os imóveis, nos informa Vidal.

       Depois desta rápida passagem pela bela Vitória, tomamos o ferry boat que nos levou a Vancouver. Chegando ao porto de Vancouver, o ônibus que nos trouxe do ferry boat para o nosso hotel foi o número 413 e lá estava nos esperando.

       O que me ficou na lembrança neste dia, foi o perfume e a beleza das flores, tanto no Butchart Gardens, quanto nas lindas flores que enfeitam as ruas da cidade de Vitória.

       Chegamos às 9h, no nosso hotel. O dia foi excelente e por fim, descansei, muito feliz por tudo o que tinha admirado neste dia!

Dia 14 de agosto – domingo

       Este é o domingo dia dos pais. Levantei mais tarde e às 9h deixamos as malas para fora do quarto.

       Saímos do hotel às 11h.

       Hoje começaremos o Cruzeiro ao Alaska (USA) Estados Unidos.

O Alasca

       O Alasca, que é um dos 50 estados dos Estados Unidos, foi o segundo destino desta excursão. Nossa viagem de Cruzeiro se ateve ao sudeste do Alasca chamado também de Inside Passage (passagem interna) que é um longo e estreito conjunto de ilhas e canais entre o Oceano Pacífico e as montanhas costeiras do Canadá. Como vemos no mapa, a outra parte do Alasca fica mais perto da Rússia.

       O Alasca, antigamente, uma região da Rússia, passou a pertencer aos Estados Unidos em 1867, quando o secretário de Estado Seward a comprou por 7.200.000 dólares (menos de um cent por hectare). Foi denominada de “a loucura de Seward”, até a descoberta do ouro, 30 anos depois.

       É um país verde coberto com diversas espécies de grandes e majestosos pinheiros. Aqui sua madeira é usada nas construções e, também, especialmente, exportada. No inverno os pinheiros suportam a neve. O formato do pinheiro é especial, para que a neve não se concentre no alto desta árvore, danificando-a.

       No Alasca há diversos glaciares! Atualmente, alguns perdem, pouco a pouca, suas neves eternas, e, muitas vezes se reduzem e apresentam, em grande parte de seu total, infelizmente, montanhas escarpadas e desnudas. O Alasca é uma terra de muita água e muitos animais marinhos e silvestres. O que mais nos chama nossa atenção é um território coberto do verde de majestosos pinheiros.

       Aqui vale o dólar americano, com um preço maior do que o dólar do Canadá.

Às 12h, fomos ao porto de Vancouver para embarque, no navio Infinity, da “Celebrity Cruises”, em Cruzeiro pelo Alaska. Entramos no navio às 13h30 e logo fomos para o almoço. 

A entrada no navio deu-se como esperado. O quarto ou cabine para duas pessoas estava ótimo. E nós começamos a nos familiarizar com o navio em seus diferentes compartimentos. É sempre muito empolgante entrar num navio e saber que vamos ficar uns sete dias, sem precisar arrumar malas.      

       A rotina no navio é minha conhecida, pois já tive a oportunidade de fazer diversas viagens de Cruzeiro. No navio há possibilidade de fazer inúmeras atividades como: ver shows, dançar, usar a piscina, conhecer e conversar com pessoas, ir a um restaurante à la carte ou ao buffet, admirar exposições de arte, andar no convés do navio, fazer ginástica , ir ao salão de beleza, ou á biblioteca e, acima de tudo, encantar-se com a observação da paisagem externa como as geleiras, o mar e as montanhas.

       Após almoço fui dormir. Esse é um costume que tenho de longa data e que me faz muito bem, por isso continuo a dormir após o almoço sempre que posso.

       A noite deste domingo, primeiro dia no navio, fomos jantar à la carte. Pedi sopa Taylandeza, ou seja, sopa de coco e salmão com verduras. Muito gostosa. Como sobremesa sorvete. Marília, a proprietária da excursão, fez fotos: eu estava vestida com calça preta e blusa de seda vermelha. Todos os colegas capricharam na vestimenta, para estarem, com grande número de turistas de todo o mundo, neste ambiente bastante bonito e sofisticado.

Dia 15 de agosto – segunda-feira

       Neste dia tomamos café às 9h30. Com Glória, minha colega de quarto, durante o café, falamos com um casal do México. Depois fomos para a loja do navio onde estavam expostos especialmente relógios. No navio, há também sempre possibilidade de fazer compras e, às vezes, boas compras de coisas diferentes das usuais. Há produtos interessantes que o navio oferece. De minha parte, durante o Cruzeiro, comprei pouco, mas gostei do que comprei.

       Às 11 h havia uma atividade onde cabeleireiros expunham diferentes e atuais maneiras de tratar o cabelo. Fui almoçar às 12h30. À noite está programado o jantar com Esporte Chic.

Dia 16 de agosto – terça-feira

       Às 15h chegamos em Huna Tlingit que é o portão de entrada para a Ilha Chichagof. Saímos da ilha às 22h. Aqui é possível conhecer a rica cultura da região, a natureza selvagem e as maravilhas do Parque Nacional da Baía Glacial. Também há uma visita gratuita ao museu, no complexo da fábrica de enlatados, construída em 1912.

Dia 17 de agosto – quarta-feira

       Chegamos ao Hubbard Glacier Alaska, USA. Navegando das 10h30 às 14h30. Assim é a descrição da Plazatur. “É a mais longa geleira no Alasca. A visão do glaciar ou “glaciar azul” impressiona tanto pela dimensão quanto pela massa imensa de gelo. Um dos mais belos pontos turísticos que a natureza nos apresenta. A riqueza das formas, as diversas camadas de gelo, a multiplicidade de azuis, cinzas e brancos proporcionados pelo reflexo do sol e do céu são impressionantes. O show do Hubbard são pedaços enormes de gelo que se desprendem da geleira e caem, às vezes, de 30 m. de altura, batendo na água com um trovão e levantando ondas que chegam a quebrar na praia”.

Dia 18 de agosto – quinta-feira

       Desembarcamos em Juneau às 7h30. Estava chovendo e mesmo assim, passamos pelas lojas adjacentes ao porto. Todas preparadas para atender os turistas.

       A cidade de Juneau, no sul do Alasca, foi o lar de pescadores nativos americanos, mercadores de peles europeus e garimpeiros americanos. Hoje, uma liberal capital estadual, é a base perfeita para uma jornada pela linda natureza do Alasca, seja para pescar, remar ou deslizar em um trenó de cães nos parques, observar baleias no Icy Strait ou escalar uma geleira no Campo de Gelo.

A rua principal é a South Franklin St, que reúne alguns dos edifícios e casas mais antigos da cidade, hoje convertidos em restaurantes, lojinhas e joalherias.

       Às 11h voltei ao navio, pois os pés estavam doendo muito e eu havia trazido roupa demais. A temperatura prevista era 17 graus, no mínimo e 19 graus no máximo. Deixei tudo no quarto. Depois fui almoçar e em seguida descansei até as 14h. Após este descanso, saímos eu, Glória e Catarina com um pequeno ônibus para fazer um passeio pela cidade ao preço de 25 dólares. O simpático motorista nos levou a passear pela cidade e por fim , para um lugar muito bonito, um lindo Deck entre pinheiros. O local estava muito bem preparado e de lá podíamos ver os diversos navios ancorados. Lá fizemos diversas fotos com uma paisagem lindíssima.

       Na volta eu fiz uma visita à biblioteca da cidade. Local muito bonito, agradável e completo. Lá pude acessar ao Wifi e me comuniquei com meus sobrinhos João Luiz, Carla, Sabina, minha família, e também com Maurício e Margareth.

       No caminho de volta, entrei novamente, nas lojas e comprei um lindo canivete tipo suíço, para meu sobrinho David. Após, entrei no navio, tomei banho e coloquei a blusa cor-de-rosa. A janta, à la carte, foi às 20h30, com todas as pessoas da excursão. Eu pedi vinho e como entrada, bolinho de caranguejo apimentado e muito gostoso. Também salmão assado e como sobremesa sorvete com cereja.

Dia 19 de agosto – sexta-feira

       Chegamos à cidade de Ketchikan às 14h.

       Ketchikan, tem como atividade principal o turismo e a pesca que é excelente. Capital do salmão, é um centro de pesca esportiva e abriga também uma coleção de totens. A temperatura prevista foi a Min. 10º / Máx.17º.

       A cidade Ketchikan foi fundada em 1868 . É a quinta cidade mais populosa do Alasca. Ela possui 3.731 residências. Ketchikan originou-se de uma salina de peixe indígena, mas o crescimento da cidade se deu quando ela se tornou base de suprimento e porto de entrada para mineiros em 1898, durante a Corrida do Ouro até Klondike. Muito do passado pitoresco da cidade ainda está em evidência, principalmente nas vilas indígenas vizinhas, onde foi possível ver coloridos postes de totem esculpidos.

       Desembarcamos do navio e fizemos um pequeno caminho entre casas das Primeiras Nações. Fiz uma foto diante de uma casa. Quase não vi pessoas por lá. Em seguida, esperamos por um ônibus que nos levou adiante, em pequenos grupos a uma vila que preserva as tradições das Primeiras Nações. Chegando a este lugar, admirei-me ao ver, diversas igrejas pentecostais. Isto parecia que destoava , mas certamente, seria preciso ficar mais neste local para entender toda a história. Gostaria de ter sabido também sobre a conservação da própria cultura indígena.

       Na chegada à comunidade chamou-me atenção, também, um local reservado, coberto, porém aberto, onde um homem estava esculpindo um grande totem. Não me foi permitido adentrar a este espaço. Foi interessante verificar este gesto do artista esculpindo o totem. Era quase como um ritual! Andando pela aldeia vi pequenas lojas com artesanato. Não houve oportunidade de falar com ninguém nesta rápida passagem por esta aldeia. O ônibus que nos trouxe, passou por aqui em tempo determinado e, pouco a pouco foi levando toda a excursão para o navio. E assim deixamos a cidade de Ketchikan.

Dia 20 de agosto – Sábado

       Nosso navio navegou o dia inteiro através das águas da Inside Passage. Fizemos diversas atividades no navio. Diversas e boas refeições e nos preparamos para no dia seguinte, desembarcar.

Dia 21 de agosto – domingo

       Às 7h, terminou o Cruzeiro! Desembarcamos às 10h do Navio Celebraty e saímos do porto de Vancouver, em ônibus privativo, com destino a Sun Peaks . Nosso guia Vidal nos informa que amanhã vamos cruzar uma das regiões mais belas do Oeste canadense. Trata-se das Montanhas Rochosas. Seu ponto culminante é o Monte Robson.

       Um dado interessante me chama a atenção quanto à mudança de nome destas cordilheiras, de acordo com as regiões por onde passam. Elas nascem em Yukan, entram nos Estados Unidos com o nome de Rocky Mountain (Montanhas Rochosas) e no México como Serra Madre, ficam mergulhadas e se levantam com o nome de Andes, na América do Sul.

Nosso guia fala sempre com muita ênfase sobre um famoso rio, o rio Fraser que margeamos no início desta viagem de hoje. Na verdade, esta visão do rio, no mapa ao lado, nos mostra que é um rio muito extenso, importante, muito caudaloso e com muitos afluentes.

       O rio Fraser está localizado completamente dentro da província Colúmbia Britânica e com seus 1370 km de comprimento, é o rio mais longo. Sua nascente localiza-se nas Montanhas Rochosas. Desemboca no Oceano Pacífico e o delta do rio abriga a região metropolitana de Vancouver. O nome do rio é uma homenagem ao explorador e comerciante de peles Simon Fraser, que liderou uma expedição em 1808 para a companhia, do noroeste do local do atual Príncipe George até a foz do rio.

       Quanto aos salmões há uma diferença quanto ao defeso entre americanos e canadenses: Os canadenses têm o tempo de defeso e os norte-americanos não tem este tempo de respeito á conservação da vida dos salmões.

       Um dado importante aqui no Canadá é o número de parques nacionais importantes. Senão vejamos:

Grand Teton.

Parque Nacional Banff

Parque Nacional Jasper

Parque Nacional Kootenay

Parque Nacional Waterton Lakes

Parque Nacional Yoho

       Nós vamos percorrer dois destes parques: o parque nacional de Jasper e o parque nacional de Banff. Primeiro parque nacional do Canadá, o Parque Nacional de Banff é patrimônio da humanidade, tombado pela Unesco em 1985. O Parque possui 6,6 mil km² de área, cenários de tirar o fôlego, estação de esqui, passeio de barco, passeio de trenó e muitas outras atrações. É visitado por cerca de 4,5 milhões de pessoas anualmente, nas quatro estações do ano. No verão, a luz do dia se estende até as 23 horas. Fica nas Montanhas Rochosas canadenses, província de Alberta.

       Estou muito ansiosa por poder atravessar as Montanhas Rochosas. O guia nos fala sobre os Rangers, guardas-florestais, que são a maior autoridade nos parques. Eles frequentam a escola durante cinco anos. São muito bem preparados para exercerem a sua missão, que é preservar e proteger a fauna e a flora do local e também proteger os turistas que por aqui passam e aqui fazem diferentes esportes.

       Vidal nos fala dos ursos. Eles hibernam. Os ursos têm livre trânsito pelos parques e muitas vezes também nas cidades. Tanto que, nas cidades, os locais para colocar o lixo tem uma tampa especial, para que os ursos não as possam abrir. Isso eu pude ver, mais tarde, na charmosa cidade de Banff, onde os locais para colocar lixo, estavam em muitos pontos da cidade, aparelhados desta forma. Os ursos aparecem nas cidades, mas não podem revolver o lixo!

       Minha atenção é plena. Uma das paisagens recorrentes foi ver a madeira descendo o rio. Aqui no Canadá há muita abundância e muito comércio de madeira. E em todas as construções que vi, admirei sempre a madeira maciça, que foi usada, e que dá à construção, um aspecto de força e firmeza que agradam ao nosso olhar.

       Nesta viagem, à direita, vejo muitos campos de Golf. Aqui, este esporte é muito praticado. As lindas paisagens apreciadas no trajeto da Number One que percorremos, se sucederam. Esta importante via permanece livre no inverno, pois é a única, como já foi dito, que o governo tem a obrigação de limpar, tirando-lhe a neve que a cobre abundantemente.

       Agora vejo uma grande região de pinheiros pequenos que podem ter até oitocentos anos, nos assegura o guia. Depois vejo lugares onde há água em grande quantidade, esguichando sobre as plantações.

       Ao lado da estrada Number One, existe uma ferrovia paralela com 8 mil quilômetros de comprimento. Os trens são imensos e carregam containers que são exportados para a Ásia e a América.

       O Canadá é, também, rico em hidroelétricas. Aqui a energia é muito barata.

       Sempre novas paisagens. Às 11h05 fizemos uma parada técnica, num lugar que tinha muitos moto-homes. Lá havia muitas mesas no exterior.

       Continuando nossa viagem, paramos no Distrito de Hope, onde almoçamos. Hope está localizada a 145 km a leste de Vancouver. É um distrito com uma cidade pequena e muito bonita. Era um lindo domingo de sol. Almoçamos num restaurante popular e após o almoço passeei na praça da cidade com Marilina, colega de excursão. Aqui, neste dia ensolarado, observei um lindo espetáculo: as famílias fazendo piquenique, músicos tocando, muitas crianças brincando e muitos brinquedos à disposição de todas as crianças.

Perto da praça, um grande relógio! Lá fizemos fotos. Nossos olhos veem lindas paisagens ao sopé das montanhas com os seus picos nevados.

       Partimos de Hope às 13h. Está ventando muito. Vidal fala dos ursos. Na primavera acasalam e no inverno amamentam.

       Vidal fala das passagens para os animais atravessarem a estrada. Elas são cobertas de verde, e são frequentes. Estas passagens são construídas, às vezes, acima e, às vezes por baixo das pontes.

       Às 16h10 saímos da Number One para ir para Sun Peaks, que é uma estação de ski. Lá necessitamos muito protetor solar.

       Aqui perto de Sun Peacks, vi que todos os postes de luz foram feitos de troncos de pinheiro. Aqui há também muitos haras. Certamente se criam cavalos e se pratica o esporte com equinos.

       Perto do nosso hotel muitas pistas de sky que estavam verdes. Vejo também muitíssimas torres de transmissão de energia. Os helicópteros conduzem os técnicos que atendem as redes elétricas na floresta.

Finalmente chegamos ao Hotel Sun Peaks, que fica num círculo de construções ao lado de outros prédios semelhantes. Os funcionários nos esperam com chá quente. Este gesto carinhoso é muito valorizado por nós. 

O quarto é ótimo e muito espaçoso. Após colocarmos as malas no quarto, Glória e eu saímos para dar uma volta. Ao fundo, passamos por uma linda fonte, num jardim florido. Depois passamos numa pizzaria, onde comemos um pedaço de pizza por 5 dólares. Vi alguns carros pequenos carregados com tacos de golf.

Dia 22 de agosto – Segunda-feira

       Neste dia tomei café da manhã, tipo buffet americano, no hotel. Amanheceu frio e chuvoso! Saímos às 08h30. Hoje chegaremos em Jasper (lá passaremos uma noite) e, depois, ficaremos duas noites em Banff. A última cidade de nossa excursão será a cidade de Banff, na província de Alberta.

No caminho passaremos nas vilas de Blue River, Clear Water e Valemount. Na chegada, nos hospedaremos no Hotel Sawridge. O mapa ao lado nos dá uma visão do trajeto que faremos. Veremos, ao longe, o Monte Robson que tem 4000 metros de altura. Percorremos a number One.

       Os rios e os lagos são abundantes no nosso caminho. O rio Atabaska nos acompanha na subida e se une ao rio Fraser. Todos estes rios nascem no glacial. Na verdade, muitos glaciais estão recuando. O único glacial que cresce é o do Monte Robson. O trem acompanha a estrada. O rio está em baixa. Na primavera, por causa do degelo, os rios estarão mais cheios. Na verdade, há uma característica dos rios que tem sua origem nos glaciais: eles nunca secam.

       Vi, neste caminho, à esquerda, pequenas fazendas e propriedades de milho, abricó e pêssego. Também vi rebanho de ovelhas. Observei, também, muita verdura sendo aguada, à direita. Também trabalhadores e máquinas que viram a terra e a molham com a mangueira para aumentar a estrada.

       O Canadá é um país de três oceanos, de 2 milhões de lagos e de milhares de rios. Além disso é o maior exportador de madeira para o mundo. Vi muito feno estocado nos ranchos. À esquerda, vi um rio como um encanto: totalmente verde.

       A Number One cruza duas cadeias de montanhas. À esquerda, grandes trens. Observei, também, muitos moto-homes.

       A próxima cidade que encontraremos tem o nome de Clear Water.

       Às 10h45 partimos, novamente, após uma parada técnica. Neste local havia restaurante e diversas lojas. Senti que o frio estava aumentando e, sabendo que iríamos adentrar um glacial, aqui comprei roupa: um pulôver preto, casaco de lã creme com nome Canadá, para o frio que vai ser intenso daqui para frente. Aproveitei também para comprar um lenço com o desenho de muitas folhas de Maple de cor alaranjada. A cor alaranjada é minha preferida. Com as folhas do maple então, fica irresistível. Estes casacos me ajudaram a enfrentar o frio da geleira. Gostei demais!

       O frio no glacial vai ser muito forte. Já estamos nas Montanhas Rochosas. A cidade de Blue River ( Rio Azul) fica a 39 quilômetros. Perguntam: Por que o glacial fica azul? Porque perde oxigênio, foi a resposta. Chegamos à cidade de Blue River ainda na província da British Columbia.

       Nosso passeio segue e em 25 minutos chegamos à sede do Monte Robson que, infelizmente, estava com seu cume coberto pelas nuvens. Só pudemos olhá-lo de longe.

       No restaurante, onde fizemos uma parada ao meio dia, almocei uma salada verde com queijo, salmon e uma garrafa de laranjada. Comprei um presente para o meu sobrinho-neto, Francisco.

       Às 14h30 horas Vidal nos diz que , em pouco tempo, entraremos na província de Alberta e o horário será adiantado em uma hora. No caminho, os lagos se sucedem e seus nomes denotam sua cor característica. Observei o Lago do Alce Verde, lago imenso todo verde, e, ao longe, uma cachoeira. À direita, marrecos selvagens. Passamos também pelo Lago Amarelo.

       Aqui alguns dados da internet:

“O Parque Nacional Jasper é o maior e mais setentrional parque nacional canadense nas Montanhas Rochosas. Está localizado na província de Alberta ao norte do Parque Nacional de Banff e ao oeste da cidade de Edmonton, abrangendo uma área de 10.878 km². Tem uma vasta vida selvagem no qual incluem ursos, alces, veados, cougars, carneiros das montanhas, coiotes, renas, caribus, entre outros. No parque situa-se a mais alta montanha de Alberta, o Mt. Colúmbia. Além das montanhas, florestas, plantas e da vida selvagem, encontramos no parque as geleiras do Columbia Icefield, fontes termais, lagos, quedas d´água, trilhas (mais de 1.200 km) e inúmeras outras atrações naturais. Além disso, grandes rios se originam no parque, como o Rio North Saskatchewan, o Rio South Saskatchewan e o Rio Colúmbia. O parque foi fundado em 1907 como uma reserva federal, e, em 1984 o parque foi declarado patrimônio mundial pela UNESCO, acompanhado de outros três parques nacionais canadenses das Montanhas Rochosas: Yoho, Banff e Kootenay, e é um dos pontos turísticos mais visitados no Canadá.O nome ‘Jasper’ origina-se de ‘Jasper Hawes’, um antigo comerciante da região”.

       Às 16h10 entramos na província de Alberta e no parque nacional Jasper. Chegamos ao hotel Sawridge Inn às 17 horas. Um hotel muito bom, com linda arquitetura. Conheci as piscinas, muito bem organizadas, para atender com segurança a todos os hóspedes. Os quartos ótimos. Meu quarto e da Glória é o do número 121. Daqui, fomos com o táxi, do hotel para o centro. Lá entramos em lojas, onde comprei algumas lembrancinhas, entre elas, seis lápis com a bandeira do Canadá. Foi pouco tempo que ficamos aqui neste lindo hotel.

Dia 23 de agosto – Terça-feira

       Café da manhã, buffet americano. O dia de hoje nos reserva diversas atividades muito interessantes.

       Pela manhã, saída com destino a Banff, pela estrada cênica. No caminho faremos uma parada para o passeio em Snowcoach, um ônibus especialmente construído pela NASA que anda sobre gelo. Também veremos a nova atração das Montanhas Rochosas: uma passarela conhecida como “Skywalk”. Continuaremos até o belíssimo lago Louise, um dos lugares mas fotografados do Canadá. Hospedagem no Brewster’s Mountain Lodge.

       Levantamos às 6h30, tomamos café e saímos às 8h30.

       Estamos dentro do Parque Nacional de Jasper. O frio é muito intenso. Ainda bem que já tinha comprado casacos quentes no último local onde fizemos a parada técnica. Passamos pela Maria Fumaça, o trem que fez a primeira viagem oeste – leste. As nuvens estão densas e o sol tenta romper essas nuvens. Os trens passam por uma ferrovia acima de nós. Durante o percurso, vemos diversas placas anunciando ursos – perigo.

       A minha esquerda, vejo lindo rio, cheio de pedras. Este espetáculo de ser surpreendida, a todo o momento, com a visão de maravilhosas montanhas nevadas, rios que correm ao nosso lado, lagos azuis e esverdeados e florestas verdes, é muito reconfortante. Imagino como estas paisagens paradisíacas não enriqueceram a vida das Primeiras Nações que aqui viveram muitos milhares de anos. Hoje, enriquecem a vida dos turistas que tem o privilégio de passar por aqui e observar tanta beleza natural!

       Agora gansos selvagens (15 ao todo) passam pela estrada. Eles estão migrando para o sul. Não ficam aqui durante o inverno. Estamos chegando no Icefields. Para entrar no Icefields é preciso licença. O guarda faz sinal positivo e o ônibus passa. Esta rua se chama Icefields way. Não há cerca. É preciso cuidado com os animais, pois aqui, sua conservação é fundamental. Eles têm a primazia.

       Estamos no alto e vamos descendo, vendo os pinheiros e os rios lá embaixo. À minha frente, os morros nevados. Dois picos e muito mais montanhas com neve. Vejo, também, a minha esquerda, montanhas totalmente desnudas e peladas pela neve que já deslizou de suas escarpas. Vidal fala da reintrodução dos lobos após alguns estudos científicos.

       O entendimento que tive foi que com a matança geral, os lobos foram extintos. Outros animais também já tinham sido extintos em diferentes partes do mundo. Por exemplo, em 1920 , foi extinto o tigre da Tasmânia.

       No caso dos lobos, no Canadá, sua extinção causou uma grande desordem na natureza. A ausência do efeito “medo”, que alguns animais tinham dos lobos, fez com que estes animais se aventurassem em locais abertos e devorassem plantas novas que antes eram respeitadas. Com a reintrodução dos lobos volta a antiga ordem: os pássaros e outros animais voltam ao parque. Achei muito interessante conhecer mais este fato que demonstra que a natureza é sábia e precisa ser respeitada. Vejo um lindo rio á nossa esquerda. São 9h10.

O glacial que vamos ver é a confluência de três glaciais. O nome do passeio é Columbia Icefield Glacier Adventure.

       Columbia Icefield está localizado no Parque Nacional de Jasper. Aqui vamos fazer uma experiência que nunca mais será esquecida. Numa geleira especial chamada Athabasca, nós turistas , junto com muitos outros mais, do mundo todo, vamos embarcar em grandes veículos, subir até a geleira e pisar num gelo de 300 metros de espessura, formado há milhares de anos.

       O primeiro trajeto de ônibus é rápido e só dura cerca de 10 minutos. Ao final, entra-se em um novo veículo, próprio para as atividades na neve.

       Realmente foi impressionante, nó, estarmos dentro de uma geleira, tomando todo o cuidado para que o gelo escorregadio, abaixo de nossos pés, não nos fizesse cair. Tomamos água da geleira e fizemos muitas fotos.

 

Aqui, nesta foto estou com toda a turma.
E nesta com minha colega de quarto Glória. Muito grande a emoção de viver este momento, único para nós.

       Daqui nós compramos um passeio. Mais tarde, vamos partir para admirar o mirante chamado Sky Walk.

       Nesta terra de muitos glaciais, milhões de lagos e de rios, o rio Athabasca é um rio do Canadá que se origina no campo de gelo Columbia no Parque Nacional Jasper. Estende-se por 1231 km desde o sopé do campo de gelo Columbia até o Parque Nacional Wood Buffalo, terminando no lago Athabasca. O nome Athabasca é originário da tribo nativa americana Cree e significa “onde há plantas”.

       O Honneymoon Lake – lago da lua de mel — entra à esquerda uma estradinha. Agora estamos margeando o rio Atabasca. À minha esquerda morros nevados. Poucos carros na estrada. Vidal começa a falar sobre a reprodução dos diversos animais. Cada animal tem seu jeito. Os felinos e os grandes animais não ficam juntos. As aves ficam. Os lobos não hibernam. Durante o inverno eles caçam. Passo por uma guarita e a informação que recebo é que caso exista algum problema, a guarita fecha imediatamente.

Vemos um Caribus que é um veado com cornos. Aqui ficamos sabendo a diferença de cornos e chifres: o chifre cai e nasce de novo. O corno não cai, porque é osso. No deserto há Onix que é branco, com chifres finos e longos.

       Estamos margeando o rio Atabasca. Como estes rios nascem nos glaciais com as neves eternas, eles sempre estão com abundante água e nunca secam.

       O lago Bohl nasce na glaciação Bohl e forma o rio Bohl. É assim que os rios se formam aqui a partir dos lagos e dos glaciais.

Às 9h45 partimos para fazer o passeio chamado Glacier Skywalk, onde podemos caminhar por uma plataforma de vidro projetada para fora de uma montanha. A vista das Montanhas Rochosas ao seu redor e aos seus pés é esplêndida.

       Aqui paramos e tivemos o prazer de conhecer este maravilhoso mirante chamado Sky Walk. É uma passarela de cristal, de onde se vê abaixo os pinheiros. É muito interessante este mirante, feito na montanha com a vista do precipício aos pés dos turistas que observam a incrível beleza deste lugar. Foi muito bom poder conhecê-lo.

       Continuamos a nossa viagem até o maravilhoso e verde Lago Louise.

       Aqui abaixo mais explicações da internet:

“A história do Lake Louise está entrelaçada com a história do Canadá. Entre os anos de 1881 e 1885 aconteceu a construção da Canadian Pacific Railway, estrada de trem que liga o Oeste e o Leste do Canadá,construída com o intuito de unificar o pais. A construção foi tranquila no trecho Leste, porém na região Oeste de montanhas rochosas e muita neve, vários trabalhadores morreram e os custos ficaram altíssimos. Os engenheiros e responsáveis pela obra estavam desanimados pois os gastos estavam sendo absurdos. Foi ai que um ‘milagre’ aconteceu. Um grupo de trabalhadores da Canadian Pacific Railway encontraram-se com um grupo de índios locais que falaram sobre um “local mágico de água escondido no vale da montanha”. Ao chegar lá este grupo de trabalhadores se espantou com a beleza do local e batizaram o lago de Esmeralda, devido a cor de suas águas. Em 1884 o nome do tal lago mágico foi mudado para Lake Louise. Em 1890 a Canadian Pacific Railway construiu a primeira cabana modesta no local e o Lake Louise começou a receber seus primeiros turistas. Porém, foi em 1913 que o Chateau Lake Louise foi construído e aberto somente nos verões. Foi em 1982 que ele virou um hotel/resort anual (verão e inverno”).

Este maravilho lago fica no parque nacional de Banff”.

       O lago Louise recebeu este nome em homenagem a princesa Louise, do Reino Unido, que foi a quarta filha da rainha Vitória.

“A rainha Vitória do Reino Unido (1819-1901) Casou-se com o seu primo direito, o príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota, em 1840. Os seus nove filhos e vinte e seis dos seus quarenta e dois netos casaram-se com outros membros da realeza e famílias nobres por todo o continente europeu, unindo-as entre si, o que lhe valeu a alcunha de ‘a avó da Europa’. Os reis atuais de Reino Unido, Espanha, Suécia, Noruega, Dinamarca, Grécia e Roménia estão entre seus descendentes.”

       Viajando por estas incríveis paisagens, chegamos, finalmente, à cidade de Banff e nos hospedamos no Brewster’s Mountain Lodge.

Dia 24 de agosto – Quarta-feira

       Houve um café da manhã, no hotel, e em seguida saímos. Realmente conhecer a cidade de Banff foi uma grande surpresa. É uma cidade encantadora. As fontes de águas termais são o ponto forte para os turistas do país. Foram elas que, quando encontradas por trabalhadores que faziam uma estrada na localidade, tornaram a cidade famosa e com predisposição para descanso.

       A cidade de Banff, na província de Alberta, fica a quase 135 quilômetros de Calgary. É um dos destinos de férias preferidos dos canadenses.

       O Parque Nacional de Banff, com seus mais de 6.000 Km², é patrimônio da UNESCO, é onde se concentram os principais atrativos da região. Criado em 1885, foi o primeiro Parque Nacional do Canadá.

       Aqui tivemos a oportunidade de fazer diversos passeios. Subimos a montanha Sulphur, de bondinho. Na base, há uma ótima infraestrutura. Havia grande quantidade de pessoas esperando, pacientemente, a sua vez de subir. São muitíssimos bondes, talvez mais de 30, que um após outro, rapidamente, carregam quatro pessoas e sobem a montanha. E, assim, com mais três pessoas eu também subi. Chegando no alto, nos esperava um lindo lugar, com uma vista muito especial de Banff. Com restaurante, museu e vista para mais uma subida de montanha. Há muitíssimos turistas, de todas as partes do mundo, envolvidos neste passeio. Foi uma espetacular atividade em Banff.

       Às 11h30 fomos para o hotel.

       Aproveitei a tarde livre e saí com a colega de excursão, Catarina. Passeamos pela cidade de modo geral. À tarde estava muito agradável e o sol brilhava, com algumas nuvens brancas, onde nos espiava um céu azul de brigadeiro. Aqui a natureza estava belíssima, como mostram as fotos!

        Neste passeio por Banff, fomos conhecer o museu do indígena Canadense. Muito completo, mostrando a vida das Primeiras nações. Lá pudemos ver animais, obras de arte, lojas etc.

Dia 25 de agosto – Quinta-feira

       Este foi nosso último dia no Oeste do Canadá. Um Oeste que se tornou inesquecível tal foi a intensidade das emoções.

       Neste dia partimos para a cidade de Gálgary que fica a 142 km de distância. Como só entramos no aeroporto, trago aqui algumas informações e foto sobre esta linda cidade.

“Calgary é terceira cidade mais populosa do Canadá, a mais populosa da província de Alberta, e a quinta região metropolitana mais populosa do país. Localiza-se no sul da província, a cerca de 80 quilômetros a leste das Montanhas Rochosas. Sua população é de 1096833 habitantes, no censo de 2011, e a população da região metropolitana é de 1 214 839 habitantes. Fundada em 1875, Calgary é atualmente um centro financeiro e comercial, onde estão localizadas as sedes das principais empresas petrolíferas do Canadá, a economia de Calgary inclui atividades que abrangem os setores de energia, serviços financeiros, cinema e televisão, transporte e logística, tecnologia, manufatura, aeroespacial, saúde e bem-estar, varejo e turismo. Em 1988, Calgary tornou-se a primeira cidade do Canadá a sediar os Jogos Olímpicos de Inverno”.

       Mesmo sem conhecer a cidade de Galgary, conhecemos seu aeroporto e de lá saímos às 14:10 h, chegando a Toronto, no extremo leste após três horas e quarenta e três minutos de vôo. De lá regressamos ao Brasil, às 23 h, pela AIR CANADÁ.

Dia 26 de agosto – Sexta-feira

       Embarcamos pela GOL, às 15h10, chegando a Florianópolis às 16h25. Fim da viagem!

Considerações Finais

       Que posso falar a mais sobre a viagem ao Canadá e Alasca, duas regiões imensas, ricas e desconhecidas, percorridas em somente 25 dias?

       As emoções foram muitas! Percorrer este país de água, foi a oportunidade de visualizar e depois relembrar paisagens belíssimas: lagos verde esmeralda, picos nevados das montanhas rochosas e a linda amplidão do verde que cobre a maior, tanto do Canadá quanto do Alasca.

       O Canadá é um país que tem muito a ensinar ao mundo. Admirar os feitos, as construções, a criatividade que tornam as cidades não só habitáveis, mas com os recursos naturais protegidos e mais do que isso, especialmente, bem aproveitados, é algo nos encanta.

       Algumas coisas a mais me chamaram também a atenção: em primeiro lugar, a necessidade de valorizar a presença dos guias locais que, em poucas horas nos dão acesso a conhecimentos que não se poderia obter sem estes guias. Cada informação nos acrescenta uma pergunta a mais sobre este emaranhado de informações, colocados á nossa disposição. Um mundo desconhecido abre suas portas á nossa curiosidade e necessidade de mais conhecimento. Outro aspecto a considerar é o grande prazer pessoal, envolvido nesta aquisição de conhecimento sobre o mundo, que desta forma se amplia. Amei conhecer um pouco desta geografia e desta história. Quando se vai para a Europa a gente relembra o que se estudou no ginásio, por exemplo. Mas aqui trata-se de um pais que é muito novo. Sua história ainda não estava nos programas da nossa escola.

       Nesta viagem percebi que o Canadá tem uma excelente organização do turismo, desde hotéis até locais de visita, parques especialmente preparados para todos os esportes possíveis e visitas a lugares turísticos muito bem organizadas tanto para o rigoroso inverno quanto para o escaldante verão. Do mundo todo, as pessoas são atraídos para a prática destes esportes.

       Conhecer parte do Alasca que parecia sempre algo inacessível para mim, foi muito gratificante! No entanto, importa lembrar que há uma bonita história da vida indígena, anterior á colonização! E que por ocasião da colonização se transformou em história de opressão e destruição sobre as hoje chamadas Primeiras Nações.

       Com organização própria, agricultura, culturas e valores milenares eles hoje, em menor número mas ainda muito expressivo, habitam o Canadá e Alasca.

       Para mais esclarecimento, importa ler o artigo da jornalista Elaine Tavares, em anexo. Em nome da verdade, vale relembrar que há muito sofrimento envolvido sobre os autóctones, nesta dominação que foi a colonização do Canadá e o Alasca pelos europeus.

       Outro aspecto que aqui desejo destacar é que, quando se faz uma excursão, há sempre a possibilidade de conhecer pessoas novas, e novas amizades aí podem nascer. Isto é ótimo, sempre!

       Valeu muito a pena conhecer assim, pequena parte do Canadá e também do Alasca, pela intensidade destas experiências e agora me sinto mais preparada para falar, com um pouco mais de conhecimento sobre esta parte importante da nossa mãe terra.

       Um muito obrigada à VIDA mais uma vez!

Florianópolis, 28 de dezembro de 2017.

ANITA MOSER

Clique aqui, para o artigo da jornalista Elaine Tavares.

4 Comentários

  • ILSE MARIA JAPP

    Liebe Anita, em duas etapas acompanhei mais uma das suas viagens maravilhosas… quantas informações valiosas podemos extrair dos teus relatórios!!! Uma leitura é pouco! Certamente vou voltar mais algumas vezes aos detalhes!!! É um verdadeiro referencial para quem pretende viajar por estes lugares tão ricos em paisagens naturais e também em belíssimas obras humanas!!! Quantos parques, quantas flores…, quantos totens e reservas indígenas… e que interessantes as cidades subterrâneas…
    Sempre tive uma atração pelo Canadá, e agora, depois de olhar através dos teus olhos, percebo que realmente é um lugar acima de quaisquer expectativas. O trecho visitado no Alasca também foi surpreendente! E que glacial gigantesco!!!!
    Que você continue a despertar os ânimos adormecidos nas pessoas, através dos teus ensinamentos tão peculiares em homenagem à Vida!!!
    Gratidão!

    • Anita

      Liebe Ilse, mais uma vez manifestas a alegria que tiveste de ler um relatório, desta vez sobre o Canadá, país que, como dizes, já cultivavas a curiosidade de conhecer. Dizes que uma leitura foi pouco e por isso voltaste, mais vezes, ao texto. Entendo o que dizes, pois enquanto eu estava respondendo às perguntas que eu mesma me fazia a todo o momento, foi através da pesquisa que o texto ia ficando mais completo. Eu também sentia o prazer de aumentar o pouco conhecimento que eu tinha desses lugares incríveis, neste país, pouco habitado, pois é o país da água. Falas das paisagens naturais, das flores, dos parques, das obras humanas, dos totens, das reservas indígenas, das cidades subterrâneas e do gigantesco glacial no Alasca, entre outros. Realmente, tudo isto que estes países tem é fantástico e, a mim também, me surpreendeu. Em homenagem à Vida, espero que mais leitores possam conhecer mais lugares imperdíveis, neste nosso planeta azul.

  • Anita

    Adele, leste com interesse o relato sobre a excursão ao Canadá e me dizes que foi uma aula de conhecimento muito boa, com muita informação. Agradeces por proporcionar a ti, este belo aprendizado, sem gasto nenhum, como me falaste ao telefone. Também me disseste que agora tens a motivação para ler outros relatórios. Isto é realmente fantástico! Acordaste a vontade de continuar a aprender. Eu te agradeço por esta amável troca que me fazes. Receba meu grande abraço

  • Adele Terezinha Masutti

    Anita!
    Eu achei fantástico seu relatório sobre o Canadá e Alasca, muita informação, muito aprendizado, tudo muito interessante, muito bem colocado, uma aula de conhecimento muito boa.
    Agradeço com carinho por me proporcionar este belo aprendizado. 😘

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